Como as nuvens nos separam do sol e do resto. Das estrelas, da lua. Como os muros nos separam da cidade, quando nos lembramos dos tempos de recreio.
Como o fosso de orquestra nos separa do palco quando somos público, ou porém somos artistas e nos separamos da plateia. Assim são os guetos separados da sociedade ambiciosa.
Perguntamos quem constrói essa separação?
Questionamos até se há, ou chegou alguma vez a existir. Essa separação também liga, cola e une? Não se funde.
A minha mão move-se independente do meu antebraço, mas torna-se difícil isolar-se do pulso e muito mais da pele…
Quando a cor da pele separa... quando também é cor e quando também é pele.
O dinheiro separa. Mas dinheiro não pode ser dividido. Não podemos rasgar uma nota e distribuir as suas partes, nem o podemos fazer a uma moeda. A cara e a coroa da moeda, fazem parte dela, mas… o que estará entre elas? O seu valor? Talvez.
Que valor damos ao dinheiro? Que poder tem ele para alem “de poder” criar segregação?
O que me separa da minha esposa ou esposo? O que alguma vez nos uniu? Que distância tenho eu de ti? Parece ter menos distância que de si.
O que nos une e o que criou esta distância?
Direção e criação:
Renato Nóbrega Vieira
Interpretes:
Andreia Lopes e Gabriela Poças
Produção Executiva:
Ana Lígia Vieira
Composição musical, arranjos e gravação:
Francisco Telles
Composição musical (violoncelo):
Ana Conceição
Percussão:
Romano Rafael
Trompete:
João Sousa
Fotografia:
Francisco Vasconcelos, João Félix e Joana de Almeida
Apoio à criação e espaço de Ensaio:
Action Performing Arts Center (Hugo Frasco e Joana de Almeida); Real Rockers
60 minutos I M/6
Ai o Medo Que (Nós) Temos de Existir!, a última incursão à trilogia teatral 'A Identificação de um (o meu) País!', aborda os anos de 1975 em Portugal, até aos finais dos anos oitenta. Quinze anos de vida e acontecimentos intensos que se seguiram à Revolução dos Cravos.
Em palco quatro intérpretes, num jogo teatral de exercício de memórias pessoais de alguém que recorda um tempo vivido entre a História e factos, fábulas políticas, fake news, testemunhos e interpretações.
José M, a personagem desta última incursão à trilogia, vai desfiando as suas memórias desde o tal 25 Novembro e suas nefastas consequências na vida do país, até aos finais dos anos 1980, passando pelos inícios do Teatro Art´Imagem, que ajudou a fundar em Outubro de 1981 e que comemora os seus 40 anos de actividade, sem esquecer, evidentemente, o grande Mundo e a humanidade que existe para além deste pequeno retângulo à beira mar plantado que, sem ele nada fazer para o merecer, lhe coube em sorte nascer e agora, com a sua vontade, se sente feliz por nele ter continuado a viver.
Direção, Encenação, Texto e Dramaturgia:
José Leitão
Assistente de Encenação:
Daniela Pêgo
Interpretação:
Daniela Pêgo, Patrícia Garcez, Mariana Macedo e Luís Duarte
Moreira
Voz Off/Fado:
José Lopes
Música:
Rui David
Cenografia e Figurinos:
Marta Silva
Construção Cenográfica:
André Santos e José Lopes
Costureiras:
Alexandra Barbosa e Mónica Melo
Desenho de Luz e Vídeo:
André Rabaça
Fotografia:
Paulo Pimenta
Imagem Gráfica:
Marta Silva
Design Gráfico:
Tiago Dias
Produção:
Sofia Leal e Zé Pedro
Apoio à Produção:
Maria Soares e José Barbosa (Estagiários - ESE)
90 minutos I M/12
O Tanabata é uma festa muito especial no Japão. Nesse dia as pessoas comemoram a conjunção de duas estrelas da Via Láctea. Há muitos anos, o casal Yokohama conheceu-se num Tanabata e convenceu-se de que a sua união fora planeada pelos astros. Foi assim que decidiram fazer uma lista com os desejos que haveriam de realizar durante a sua vida.
Hoje, muitos anos depois, o casal Yokohama já realizou todos os desejos daquela lista. Todos, menos um. Um que foram deixando sempre para trás. Mas, neste ano, tem de ser, o casal Yokohama já não o pode adiar mais e tem de realizar o derradeiro desejo da sua lista.
Criação:
coletiva
Encenação e Dramaturgia:
Chiqui Pereira
Interpretação:
Filipe Seixas e Marisela Terra
Narração (voz off):
Sandra Serra
Música original:
Bruno Domingos
Cenário:
Fabrice Ziegler
Figurinos:
Cláudia Ribeiro
50 minutos I M/6
07 de Maio
O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá
Teatro do Noroeste - Centro Dramático de Viana (Viana do Castelo)
Engana-se quem pensa que uma andorinha não se pode apaixonar por um gato. Esta é a história que a Manhã ouviu do Vento e contou ao Tempo. Uma História de amor.
Uma reflexão sobre um mundo de preconceitos, desigualdades, injustiças, incompreensão e pouco amor ou, pelo menos, ainda não o suficiente. Um mundo, enfim, que não presta. Até porque:
"O mundo só vai prestar/ Para nele se viver/ No dia em que a gente ver/ Um gato maltês casar/ Com uma alegre andorinha/ Saindo os dois a voar/ O noivo e a sua noivinha/ Dom Gato e dona Andorinha".
Texto a partir de O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá de Jorge Amado Cocriação e Encenação Tiago Fernandes Cocriação e Interpretação Ana Perfeito, Alexandre Calçada, Elisabete Pinto Construção de Cenário e Adereços Jorge Portela, José Esteves Guarda Roupa Teresa Soares Apoio ao Guarda Roupa Flávia Silva, Hugo Rodrigues (Estágio Curricular – Curso Profissional de Design de Moda ETAP Cerveira) Voz Off Maria Alcina Cruz Desenho de Luz Nuno Almeida Seleção Musical Tiago Fernandes Apoio Multimédia Luís Lagadouro Desenho Gráfico e Fotografia Rui Carvalho
50 minutos I M/3
“Odeio a Minha Irmã” é um espetáculo que, na verdade, se divide em duas performances com textos dramáticos do dramaturgo e encenador francês Sébastien Joanniez, para maiores de 6 anos. Uma em que escutamos a voz da irmã mais velha e outra em que o protagonismo é entregue à mais nova. Dois monólogos ("Eu não Gosto da Minha Irmã" e "Eu Quero Ser a Mais Velha!") contrastantes em que, recorrendo ao humor e uma linguagem muito inventiva, são traçados os retratos de duas personalidades fortes. No entendimento de uma, o papel de irmã mais velha nem sempre é fácil. Por seu lado, a irmã mais nova reclama que nunca é levada a sério... "Eu odeio-a", confessam as duas, mas nós compreendemos outra coisa: "eu amo-a".
Texto Sébastien Joanniez Tradução Margarida Madeira Criação Pedro Alves, Milene Fialho e Carolina Figueiredo Interpretação Milene Fialho e Carolina Figueiredo Ilustração Alex Gozblau Direção técnica e desenho de luz Carlos Arroja Cenografia Pedro Silva Operação de luz e som Diogo Graça Direção de produção Inês Oliveira Produção executiva e fotografia Catarina Lobo Produção teatromosca
40 minutos I M/6
Um espetáculo de marionetas de luva cheio de beleza e sensibilidade, eclético, onde a plasticidade está presente e o respeito pelo LIVRO é palavra-chave. Este livro está inserido no PNL / Ler+. É a história de uma bela amizade entre um peixe e um rapaz, "O Segredo do Rio" que Miguel de Sousa Tavares escreveu, e que agora se apresenta em forma de espetáculo de marionetas de luva. Uma história pedagógica que pode ser lida como uma parábola protagonizada pela humanidade e a natureza: se a humanidade (rapaz) tratar a natureza (peixe) com amor, fidelidade e respeito – no fundo como merece –, a natureza é generosa. A adaptação do livro - que tem ilustrações da artista plástica Fernanda Fragateiro, numa associação feliz que nos consegue transportar para/por uma alegria poética, contagiante, expressa com simplicidade –, pretende ser fiel ao texto e às ilustrações. As marionetas executadas por Jorge Cerqueira, seguindo o traço da ilustração, e ainda as novas ilustrações feitas, propositadamente, pela artista plástica para este espetáculo, não desvirtuam o objetivo enunciado, fidelidade ao texto e à linha gráfica, e concorrem para refinar a plasticidade, assim como o jogo de sentimentos e emoções, que se pretende transmitir através do espetáculo.
Autor Miguel Sousa Tavares Adaptação e Encenação Nuno Correia Pinto Manipulação Nuno Correia Pinto Marionetas Jorge Cerqueira Ilustração Fernanda Fragateiro Desenho de Luz André Rabaça Sonoplastia Carlos Arroja Operador Luz e Som Marco Lopes (ShowVentura) Direção de Produção Nuno Correia Pinto Assistente Geral Luiz Quaresma Secretária de Direção e Produção Cristina Costa Produção Executiva Cláudia Faria
50 Minutos I M/4
“Transgressões” conta-nos a história de Friedrich Wertheim, um químico de origem alemã, que se suicida, culpando-se por ter colocado nas mãos de terroristas uma maneira fácil de fazer uma neurotoxina. As circunstâncias e os motivos de sua morte perturbam profundamente a vida de três pessoas ligadas a Wertheim - sua filha Katie (uma bióloga molecular), o amante de Katie, Stefan (um artista conceptual) e a segunda esposa já separada de Wertheim, Julia. Incapazes de resistir ao poder transformador da morte nas suas vidas, separados e juntos pelas suas memórias, vontades e carências, os três “sobreviventes” tentam dar um sentido às suas vidas abaladas por este abrupto evento, exorcizando os esqueletos escondidos no armário de cada um.
Autor
Roald Hoffmann
Tradução
Luzia Paramés
Encenação
Sylvio Zilber
Interpretação
Cláudia Negrão, Fernando Jorge Lopes e Sara Castanheira
Cenografia
Hugo Migata e Pedro Silva
Construção de Cenografia
Celestino Verdades, Daniel Verdades, Maria João Montenegro
Figurinos
Miguel Falcato
Costureira
Rosário Balbi
Desenho de Luz
Daniel Verdades
Edição de Som
Sandro Esperança
Direção Técnica
Celestino Verdades
Técnicos de Palco
Daniel Verdades e Maria João
Montenegro
Direção de Produção
Sofia Oliveira
Produção
Josefina Correia e Paula Almeida
Comunicação e Assessoria de Imprensa
Nádia Santos
Promoção
Victor Pinto Ângelo
Formação em Contexto de Trabalho
Carla Neto e Francisca Maurício - Curso Profissional
Interprete/Ator/Atriz
ES D. Pedro V
Design Gráfico
P2F Atelier
Produção Audiovisual
Diogo Barbosa
Spot TV
Miguel Falcato
Voz Off
Spot Rádio/TV
Paulo Lázaro
Fotografia
José Frade
60 Minutos I M/12
'Amalia y el río' é um relato vivo de algumas das histórias ocultas do mercado negro em La Raya, estrelado por uma mulher, mochileira e mercado negro, durante os intermináveis anos do pós-guerra na Espanha. A história se passa na fronteira da Extremadura com Portugal, La Raya, entre Olivença e Badajoz, durante os anos 1948 e 1958. 'Amalia y el río' é baseado na história real de Antonia La Lirina, uma vizinha de Olivença, que o professor de Antropologia Social da Universidade da Extremadura, Eusebio Medina García, recolheu, juntamente com outras vozes de contrabandistas e comerciantes negros, na sua tese de Doutoramento “O Contrabando na Fronteira Portuguesa. Origens, estruturas, conflito e mudança social”, em 2000. É a voz de uma mulher forte, inteligente e astuta diante das autoridades vitoriosas que na fronteira são, policiais, guardas civis, promotores e toda uma espessa rede de contrabando embutida no tecido social.
Dramaturgia e Direcção:
Agustín Iglesias
Investigação Etnogáfica:
Eusebio Medina
Interpretação:
Magda Gª-Arenal Amalia, Cándido Gómez
Cenografia:
Marcelino de Santiago
Música:
Irma Catalina Álvarez
75 Minutos I M/14
Espectáculo inserido no
Circuito Ibérico de Artes Cénicas
“As memorias do meu pai na rádio do meu tio” é apenas o nome que dá início ao conto que vamos contar e que nasce das raízes rurais para mais tarde crescerem pelo mundo. São relatos vivos de gente já sem vida, que nos deixaram o seu valioso legado e que os tornaram imortais. São vivencias especificas com particularidades muito ligadas à terra que os viu nascer, embora as sensações caminham para o lugar-comum, são universais, porque falam de gente e como todas as histórias que rebentam nunca se sabe ao certo qual o trajeto que irão seguir. As histórias partem de uma ideia, de um contexto, ou de um fugaz momento de inspiração, depois seguem naturalmente o seu crescimento. Cada história constrói o seu próprio destino. Prever já um fim seria não a deixar crescer, seria violar o verdadeiro conceito de liberdade. Sabemos que a meta é contar uma história com muitas histórias por dentro. Histórias de gente rija de gente de luta, que somaram conquistas heroicas e derrotas dolorosas. Queremos recordar, queremos homenagear a história e as pessoas que a construíram.
Texto:
Eduardo Correia
Encenação:
Abel Duarte
Interpretação:
Eduardo Correia, Sofia Moura, Ricardo Augusto
Direção musical:
Ricardo Augusto
Cenário e Figurinos:
Ana Limpinho
Desenho de luz:
Paulo Duarte
Construção de cenários:
Carlos Cal e Conceição Almeida
Costureiras:
Capuchinhas e Maria do Carmo Félix
Direção de cena:
Abel Duarte
Produção:
Marta De Baptista
Comunicação:
Joana Miranda
60 minutos I M/6
Um fugitivo chega a uma ilha remota que julga deserta, acabando por perceber que não se encontra sozinho. Escondendo-se na floresta, espia os intrusos, para quem parece ser invisível, apaixonando-se por um estranho ser feminino, perdendo-se entre a alucinação e a realidade. Inspirado no romance “A Invenção de Morel”, de Adolfo Bioy Casares, Fernando Guerreiro, cria um texto original, uma reflexão sobre a imortalidade, as fronteiras do real e as múltiplas ligações entre o Cinema, a Literatura e as Artes Performativas.
Texto:
Fernando Guerreiro, inspirado no romance "A Invenção de Morel", de Adolfo Bioy Casares
Direção artística:
Pedro Alves
Interpretação:
Cirila Bossuet, Carolina Figueiredo e Milene Fialho
Banda Sonora Original:
Surma
Conceção de vídeo e realização:
Ricardo Reis
Edição de vídeo:
Dânia Viana
Direção técnica, desenho de luz e operação:
Carlos Arroja
Cenografia:
Pedro Silva
Design de som:
Diogo Graça
Costureiras:
Maria do Carmo Silva e Maria Carrilho
Ilustração:
Alex Gozblau
Direção de produção:
Inês Oliveira
Produção executiva e fotografia:
Catarina Lobo
Assistência de direção artística:
Maria Carneiro
Produção:
teatromosca
Coprodução:
Cães do Mar
Agradecimentos:
Ana Brum, Associação Os Montanheiros e Sr. João
120 Minutos I M/12