Mosca é brincadeira de criança, algo que pode virar pesadelo.
A peça conta a história de Pedro, um menino de dez anos que sofre bullying na escola.
Pedro reflete-se nos olhos da mãe, do pai e da professora em qualquer momento da peça.
Angustiante e intenso, Mosca mergulha na vida de uma criança e em como é sofrer bullying, mas também no medo, nos preconceitos e no não saber o que fazer e como resolver e no ambiente em que Pedro se desenvolve. O bullying é um dos graves problemas da nossa sociedade hoje. Mosca é um projeto que fala do ambiente das crianças através da família e da escola.
O desamparo de não saber o que fazer e a falta de informação por não detectar a tempo o problema, a ausência, o amor, a compaixão, o assédio.
Ártika Cía quer continuar pesquisando temas pouco visíveis com uma aposta que parte de um texto de Gustavo Del Río para trazer à cena realidades muito próximas, mas que devemos continuar a expor.
Direcção e Autoria: Gustavo del Río
Interpretação:
Fernando Barrio, Martín Maez e Rócio Salgado
Desenho e Realização Cenográfica: Gustavo Brito
Desenho de Luz:
Javier Quintana
60 minutos I M/12
Espectáculo inserido no
Circuito Ibérico de Artes Cénicas
Passados 36 anos depois voltamos a Strindberg. Depois de “A Menina Júlia”, numa encenação de Luis Varela, retomamos agora o diálogo com este Autor maior, neste contexto de “fronteiras”. Em finais de 1888 e princípios de 1889, Strindberg escreve algumas obras curtas em um ato pensando no Teatro Experimental que está a começar a fundar em Copenhaga, seguindo o modelo de Antoine, em Paris. Entre essas obras estão: “A Mais Forte”, peça escrita essencialmente para Siri von Essen, sua mulher. “A Mais Forte” é considerada como um dos mais brilhantes monólogos da história do teatro. E “Pária”, uma adaptação teatral muito pessoal do conto de Ola Hanson, um escritor sueco amigo de Strindberg
Autor
August Strindberg
Tradução
Rui Madeira
Encenação e dramaturgia
Rui Madeira
Interpretação (Mais Forte)
Solange Sá, Eduarda Filipa e Grasiela Müller
Interpretação (Mais Pária)
André Laires e Rogério Boane
Cenografia
Manuela Bronze
Confeção e guarda-roupa
Mónica Melo
Maquilhagem
Jacqueline Caetano
Desenho de luz
Fábio Tierri
Paisagens sonoras
Grasiela Müller
Vídeo
Frederico Bustorff , Maria Augusta Produções
60 minutos (com intervalo) I M/14
Em "A noite canta os seus cantos" há amor e morte. Trágico e cómico. Realismo e estilização. Nos quatro andamentos da peça, um relógio de parede aponta com precisão o momento do início da ação. E o tempo decorre. Lento? Rápido? É de tarde. Depressa cai a noite. E é de madrugada que se ouve um tiro. Passaram-se treze horas e pouco entre uma vulgar cena conjugal e o suicídio do jovem marido, escritor frustrado e atraiçoado. Foi a noite com os seus cantos.Vindo de Ibsen (e de Tchekov: um Treplev sem sonhos?), Jon Fosse conta uma história de amor. A morte faz parte, como faz parte o riso e a lágrima, o mais cerrado realismo psicológico e o desconcerto dum gesto, duma proferição ou dum movimento inesperado.
Texto:
Jon Fosse
Tradução:
Pedro Fernandes e Manuel Resende
Encenação:
Luís Varela
Cenografia e figurinos:
José Carlos Faria
Desenho de luz:
Filipe Seixas
Interpretação:
Carolina Carvalhais, David Meco, Filipe Seixas, Rolando Galhardas e Sandra Serra
Construção:
Fabrice Ziegler
Eletrónica:
Paulo Marques
Operação Técnica:
André Batista/Fabrice Ziegler
Fotografia:
Fabrice Ziegler
Vídeo:
Rolando Galhardas
Cartaz e Design Gráfico:
André Batista
Produção:
André Batista
Assistente de produção:
Marisela Terra
Assistente de montagem:
Francisco Moquenco
Comunicação:
Sandra Serra
Gestão:
Rui Ramos
80 minutos I M/14
Um imenso corpo vegetal matiza as diferentes paisagens. A floresta, catedral por excelência desse corpo vegetal, é lugar do desafio, da coragem, da tenacidade, da inteligência e da maturidade. Os primeiros passos dos jovens adultos que da floresta regressam com os seus troféus simbólicos, ou, tão só, com a sua experiência enriquecida por um momento de revelação e mistério; o encontro amoroso na floresta, o passeio estimulante ou o espalhar das cinzas de alguém querido na terra protegida pela sombra de uma árvore, são hipóteses de experiências reconhecíveis por cada pessoa. Os Passos na Floresta são também aqueles que continuamos a dar quando nos embrenhamos nalgum assunto, quando cogitamos, nos angustiamos ou alegramos. Quando respiramos, a árvore pulmonar equilibra as trocas gasosas necessárias à sobrevivência. Mesmo distantes das árvores, estas habitam-nos e têm nomes, como cada um de nós tem um nome, e tem uma árvore genealógica. Por sua vez na geometria de uma árvore, reside, por vezes, a possibilidade de entroncar a decisão, partindo, da raiz, olhando a copa e o horizonte que se perfila. As árvores e as pessoas estabelecem assim esta cumplicidade estreita, quase perfeita. A madeira é sempre viva, mesmo no lume, quando nos aquece, crepita e fala.
Texto Carlos J. Pessoa Encenação Carlos J. Pessoa Assistente de Encenação Mariana Índias Cenografia Herlandson Duarte Desenho e operação de Luz Jorge Oliveira Figurinos Herlandson Duarte Interpretação Carolina Cunha e Costa, Gonçalo Cabral, Nídia Cardoso, Rafaela Jacinto e Siobhan Fernandes Fotografia Vitorino Coragem Comunicação José Grilo Design Sara Kurash Direção de Produção Raquel Matos Produção Executiva Rita Soares
90 minutos I M/16
A situação começa quando Juan, executivo de uma poderosa corporação, passa por um transplante de coração. Aí começa a transformação desse homem que começa a sentir-se dono do coração, no caso uma prostituta dominicana que veio para a Espanha para conseguir dinheiro e pagar os medicamentos para o seu filho que nasceu com problemas pulmonares devido àsIndústrias americanas. O coração transplantado passa a ter quase vida própria, fazendo com que o executivo passe a sentir, pensar, desejar e se comportar como seu dono. E naquela contradição que a princípio parece muito gostosa, porque o executivo parece ser o dono de toda essa mudança e aproveita essa nova vida onde parece se sentir confortável; Porém, esse conforto o leva a cometer um erro e quando ocorre o colapso, tudo desmorona e o coração e a prostituta começam a emergir com toda a sua força até se tornarem donos do corpo e da mente de Juan.
Autor Imaculada Alvear Interpretação Chema Ruiz Direcção Luis Miguel Gonzalez Cruz Assistente de Direcção Daniel Martos Cenografia Miguel Ángel Camacho Iluminação e Espaço Cénico Miguel Ángel Camacho Audiovisuais Luis Lamadrid Figurinos Sara Ortiz de Villajos Produção Vinka Mendieta
60 minutos I M/14
Espectáculo inserido no
Circuito Ibérico de Artes Cénicas
"Erro 403" é uma peça da autoria de Nicolai Khalezin, co-fundador e diretor artístico da companhia Belarus Free Theatre, conhecido pelo seu teatro político. O guião retrata a primeira vítima da revolução bielorussa, Alexander Taraikovsky, que morreu durante um protesto pacífico após eleições fraudulentas no país, a 10 de agosto de 2020. Taraikovsky, de apenas 34 anos, foi assassinado na cidade de Minsk com um tiro no peito, disparado por uma arma que se comprovou pertencer à polícia especial de intervenção, mobilizada naqueles dias para dispersar os manifestantes. Como protagonista, contudo, não está Taraikovsky, mas sim o polícia responsável pelo tiro fatal.
Autor Original Nicolai Khalezin (Belarus Free Theatre) Tradução Sónia Pinho Encenação e Dramaturgia Susana C. Gaspar Interpretação André Pardal, Beatriz Oliveira, Catarina Rôlo Salgueiro, Hugo Sequeira, Patrícia Susana Cairrão (RUGAS) e Rogério Jacques Sonoplastia Abel Arez Desenho Luz Marco Lopes (Show Ventura) Cenografia e figurinos Chão de Oliva Direção de Produção Nuno Correia Pinto Produção Executiva Nisa Eliziário Secretariado e Apoio à Produção Cristina Costa Execução e Montagem Cenográfica Luiz Quaresma e Ton Bonassa Operação técnica: Ton Bonassa
75 minutos I M/16
17 a 26 de Maio
Cabral - A Última Lua de Homem Grande
Teatro Art'Imagem / Sikinada Companhia de Teatro
Um homem, cuja identidade não se pode precisar de forma clara, irrompe a cena. Está tudo calmo. Tem, contudo, a súbita impressão de que é atingido. Duvida, no entanto, por breves instantes : "deram-me um tiro?" Um outro através de si se revela, do imo dos mistérios. Algo lhe diz que a hora chegou. Que hoje é o seu último dia. A sua lua derradeira. A última luta? Homem Grande encontra-se, porém, sereno, consciente que morrerá, de pé, como uma árvore secular. O relógio, omnipresente, vai impondo a sua matemática de subtração, indiferente a tudo, estabelecendo a ordem dos acontecimentos. Chegou a hora de todas as horas. Medo? Nem por isso. Ele nunca foi deste mundo; soube-o desde sempre.
Texto (romance):
Mário Lúcio Sousa Dramaturgia e Encenação:
Flávio Hamilton Interpretação:
João Paulo Brito Vídeo-cenografia, Fotografia e Design Gráfico: César Schofield Cardoso Cenografia e Figurinos: Elisabete Gonçalves
Desenho de Luz:
Leunam Ordep Assistência Técnica:
Paulo Silva Desenho de Som: Ndu Carlos
Músicas:
Ndu Carlos e Mário Lúcio Pesquisa:
Micaela Barbosa Participação especial (Vozes): Binta Djalo, Teté Alhinho, Raquel Monteiro e Elisabete Gonçalves
Participação especial (Vídeo):
Davínia de Pina Direção de Produção:
Raquel Monteiro e José Bettencourt (Sikinada) e Sofia Leal (Art’imagem)
Assistente de produção:
Elizabeth Fernandes Fotos de Cena:
João Pedro Ramos e Jorge Freitas
Casa Tomada, baseado no conto homónimo do escritor argentino Julio Cortázar, é um espectáculo proposto em processo colaborativo, no qual toda a equipa participa na construção da dramaturgia cénica. Tem como tema a situação de refugiados em deslocação entre supostos campos de acolhimento. Sem estarem identificados com algum grupo de exilados em particular, os quatro actores, divididos em pares, reproduzem o quotidiano desses seres destituídos, capturados na cena entre a estadia precária e o pôr-se novamente em movimento, sem que se saiba exactamente o destino. Eles evocam a condição de milhares de refugiados que, ao longo de praticamente toda a história da humanidade, foram forçados a deixarem os seus lares, devido a guerras ou perseguições por intolerância de todos os matizes - religioso, étnico ou político. Pensado e construído como um poema cénico, Casa Tomada vale-se também dos recursos de iluminação, sonoplastia e projecção de vídeo para constituir a narrativa cénica.
Uma criação a várias mãos a partir do conto “Casa Tomada” de Julio Cortázar Criação Ana Teresa Santos, Igor Lebreaud, Miguel Magalhães, Ricardo Kalash e Silvana Garcia com a colaboração de Paula Garcia Concepção, coordenação de dramaturgia e encenação Silvana Garcia Assistência de encenação Paula Garcia Interpretação Ana Teresa Santos, Igor Lebreaud, Miguel Magalhães e Ricardo Kalash Cenografia e figurinos Rachel Caiano Música Luís Pedro Madeira Instalação vídeo Eduardo Pinto Instalação Malas Poéticas Paula Garcia, Rachel Caiano e Zé Diogo Luz Danilo Pinto Som Zé Diogo Direcção de cena Miguel Magalhães Apoio de movimento Miguel Magalhães Apoio vocal Paula Garcia
90 minutos I M/14
26 de Julho
As if we wouldn´t (Como se não o fizéssemos)
The First Suburban Theatre – Pulse Theatre Lazarevac (Sérvia)
Quantas palavras são necessárias para contar uma história de amor? A essência do discurso do amante está no indizível, nas dores engolidas, nas dúvidas, nos medos e, sobretudo, no medo de que o Outro não tenha medo do poder destrutivo dos nossos sentimentos. O potencial semântico entre o Sim e o Não é infinito. A pergunta-chave que se resume a conflitos, impressões, sensações, projecções, memórias e traumas é se somos amados.. A majestade do maior amor não vem tanto da memória, da reconstrução dos acontecimentos, mas do poder da imaginação. "As if we wouldn't" é um tributo não ao amor, mas ao poder da imaginação humana para fazer de um amante um salvador, uma vítima e um carrasco, e por vezes tudo ao mesmo tempo.
Autor: Anja Savić Direção: Anna Pinter Diretor artístico e criação de marionetas: Sandra Nikač Coreografia: Irina Mitrović Compositor: Branko Džinović Cenografia: Ivan Gospavić, Miodrag Stojanović, Marko Nikolić, Dejan Dejanović Assistente de cenografia: Nevena Šurlan Assistente de figurinos: Sonja Kotorčević Desenho de luz: Vladislav Milić Adereços: Julijana Mićić Maquilhagem: Nevena Šurlan Elenco: Jelena Cvijeticman, Darko Bjekovica Produção executiva: Ivana Nedeljković
90 minutos I M/16
Espectáculo inserido no
MIT – Mostra de Teatro Internacional sem Fronteiras
Estebanillo González, um bufo profissional ao serviço do poderoso duque Octavio Piccolomini, vive despreocupado na taberna que dirige em Nápoles. Juntamente com os seus camaradas, O Poeta e O Capitão, apresenta-se diante do paroquianos da taberna as suas aventuras na Guerra dos Trinta Anos na Europa. Ao longo da trama descobriremos que Estebanillo também é um espião do poderoso de Piccolomini para relatar as negociações dos seus camaradas.
Dramaturgia e direcção: Agustín Iglesias Desenho e realização cenográfica: Marcelino de Santiago Kukas Música original: Irma Catalina Álvarez Outras músicas: Tarantella “Luna Lunedda” de Pizzica “Todos los buenos soldados” de Mateo Flecha el Viejo “Vecchie letrose”, Villanesca alla napolitana Desenho de figurino: Luisa Santos Realização de figurino: Trinidad Galán Desenho de luz: Lucía Alvarado Assistente de direcção: Noelia González García Técnico de luz e som: Félix Valverde Fotografía: Bernardo Cruz Video: Jero García Design gráfico: Isabel Dublino Produção: Magda García-Arenal
90 minutos I M/14
Espectáculo inserido no
Circuito Ibérico de Artes Cénicas
No final do século XX, um documentário está a ser realizado sobre uma comuna anarquista algures no interior dos Alpes Austríacos. Um grupo de utópicos invadiu uma propriedade rural e decidiu instaurar nela um novo tipo sociedade, baseada na igualdade. Ninguém pode ter propriedade sobre coisa nenhuma, o dinheiro é proibido, a monogamia é abolida e os filhos, lá nascidos, têm paternidade coletiva. A experiência de tentar manter a ordem social e a epopeia do seu líder que não aguenta mais os constantes subornos que lhe são oferecidos e os crescentes conflitos individuais, os quais ele tenta sempre resolver, é o verdadeiro documentário sobre Adrianopla.
Texto e encenação:
Pedro Saavedra Interpretação:
Paula Garcia, Rafael Barreto e Wagner Borges Cenografia:
Luís Santos Apoio à construção cenográfica:
Pedro Silva Desenho de luz:
Paulo Sabino Máscaras:
Cláudia Ribeiro Banda sonora:
Ramón Galarza
Comunicação, design e produção:
Sónia Rodrigues Ilustração: Rui Guerra
Fotografia de cena e vídeos:
Vitorino Coragem Apoio técnico e operação:
Carlos Arroja e Diogo Graça
Produção executiva
Inês Oliveira
120 minutos I M/16