Programação Regular de Teatro da Quinta da Caverneira - 2024

13 de Janeiro

Mosca

Artika Cia (Vigo)

Mosca é brincadeira de criança, algo que pode virar pesadelo.

A peça conta a história de Pedro, um menino de dez anos que sofre bullying na escola.

Pedro reflete-se nos olhos da mãe, do pai e da professora em qualquer momento da peça.

Angustiante e intenso, Mosca mergulha na vida de uma criança e em como é sofrer bullying, mas também no medo, nos preconceitos e no não saber o que fazer e como resolver e no ambiente em que Pedro se desenvolve. O bullying é um dos graves problemas da nossa sociedade hoje. Mosca é um projeto que fala do ambiente das crianças através da família e da escola.

O desamparo de não saber o que fazer e a falta de informação por não detectar a tempo o problema, a ausência, o amor, a compaixão, o assédio.

Ártika Cía quer continuar pesquisando temas pouco visíveis com uma aposta que parte de um texto de Gustavo Del Río para trazer à cena realidades muito próximas, mas que devemos continuar a expor.


Direcção e Autoria:   Gustavo del Río Interpretação: Fernando Barrio, Martín Maez e Rócio Salgado Desenho e Realização Cenográfica:   Gustavo Brito Desenho de Luz: Javier Quintana

60 minutos I M/12

Espectáculo inserido no Circuito Ibérico de Artes Cénicas

10 de Fevereiro

A mais forte + Pária

CTB - Companhia de Teatro de Braga

Passados 36 anos depois voltamos a Strindberg. Depois de “A Menina Júlia”, numa encenação de Luis Varela, retomamos agora o diálogo com este Autor maior, neste contexto de “fronteiras”. Em finais de 1888 e princípios de 1889, Strindberg escreve algumas obras curtas em um ato pensando no Teatro Experimental que está a começar a fundar em Copenhaga, seguindo o modelo de Antoine, em Paris. Entre essas obras estão: “A Mais Forte”, peça escrita essencialmente para Siri von Essen, sua mulher. “A Mais Forte” é considerada como um dos mais brilhantes monólogos da história do teatro. E “Pária”, uma adaptação teatral muito pessoal do conto de Ola Hanson, um escritor sueco amigo de Strindberg


Autor August Strindberg Tradução Rui Madeira Encenação e dramaturgia Rui Madeira Interpretação (Mais Forte) Solange Sá, Eduarda Filipa e Grasiela Müller Interpretação (Mais Pária) André Laires e Rogério Boane Cenografia Manuela Bronze Confeção e guarda-roupa Mónica Melo Maquilhagem Jacqueline Caetano Desenho de luz Fábio Tierri Paisagens sonoras Grasiela Müller Vídeo Frederico Bustorff , Maria Augusta Produções

60 minutos (com intervalo) I M/14

15 de Março

A noite canta os seus cantos

Baal 17 (Serpa)

Em "A noite canta os seus cantos" há amor e morte. Trágico e cómico. Realismo e estilização. Nos quatro andamentos da peça, um relógio de parede aponta com precisão o momento do início da ação. E o tempo decorre. Lento? Rápido? É de tarde. Depressa cai a noite. E é de madrugada que se ouve um tiro. Passaram-se treze horas e pouco entre uma vulgar cena conjugal e o suicídio do jovem marido, escritor frustrado e atraiçoado. Foi a noite com os seus cantos.Vindo de Ibsen (e de Tchekov: um Treplev sem sonhos?), Jon Fosse conta uma história de amor. A morte faz parte, como faz parte o riso e a lágrima, o mais cerrado realismo psicológico e o desconcerto dum gesto, duma proferição ou dum movimento inesperado.


Texto:  Jon Fosse Tradução:  Pedro Fernandes e Manuel Resende Encenação:  Luís Varela Cenografia e figurinos:  José Carlos Faria Desenho de luz:  Filipe Seixas Interpretação:  Carolina Carvalhais, David Meco, Filipe Seixas, Rolando Galhardas e Sandra Serra Construção:  Fabrice Ziegler Eletrónica:  Paulo Marques Operação Técnica:  André Batista/Fabrice Ziegler Fotografia:  Fabrice Ziegler Vídeo:  Rolando Galhardas Cartaz e Design Gráfico: André Batista Produção: André Batista Assistente de produção:  Marisela Terra Assistente de montagem:  Francisco Moquenco Comunicação:  Sandra Serra Gestão:  Rui Ramos

80 minutos I M/14

13 de Abril

Passos na Floresta

Teatro da Garagem (Lisboa)

Um imenso corpo vegetal matiza as diferentes paisagens. A floresta, catedral por excelência desse corpo vegetal, é lugar do desafio, da coragem, da tenacidade, da inteligência e da maturidade. Os primeiros passos dos jovens adultos que da floresta regressam com os seus troféus simbólicos, ou, tão só, com a sua experiência enriquecida por um momento de revelação e mistério; o encontro amoroso na floresta, o passeio estimulante ou o espalhar das cinzas de alguém querido na terra protegida pela sombra de uma árvore, são hipóteses de experiências reconhecíveis por cada pessoa. Os Passos na Floresta são também aqueles que continuamos a dar quando nos embrenhamos nalgum assunto, quando cogitamos, nos angustiamos ou alegramos. Quando respiramos, a árvore pulmonar equilibra as trocas gasosas necessárias à sobrevivência. Mesmo distantes das árvores, estas habitam-nos e têm nomes, como cada um de nós tem um nome, e tem uma árvore genealógica. Por sua vez na geometria de uma árvore, reside, por vezes, a possibilidade de entroncar a decisão, partindo, da raiz, olhando a copa e o horizonte que se perfila. As árvores e as pessoas estabelecem assim esta cumplicidade estreita, quase perfeita. A madeira é sempre viva, mesmo no lume, quando nos aquece, crepita e fala.


Texto Carlos J. Pessoa Encenação Carlos J. Pessoa Assistente de Encenação Mariana Índias Cenografia Herlandson Duarte Desenho e operação de Luz Jorge Oliveira Figurinos Herlandson Duarte Interpretação Carolina Cunha e Costa, Gonçalo Cabral, Nídia Cardoso, Rafaela Jacinto e Siobhan Fernandes Fotografia Vitorino Coragem Comunicação José Grilo Design Sara Kurash Direção de Produção Raquel Matos Produção Executiva Rita Soares


90 minutos I M/16

20 de Abril

Paraiso

Teatro del Astillero (Madrid)

A situação começa quando Juan, executivo de uma poderosa corporação, passa por um transplante de coração. Aí começa a transformação desse homem que começa a sentir-se dono do coração, no caso uma prostituta dominicana que veio para a Espanha para conseguir dinheiro e pagar os medicamentos para o seu filho que nasceu com problemas pulmonares devido àsIndústrias americanas. O coração transplantado passa a ter quase vida própria, fazendo com que o executivo passe a sentir, pensar, desejar e se comportar como seu dono. E naquela contradição que a princípio parece muito gostosa, porque o executivo parece ser o dono de toda essa mudança e aproveita essa nova vida onde parece se sentir confortável; Porém, esse conforto o leva a cometer um erro e quando ocorre o colapso, tudo desmorona e o coração e a prostituta começam a emergir com toda a sua força até se tornarem donos do corpo e da mente de Juan.


Autor  Imaculada Alvear Interpretação Chema Ruiz Direcção Luis Miguel Gonzalez Cruz Assistente de Direcção  Daniel Martos Cenografia  Miguel Ángel Camacho Iluminação e Espaço Cénico  Miguel Ángel Camacho Audiovisuais Luis Lamadrid Figurinos  Sara Ortiz de Villajos Produção Vinka Mendieta


60 minutos I M/14

Espectáculo inserido no Circuito Ibérico de Artes Cénicas

30 de Abril

Erro 403

Companhia de Teatro de Sintra - Chão de Oliva (Sintra)

"Erro 403" é uma peça da autoria de Nicolai Khalezin, co-fundador e diretor artístico da companhia Belarus Free Theatre, conhecido pelo seu teatro político. O guião retrata a primeira vítima da revolução bielorussa, Alexander Taraikovsky, que morreu durante um protesto pacífico após eleições fraudulentas no país, a 10 de agosto de 2020. Taraikovsky, de apenas 34 anos, foi assassinado na cidade de Minsk com um tiro no peito, disparado por uma arma que se comprovou pertencer à polícia especial de intervenção, mobilizada naqueles dias para dispersar os manifestantes. Como protagonista, contudo, não está Taraikovsky, mas sim o polícia responsável pelo tiro fatal.


Autor Original Nicolai Khalezin (Belarus Free Theatre) Tradução Sónia Pinho Encenação e Dramaturgia Susana C. Gaspar Interpretação André Pardal, Beatriz Oliveira, Catarina Rôlo Salgueiro, Hugo Sequeira, Patrícia Susana Cairrão (RUGAS) e Rogério Jacques Sonoplastia Abel Arez Desenho Luz Marco Lopes (Show Ventura) Cenografia e figurinos Chão de Oliva Direção de Produção Nuno Correia Pinto Produção Executiva Nisa Eliziário Secretariado e Apoio à Produção Cristina Costa Execução e Montagem Cenográfica Luiz Quaresma e Ton Bonassa Operação técnica: Ton Bonassa


75 minutos I M/16

17 a 26 de Maio

Cabral - A Última Lua de Homem Grande

Teatro Art'Imagem / Sikinada Companhia de Teatro

Um homem, cuja identidade não se pode precisar de forma clara, irrompe a cena. Está tudo calmo. Tem, contudo, a súbita impressão de que é atingido. Duvida, no entanto, por breves instantes : "deram-me um tiro?" Um outro através de si se revela, do imo dos mistérios. Algo lhe diz que a hora chegou. Que hoje é o seu último dia. A sua lua derradeira. A última luta? Homem Grande encontra-se, porém, sereno, consciente que morrerá, de pé, como uma árvore secular. O relógio, omnipresente, vai impondo a sua matemática de subtração, indiferente a tudo, estabelecendo a ordem dos acontecimentos. Chegou a hora de todas as horas. Medo? Nem por isso. Ele nunca foi deste mundo; soube-o desde sempre.


Texto (romance): Mário Lúcio Sousa Dramaturgia e Encenação: Flávio Hamilton Interpretação: João Paulo Brito Vídeo-cenografia, Fotografia e Design Gráfico: César Schofield Cardoso Cenografia e Figurinos: Elisabete Gonçalves Desenho de Luz: Leunam Ordep Assistência Técnica: Paulo Silva Desenho de Som: Ndu Carlos Músicas: Ndu Carlos e Mário Lúcio Pesquisa: Micaela Barbosa Participação especial (Vozes): Binta Djalo, Teté Alhinho, Raquel Monteiro e Elisabete Gonçalves Participação especial (Vídeo): Davínia de Pina Direção de Produção: Raquel Monteiro e José Bettencourt (Sikinada) e Sofia Leal (Art’imagem) Assistente de produção: Elizabeth Fernandes Fotos de Cena: João Pedro Ramos e Jorge Freitas

13 de Junho

Casa Tomada

A Escola da Noite (Coimbra)

Casa Tomada, baseado no conto homónimo do escritor argentino Julio Cortázar, é um espectáculo proposto em processo colaborativo, no qual toda a equipa participa na construção da dramaturgia cénica. Tem como tema a situação de refugiados em deslocação entre supostos campos de acolhimento. Sem estarem identificados com algum grupo de exilados em particular, os quatro actores, divididos em pares, reproduzem o quotidiano desses seres destituídos, capturados na cena entre a estadia precária e o pôr-se novamente em movimento, sem que se saiba exactamente o destino. Eles evocam a condição de milhares de refugiados que, ao longo de praticamente toda a história da humanidade, foram forçados a deixarem os seus lares, devido a guerras ou perseguições por intolerância de todos os matizes - religioso, étnico ou político. Pensado e construído como um poema cénico, Casa Tomada vale-se também dos recursos de iluminação, sonoplastia e projecção de vídeo para constituir a narrativa cénica.


Uma criação a várias mãos a partir do conto “Casa Tomada” de Julio Cortázar Criação Ana Teresa Santos, Igor Lebreaud, Miguel Magalhães, Ricardo Kalash e Silvana Garcia com a colaboração de Paula Garcia Concepção, coordenação de dramaturgia e encenação Silvana Garcia Assistência de encenação Paula Garcia Interpretação Ana Teresa Santos, Igor Lebreaud, Miguel Magalhães e Ricardo Kalash Cenografia e figurinos Rachel Caiano Música Luís Pedro Madeira Instalação vídeo Eduardo Pinto Instalação Malas Poéticas Paula Garcia, Rachel Caiano e Zé Diogo Luz Danilo Pinto Som Zé Diogo Direcção de cena Miguel Magalhães Apoio de movimento Miguel Magalhães Apoio vocal Paula Garcia


90 minutos I M/14

26 de Julho

As if we wouldn´t (Como se não o fizéssemos)

The First Suburban Theatre – Pulse Theatre Lazarevac (Sérvia)

Quantas palavras são necessárias para contar uma história de amor? A essência do discurso do amante está no indizível, nas dores engolidas, nas dúvidas, nos medos e, sobretudo, no medo de que o Outro não tenha medo do poder destrutivo dos nossos sentimentos. O potencial semântico entre o Sim e o Não é infinito. A pergunta-chave que se resume a conflitos, impressões, sensações, projecções, memórias e traumas é se somos amados.. A majestade do maior amor não vem tanto da memória, da reconstrução dos acontecimentos, mas do poder da imaginação. "As if we wouldn't" é um tributo não ao amor, mas ao poder da imaginação humana para fazer de um amante um salvador, uma vítima e um carrasco, e por vezes tudo ao mesmo tempo. 


Autor:  Anja Savić  Direção:  Anna Pinter  Diretor artístico e criação de marionetas:  Sandra Nikač  Coreografia:  Irina Mitrović  Compositor:  Branko Džinović   Cenografia: Ivan Gospavić, Miodrag Stojanović, Marko Nikolić, Dejan Dejanović  Assistente de cenografia:  Nevena Šurlan  Assistente de figurinos:  Sonja Kotorčević  Desenho de luz:  Vladislav Milić Adereços:  Julijana Mićić  Maquilhagem:  Nevena Šurlan Elenco:  Jelena Cvijeticman, Darko Bjekovica  Produção executiva: Ivana Nedeljković


90 minutos I M/16

Espectáculo inserido no MIT – Mostra de Teatro Internacional sem Fronteiras

13 de Setembro

Estebanillo González, Soldado y Bufón

Teatro do Guirigai (Badajoz - Espanha) 

Estebanillo González, um bufo profissional ao serviço do poderoso duque Octavio Piccolomini, vive despreocupado na taberna que dirige em Nápoles. Juntamente com os seus camaradas, O Poeta e O Capitão, apresenta-se diante do paroquianos da taberna as suas aventuras na Guerra dos Trinta Anos na Europa. Ao longo da trama descobriremos que Estebanillo também é um espião do poderoso de Piccolomini para relatar as negociações dos seus camaradas.


Dramaturgia e direcção:  Agustín Iglesias Desenho e realização cenográfica:  Marcelino de Santiago Kukas Música original:  Irma Catalina Álvarez Outras músicas:  Tarantella “Luna Lunedda” de Pizzica “Todos los buenos soldados” de Mateo Flecha el Viejo “Vecchie letrose”, Villanesca alla napolitana Desenho de figurino:  Luisa Santos Realização de figurino:  Trinidad Galán Desenho de luz:  Lucía Alvarado Assistente de direcção:  Noelia González García Técnico de luz e som:  Félix Valverde Fotografía:  Bernardo Cruz Video:  Jero García Design gráfico:  Isabel Dublino Produção:  Magda García-Arenal


90 minutos I M/14

Espectáculo inserido no Circuito Ibérico de Artes Cénicas

31 de Outubro

Adrianopla

Teatromosca / O Fim do Teatro (Cacém / Lisboa) 

No final do século XX, um documentário está a ser realizado sobre uma comuna anarquista algures no interior dos Alpes Austríacos. Um grupo de utópicos invadiu uma propriedade rural e decidiu instaurar nela um novo tipo sociedade, baseada na igualdade. Ninguém pode ter propriedade sobre coisa nenhuma, o dinheiro é proibido, a monogamia é abolida e os filhos, lá nascidos, têm paternidade coletiva. A experiência de tentar manter a ordem social e a epopeia do seu líder que não aguenta mais os constantes subornos que lhe são oferecidos e os crescentes conflitos individuais, os quais ele tenta sempre resolver, é o verdadeiro documentário sobre Adrianopla.


Texto e encenação: Pedro Saavedra Interpretação: Paula Garcia, Rafael Barreto e Wagner Borges Cenografia: Luís Santos Apoio à construção cenográfica: Pedro Silva Desenho de luz: Paulo Sabino Máscaras: Cláudia Ribeiro Banda sonora: Ramón Galarza Comunicação, design e produção: Sónia Rodrigues Ilustração: Rui Guerra Fotografia de cena e vídeos: Vitorino Coragem Apoio técnico e operação: Carlos Arroja e Diogo Graça Produção executiva Inês Oliveira 


120 minutos I M/16

Share by: