Obra escrita em 1844, nela se notam toda a modernidade das personagens criadas pelo autor, o seu agudíssimo sentido crítico e senso irónico, apurado ao longo de muitos anos de mundanismo.
José Felix, personagem da peça, não é senão um "encenador" das várias representações.
Duarte é a personagem que constrói a(s) sua(s) teia(s) e por ela(s) se deixa apanhar, porque as suas mentiras consecutivas ultrapassam-no e ele perde o domínio sobre elas.
O próprio General Lemos é envolvido na teia mas, apercebendo-se, entra no jogo do criado, de forma divertida e convincente e acaba por ser ele o "autor" desse "final feliz", tão agrado do público.
Numa linguagem simples, é-nos traçado o ambiente de Lisboa na altura e toda a trama exemplar de enredos e conflitos que dão vida à peça, continuando a ser um exemplo de como "a rir se castigam os costumes".