“Á beira do vazio compreendeu o mais importante: que só voa quem se atreve a fazê-lo”
Uma gaivota, vítima da poluição de uma maré negra, confia o seu pequeno ovo a um gato, chamado Zorbas, pedindo-lhe para cumprir três promessas: não comer o ovo; cuidar dele até nascer a gaivotinha; e, por fim, ensiná-la a voar. Zorbas pede então ajuda a três amigos (Colonello, Sabetudo e Barlavento) para tentar levar a cabo a estranha missão de cuidar da gaivotinha. Depois de passarem por muitos perigos para cumprirem as duas primeiras promessas, eles têm que recorrer a alguém muito especial para os ajudar a cumprir a terceira - ensiná-la a voar ! Mas, para isso, têm que quebrar o tabu dos gatos...
Malditos Homens, mas não todos
ou Uma fábula na plateia e no palco
A "História de uma Gaivota e do Gato que a ensinou a voar" é um espectáculo para todos os públicos e para aqueles "que à beira do abismo compreenderam que só voa quem se atreve a fazê-lo".
Na plateia uma instalação audiovisual é a ante-câmara do espectáculo, que nos remete para o universo fantástico do mundo animal.
Segue-se o prólogo trágico da peça representado numa curta metragem vídeo que invade o palco fazendo a fusão com a coreografia de silhuetas, vultos e sombras. Depois vem a história contada por marionetas de polioretano flexível que permitem uma manipulação directa e uma estreita relação de cumplicidade com os actores que lhe dão vida.
A história desenrola-se numa cenografia móvel e em micro-escala, onde as atmosferas sonoras e as nuances de luz e de sombras sublinham a plasticidade e oferecem o relevo e o "zoom" ao espectáculo.
Esta fábula ecológica e social escrita por Luís Sepúlveda representa o regresso do Teatro Art'Imagem ao universo dos objectos, dos actores e das formas animadas.
- Mama Mia!!! •
Como criamos este espectáculo
Queridos amigos, nem imaginam como começou esta aventura!
Tudo aconteceu numa tarde, no quarto de uma menina, um quarto cheio de tralha. E no meio dessa confusão, veio ter às nossas mãos um livro que se chamava "A História Da Gaivota E Do Gato Que A Ensinou A Voar".
Éramos sete e dividimos as tarefas. O Carlos, gostava muito de música e sabia tocar muitos instrumentos; A Anabela, o Flavio, o Pedro e o Valdemar, eram actores e passavam a vida no faz de conta; a Sandra adorava construir bonecos, cidades, barcos, gaivotas, enfim, tinha muito jeito para as artes plásticas; o Paulo, que tinha recebido no Natal uma máquina de filmar também quis entrar nesta aventura; o Ricardo e o Zé, muito ajuizados, ajudaram-nos a construir este espectáculo.
Opsss!
Afinal éramos oito!
E depois.... vieram mais!, Veio o outro Zé, a Cláudia, o Jorge, o Inácio, a Carina, o Marcos, a Joana, a Mónica, a Manuela, o Eduardo, e mais e mais e mais..., porque no mundo fantástico do teatro, tudo pode acontecer. Até mesmo voltar ao tempo em que os animais falavam! E ainda falam! Oh, se falam! Basta estarmos prontos para sonhar!
E esta fábula que era só nossa, a partir de agora... também é vossa!
Schiuuuuuu! Nada de telemóveis, de fotografias, de relógios sonoros! Meus amigos, o espectáculo vai começar! - Pedro Carvalho e Valdemar Santos