“Não sei quantas almas tenho /
Cada momento mudei /
Continuamente me estranho /
Nunca me vi nem achei”
- (Fernando Pessoa)
Na abordagem temática à loucura, analisando-lhe mecanismos e manifestações, aprofundamos uma ligação ao surrealismo, onde "tudo o que vemos esconde outra coisa", sugerindo que um rosto vagueando pela rua oculte muitas outras realidades mentais - uma alteração, uma deturpação, um desvio progressivo, uma doença - significando mundos que se transfiguram a cada segundo. E nós "queremos sempre ver o que está escondido pelo que vemos". Desse amontoado de sintomas e definições, escolhemos três formas que ilustram este solo: a fobia, a personalidade obsessivo-compulsiva e a esquizofrenia. Em atmosfera de fragilidade e manipulação, uma rapariga comum inicia uma viagem ao seu mundo mental onde a metamorfose é a chave da sua personalidade.