Mocinha sofredora, galã inescrupuloso, empregada má e segredos de família.
Embora sejam ingredientes que fazem lembrar uma novela mexicana, o exagero e tramas inverossímeis e moralistas são os recursos mais facilmente identificáveis na arte do melodrama, que recebe uma homenagem à altura na paródia A Maldição do Vale Negro, autoria de Caio Fernando de Abreu.
A história se passa em 1834, no Vale Negro, província de Castelfranc, um lugar cercado de mistérios, segredos e maldições. Numa ambientação sombria, envolvido por densa floresta, está o Castelo dos Belmont onde a perversa Ágatha envenena lentamente seu patrão, o velho conde Maurício. O conde, à beira da ruína, tem seus bens hipotecados ao Marquês D´Allençon que deseja conquistar a donzela Rosalinda, sua sobrinha. Por entregar-se antes do casamento e engravidar, Rosalinda é consequentemente expulsa do castelo pelo tio. Nos seus descaminhos, a rejeitada donzela encontra uma trupe de ciganos, entre eles Vassili e Jezebel, que a ajudam desvendar os mistérios da família.