12ª Edição do Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia

06 a 15 de Outubro de 2006

Doze anos são para um Festival de Teatro um tempo difícil de igualar, sobretudo num país como Portugal e num género tão "complicado" como é o Teatro Cómico de qualidade.

Esta longevidade só é possível pela conjugação de três factores: a vontade da Câmara Municipal da Maia em persistir na disponibilização deste "produto" cultural de excelência, a dedicação e o profissionalismo do Art'Imagem e a permanente adesão do público.

São estes, os três ingredientes fundamentais, para que esta receita final - o Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia - já tenha atingido o patamar da institucionalização, quer em Portugal quer no estrangeiro, e que contra ventos e marés adversas continue a poder estar ao serviço de todos aqueles que cultivam o humor inteligente como um dos principais instrumentos para a sobrevivência, nesta sociedade cada vez mais triste e perdida.

O FITCM não é um festival fácil. Não é fácil quanto à produção, não é fácil quanto ao aplauso do público.

Talvez por não ser fácil, talvez porque exija de todos nós, organizadores e público, uma sensibilidade e uma disponibilidade mental especiais, talvez por isso tudo é que esta nossa "verdadeira festa cómica muito séria", seja aquilo que é: um momento especial de questionamento da vida, em todas as suas facetas, através de uma das mais extraordinárias capacidades da espécie humana: o saber rir para poder crescer em humanidade.

Dito isto...que comece a Festa.

O Presidente da Câmara Municipal da Maia,

António Gonçalves Bragança Fernandes

O Vereador do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Maia,

Mário Nuno Alves de Sousa Neves


 

O Humor não se resigna, desafia

A cidade da Maia está preparada para receber novamente o Festival Internacional de Teatro Cómico. Completando a sua primeira dúzia de edições, comprovado pela qualidade das companhias e espectáculos seleccionados, está pronto para cumprir a sua principal função que consiste em apresentar as melhores e as mais diversas formas de fazer teatro usando o riso, o humor e o cómico como denominador comum. Vinte e sete companhias nacionais e estrangeiras vão contar em palco as suas histórias e partilhá-las com os cerca de 10.000 espectadores que nos brindam anualmente com a sua calorosa presença..

Este Festival é, em cada Outono, um momento de festa, de descoberta e diálogo, onde actores e espectadores se encontram em hora certa, partilhando histórias extraordinárias protagonizadas por gente comum que, mercê da arte que é o Teatro, se transformam em verdadeiros deuses, senhores do seu próprio destino, construindo ilusões para lutar contra a dura realidade, na descoberta de outras ficções para o real indesejado.

Somos dos que pensam, como Freud, que o humor (e o Teatro) não se resigna, desafia.

Por isso, a programação desta edição de 2006, mais uma vez, escolhe autores, espectáculos e companhias que usam o riso como arma inteligente de destruição massiva contra o conformismo e a hipocrisia.

Aí estão em palco os textos dos nossos maiores, Gil Vicente e Bocage e outros poetas, a par dos contemporâneos, do francês Jean-Luc Lagarce aos espanhóis Sanchis Sinisterra e Fernando Tries de Bes ou dos nossos Hélder Costa, Miguel Castro Caldas, Luísa Ducla Soares, entre outros.

Dos convocados para os dizerem em palco, 16 vieram do nosso país, do Porto e da capital, de Vila do Conde, Covilhã e Odemira, e, 11, doutras partes deste vasto e cada vez mais aproximado mundo. Presentes os nossos antípodas da Austrália, passando pela Holanda, Suiça, Itália, Dinamarca, Inglaterra, sem esquecer a presença habitual do teatro e do português do Brasil e de nuestros hermanos que nos chegam do País Basco e da Andaluzia, e, presença maior, da Galiza com a sua língua, irmã da nossa.

O FITCM na sua diversificada programação incluí espectáculos de teatro musical, sombras e marionetas, novo circo e clown, mimo e pantomima, commedia del´Arte e commedy, musica teatral, café-teatro, stand-up commedy e poesia, animação e teatro de rua.

Talvez, como disse Mark Twain, o segredo do riso não seja a alegria mas a tristeza. O humor mais subtil, inteligente, corrosivo e desafiador, teve origem nas minorias oprimidas e sempre foi um antídoto, uma forma de luta contra os regimes totalitários e uma bofetada contra a "apagada e vil tristeza".

Não vivemos um momento de alegria. O nosso pequeno mundo vai-se esboroando e todos os dias perdemos coisas que tanto nos custou a conquistar.

Façamos pois deste Festival um tempo de preparação para os novos e gloriosos dias que hão-de vir.


O nosso riso contra o pouco siso.


José Leitão

(Teatro Art´ Imagem)

Director Artístico do FITCM



Programação

06 de Outubro

21h00 - Anfiteatro Exterior do Fórum da Maia

Nono (animação teatral de rua)  

Arturo (Espanha / Inglaterra)

60 Minutos

Nono é um jovem palhaço que quer mostrar as suas habilidades nos malabares, mas tudo corre contra ele. Tudo o que podia acontecer, acontece. Nono através do seu peculiar movimento mímico dá a vida ao mundo que o rodeia. Um divertido e imperdível espectáculo com base nas técnicas do novo circo, que mistura malabares, manipulação de marionetas, movimento, teatro físico, mímica, equilibrismo e clown, em interacção permanente com o público, que Nono quer tocar, no coração... através do riso. De seu nome verdadeiro Arturo Cobas Lema, um Galego em Londres, tem como mestres grandes interpretes do género, alguns deles bem conhecidos do público e que já passaram no FICTM como é o caso de Leo Bassi ou Loco Brusca. Frequentou durante três anos a Circus School de Londres, esteve já presente no Festival de Glastonbury, no Reino Unido, e em muitas outras cidades e países europeus, a actuar na rua ou em espaços convencionais.

22h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Perdida nos apalaches

Teatro das Beiras (Portugal)

90 Minutos I M/12

José Sanchis Sinisterra, um dos mais consagrados dramaturgos espanhóis da actualidade, conta-nos em "Perdida nos Apalaches", as aventuras de um Segundo Vice-Secretário de um Clube de Divulgação Cultural com pretensões a Presidente, utilizando para tal, todo o tipo de argumentos mesmo que eticamente duvidosos. A acção decorre no palco do Salão de Festas de uma Colectividade numa pequena cidade de Provença, mas ao mesmo tempo nos Montes Apalaches ou num hotel em Praga... e tudo isto durante a apresentação de uma conferência científica sobre a "relatividade do tempo e espaço", proferida pela Doutora Dorothy Greçuela vinda expressamente dos Estados Unidos. O público é convidado a observar o desempenho de três personagens perdidos, retractando de forma sarcástica a debilidade dos "sistemas" num mundo em mudança.
Desde Abril de 1975, quando apresentaram o primeiro espectáculo o Teatro das Beiras já montou cerca de três dezenas de espectáculos e efectuou 400 representações, por todo o país. O grupo de teatro amador era a aventura de um exercício de liberdade no Portugal renovado e democrático. Os festivais e ciclos de teatro, os Actos na Montanha, a programação de espectáculos, as sessões de cinema e feiras do livro são também parte da história do GICC.
Em 1994 adquire o estatuto de companhia profissional de teatro e em nove anos a companhia produziu 31 espectáculos e realizou cerca de 1.250 representações, participou na organização da Capital do Teatro no Distrito de Castelo Branco, editou textos de teatro, organizou várias edições Festival de Teatro da Covilhã, exposições, colóquios, etc.


O Teatro das Beiras é a segunda vez que se apresenta no Festival tendo estado em 2002 com o "Barrete dos Guizos" de Luígi Pirandello.


Encenação: Gil Salgueiro Nave Cenografia E Figurinos: Luís Mouro Desenho De Luz: César Fortes Sonoplastia: Vladimiro Garrido Costureira: Rosa Fazendeiro Interpretação: Miguel Telmo, Eva Fernandes e António Saraiva

07 de Outubro

16h00 - Café Teatro do Fórum da Maia

A galinha da minha vizinha

Circolando (Portugal)

45 Minutos I M/4

É um solo de palhaço sobre a solidão. Nos seus delírios uma mulher procura formas de combater essa solidão. Inventa os seus amigos, as suas histórias...

Uma mulher, palhaço, aconchega-se na sua casinha, nos seus afazeres domésticos e sozinha... nas sua pequena casinha costura os seus sonhos, inventa os seus amigos, enleia-se nas suas histórias.

Procura... alegrias (?)... um ovo (?)... alguém (?)... com a cadeira na cabeça está-se muito melhor às vezes é a sua própria galinha. ... E é quando nos encontramos sozinhos que o nosso comportamento se torna livre e dá rédea solta às nossas verdadeiras emoções e mostra a nu o nosso interior.

Variações ovoides, o ovo é o sentido da vida, o umbigo do mundo, é a união, a humidade feminina, o ovo encerra o céu e a terra.

entre linhos e enleios / que provocam devaneios / nas mãos que sabem bordar, / surgem de baús fechados / sonhos ensarilhados / histórias que não / querem acabar.

Nesse mundo em que qualquer vizinho tem uma galinha melhor que a sua... Uma casa para a possuirmos temos que nos confundir com ela.


Em 2000, quando pela primeira vez se apresentava no Festival, o Circolando dava praticamente os seus primeiros passos. Ei-los de volta, agora com um "solo" de palhaço, depois de terem dado a "volta ao mundo" e transformados numa das mais internacionais e interessantes companhias de teatro portuguesas do chamado "novo circo".


Criação E Interpretação: Graça Ochoa Produção Executiva: Rita Guimarães Produção: Corropio

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

It happens (Animação Teatral de Rua)

Arturo (Espanha / Inglaterra)

30 Minutos

Utilizando todas as suas capacidades histriónicas bem como as técnicas do novo circo, uma animação teatral de rua onde, aproveitando o público presente e o lugar da acção, acontecem coisas... inesperadas e mirabolantes.

21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Pretas por ter

Cia Fato de Teatro (S. Paulo - Brasil)

60 Minutos I M/12

Pretas Por Ter é uma deliciosa comédia sobre a vida de Altair e Marlene, duas mulheres negras, da mesma origem a quem a vida deu duas estórias diferentes até se encontrarem para dividir o mesmo lugar de trabalho, o cursinho nocturno de pré-vestibular Passaremos Passarás.

Altair, professora primária, é uma mulher quase sofisticada, quase branca, quase casada e quase ligada ao que ocorre em seu redor, que começa a trabalhar numa vaga de uma professora titular que adoece e tem que ser substituída.

Marlene, figura popular do cursinho, é a bedel, pinel, faxineira, 100% negra assumida, conselheira e assessora geral de tudo e de todos na escola. Debochada, mas consciente do seu papel naquele lugar, Marlene é o oposto da enfastiada e quase sofisticada Altair com quem, agora, terá que dividir as atenções de todos e, pior, terá que ajudá-la a enquadrar-se no mundo do cursinho.

O resultado do encontro dessas personagens é uma divertida comédia com muito bom humor, marcado por confrontos entre Altair e Marlene. Com diálogos curtos, rápidos, directos e contando também com o público como coadjuvante.

A companhia foi fundada há dez anos e é dirigida pelo actor Jó Santana (que recebeu o Prémio Revelação de Teatro e em 2004 fez televisão na novela "Seus Olhos") e Ailson Barcos. Milton Rodrigues tem quase 18 anos de carreira teatral e seu percurso artístico tem passado pelo humor, tendo feito cinema com Walter Salles no filme "O Primeiro Dia". Bruno Comitri trabalha como actor desde 2003 e ultimamente tem-se dedicado ao Circo-Teatro.
 
Texto: Alberto Damit Direcção: Angela Barros Cenografia: Vera Oliveira Figurinos: Cássio Brasil Iluminação: Hernandes Oliveira Som: Pedro Andrade Produção: Cia Fato De Teatro Interpretação: Jó Santana, Nilton Rodrigues, Bruno Comitri Personagem Off: Rosi Campos

23h30 - Café-Teatro do Fórum da Maia

O incorruptível

A Barraca Teatro (Portugal)

60 Minutos I M/12

Trata-se de uma sátira sobre o mundo contemporâneo através de um personagem único: um político que quer ser corrupto, que tem a infelicidade de ninguém o convidar para esses altíssimos negócios, assim se transformando - contra sua vontade e sofrendo o desprezo de familiares, amigos e correligionários - num incorruptível. O autor esclarece que se trata de uma "singela homenagem" a inesquecíveis figuras do nosso mundo contemporâneo. Não sendo exaustivo, porque muitos milhares mereciam a referência, cito o alemão Kohl, o "pai da Europa", a quem malevolamente chamam o D. Kohleone. Os italianos Bettino Craxi e Berlusconi, o brasileiro Collor de Melo, os americanos Nixon, Bush, etc... Infelizmente, não encontramos nenhuma personalidade portuguesa com valor para entrar nesta galeria de notáveis... Realmente, nós somos uma república das bananas e ... de bananas. No fim do espectáculo, o público é convidado a participar na salvação do infeliz incorruptível, transformado em corrupto. Segue o hino de Santo Anthónnio, padroeiro dos corruptos, para instrução dos nossos espectadores: Com música de "We shall over come": Nós havemos de corromperá / Nós havemos de corromperá / Nós havemos de corromperá Com música da "Internacional": Sorriso aqui, mentira acolá / Um, favor, um segredo / Uma intriga a preceito / Ir pr'á frente sem medo. "O Incorruptível", na versão de um actor e uma actriz, interpretados por Gil Filipe e Rita Fernandes.


A presença, pela primeira vez, no Festival de uma das mais e prestigiadas companhias portuguesas de teatro, dirigida por Helder Costa e Maria do Céu Guerra.
 
Texto, Espaço Cénico e Encenação: Hélder Costa Produção: A Barraca Interpretação: Ruben Garcia, Rita Fernandes

08 de Outubro

16h00 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Estórias do dia e da noite

Limite Zero / Teatro Art'Imagem  (Portugal)

60 Minutos I M/4

Inspirado nos contos tradicionais portugueses "O Aprendiz de Feiticeiro", "O Rei Mentiroso", "A Raposa e o Mocho", "A Raposa, o Lobo e o Carneiro", nesta peça dois parceiros de aventuras, (amigos mas sempre em disputa), andam de terra em terra na sua Carroça Mágica, apresentando ao público que os quiser ouvir e ver as suas versões de estórias de Amor, Fadas e Aventuras. De dia, discutem ! À noite, realizam a Magia do Teatro de Sombras! Nas suas estórias encontramos Príncipes e Princesas, Bruxas e Dragões, Mochos e Raposas, Lobos e Reis - enfim, tudo aquilo que existe ou que, se não existe, era bom que existisse para nossa alegria e diversão! Cada uma das quatro estórias é antecedida pelos apetitosos diálogos críticos do Cirro e do Nimbo, os dois comparsas permanentes destas peripécias, que recorrem às Sombras e aos Efeitos Especiais, Visuais e Sonoros. E mais não podemos dizer: o resto é para ouvir e para ver!...


A Limite Zero iniciou a sua actividade no ano de 2003 com a estreia do espectáculo 'O Pinto Borrachudo', desde aí já construiu um pequeno currículo, onde se incluem não só a apresentação de espectáculos mas também a realização de oficinas para crianças e adultos, onde a experimentação e descoberta são aliados ao prazer de uma aprendizagem criativa. A entrada do Teatro Art'Imagem nesta produção aconteceu já numa fase adiantada da sua criação artística, ajudando, porém, é consolidação e viabilização definitiva do espectáculo. É o regresso ao teatro de sombras, disciplina que apenas explorou uma vez, há precisamente 20 anos, no espectáculo de homenagem a Garcia Lorca "Variações sobre a lua", encenado por Roberto Merino.



Autor: Jorge Constante Pereira Encenação e Cenografia: Raul Constante Pereira Interpretação: Ângela B. Marques e Raul Constante Pereira Desenho de Sombras: Fernando Silva Iluminação: Pedro Carvalho Música e Sonoplastia: Fernando Rodrigues Execução de Figurinos: Branca Elísio Construção: Hernâni Miranda, Fernando Silva, Inês Coutinho, Rosário Matos, Pedro Esperança, Tomás Dias Produção Executiva: Cristiana Morais Promoção: Jorge Mendo Design Gráfico: Marta Fernandes

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

E se... (animação teatral de rua)

Pedro Correia (Portugal)

30 Minutos

Preso no seu próprio universo o palhaço procura a libertação. Quando descobre o novo mundo tenta compreendê-lo e equilibrar-se nele. A bola já não pára. Mais bolas, uma corda, um beijo, um balão, uma mão.


Sorrisos...

21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Sempre ao lonxe

Mofa & Befa (Galiza - Espanha)

90 Minutos I M/12

YSEMPRE AO LONXE ou a decadência Étnica
Nos último 15 anos a ciência impugnou para sempre a ideia, ou o preconceito do séc. XIX, de que os seres humanos pertencem a raças diferentes. A falta de sensibilidade destes cientistas destruiu as ilusões raciais de milhões de pessoas que se achavam superiores, inferiores ou simplesmente diferentes. A superstição racial é parte fundamental da nossa cultura - ao nível da superstição amorosa ou religiosa. A descodificação do mapa genético humano enterrou tudo isto.
Mofa & Befa, sempre atentos às necessidades espirituais do seu público, decidiu meter o dente a esta suculenta questão. Sempre ao Lonxe é um título cheio de saudade que sugere, por um lado, a impossibilidade de estar no sítio certo no momento certo, e por outro lado, a cautelosa distância da qual estamos habituados a observar aqueles que julgamos diferentes.
Este é um espectáculo tingido pela vontade sempre didáctica e de serviço público que anima os Mofa & Befa. Apresentado por um padre missionário, tem a aparência de festa cultural com uma intenção benéfica. O espectáculo apresenta uma moralidade cheia de imagens actuais e expõe, dum modo divertidíssimo, a suspeita de que as diferenças económicas são mais determinantes que as étnicas. Os nómadas e os andarilhos, os que não se reconhecem parte de nenhuma raça nem de nenhuma pátria, manifestam-se aqui como adiantados às descobertas mais recentes da ciência. O número que apresentam está cheio de melancolia, dignidade e neo-realismo.
Sempre ao Lonxe, sendo um canto à fraternidade universal, é aliança de civilizações, é solidariedade; é também uma corajosa pesquisa no complexo mapa genético do século XXI, o nosso século. Não faltarão momentos de autêntica emoção, música, alta cultura e teatro clássico. Todo isto, isso sim, em doses homeopáticas, não vê que se engane alguém do público.
No dia dos Inocentes de 1992 saltam para o panorama teatral galego dois actores que já eram conhecidos pelos seus trabalhos em companhias e espectáculos comprometidos e cultos, ou dito de outro modo, convencionais. Aquele dia, em que se comemorava o holocausto dos Inocentes, Evaristo Calvo e Victor Mosqueira (Mofa e Befa) decidem renunciar para sempre à sua inocência, e assim, é sua pureza artística, para transformarem-se em MOFA&BEFA, a formação cómica por excelência do teatro galego.



Direcção: Quico Cadaval Texto: Quico Cadaval, Evaristo Calvo, Víctor Mosqueira Cenografia e Figurinos: Mofa e Befa Música: Piti Sanz Interpretação: Evaristo Calvo, Victor Mosqueira e Piti Sanz

23h30 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Stand up poetry

Jorge Sequerra (Portugal)

70 Minutos I M/18


Um recital de poesia erótica e satírica portuguesa do séc. XIII aos nossos dias, em tom de stand up comedy.
Espectáculo de forma invulgar, com recurso a vídeo, sonoplastia, máscaras e grande interacção com o público.
Uma viagem pela história da literatura portuguesa feita como se fosse um estudo da sexualidade.
Poemas de: Camões, Bocage, Guerra Junqueiro, António Botto, Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro, José Gomes Ferreira, Luís Pacheco, Alexandre O'Neill, entre outros.
Um espectáculo inovador estritamente para adultos.
 
Mais se informa as pessoas presentes de que lhes serão feitas algumas perguntas sobre questões íntimas às quais podem responder como quiserem ou nem responder sequer, já que a equipa técnica dispõe de equipamento sofisticado que detecta as inclinações profundas de cada um. Assim se evitam eventuais constrangimentos e se estabelece um clima descontraído. Esta atitude é reforçada pela introdução de uma 2ª personagem que se encarregará de dizer os poemas de linguagem mais licenciosa e mesmo vernácula: - o Josefo Dinho, um sátiro libidinoso, filho do Zé Povinho e do Fadinho português, senhor de um nariz que parece outra parte do corpo.


Texto: Patrick Suskind Tradução: Anabela Mendes Dramaturgia e Direcção: Ana Vitorino, Carlos Costa, Catarina Martins e Pedro Carreira Direcção musical: João Martins Grafismo: Vítor Azevedo Produção executiva: Marina Freitas Interpretação: Pedro Carreira ... e Ainda Músicos Convidados

09 de Outubro

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

De perder a cabeça (animação teatral de rua)

António Santos - Homem-Estátua (Portugal)

30 Minutos

Um insólito personagem de cabeça debaixo do braço cria situações de espanto ao receber os espectadores numa situação de quietude intercalada por movimentos inesperados.

António Santos tem 2 recordes mundiais de imobilidade (1997 e 2003) e um inscrito no Guiness Book, em 1988, como Homem-Estátua.

21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

El vendedor de tiempo

Ados Teatroa (País Basco - Espanha)

85 Minutos I M/4

Pode um tipo normal colocar patas em cima do sistema?
"El Vendedor de Tiempo" é uma comédia musical baseada no best seller de Fernando Trías de Bes. Escrito num tom divertido e mordaz, é um convite à reflexão. Um incentivo para recuperar o nosso activo mais valioso: o nosso tempo. Por outras palavras, a nossa vida.
Conta a história de um "Tipo Normal", que se vê obrigado a realizar um trabalho que detesta para poder pagar uma hipoteca de 35 anos, nada de anormal. Salvo uma estranha aflição, mais uma obsessão, que o nosso protagonista tem desde a infância. Aflição essa é qual não se pode dedicar por falta de tempo e que com o passar dos anos resulta... numa bomba-relógio!
"Ai, se fosse dono do meu próprio tempo" lamentava-se TN. Até que um dia este anónimo cidadão, farto de trabalhar apenas para sobreviver, decide fazer algo para poder comprar todo o tempo que precisa e recuperar as rédeas da sua vida. Monta um pequeno negócio em que nada crê: vender 5 minutos de tempo livre, em frascos de urina.
E o que começa como a charada de um louco, acabará por pôr em xeque a sociedade do consumo.
Em "El Vendedor de Tiempo" a palavra, as imagens e a música configuram um espectáculo carregado de humor e um convite à reflexão. Garbi Losada rodeou-se da equipa habitual e conta com alguns dos actores mais relevantes da cena basca.
 
Ados Teatroa, nasce em 1995, impulsionada por profissionais com larga trajectória teatral, em colaboração com outros profissionais do mundo audiovisual e é detentora de alguns prémios, na área do teatro. Estão pela 4ª vez no FITCM, porque os seus espectáculos tem merecido os favores do público e da crítica. O ano passado apresentaram "Las Mujeres de Verdad Tienen Curvas", uma das melhores peças que passaram pelo palco do Grande Auditório. Ei-los de volta, agora num musical bem humorado, divertido e com um grande elenco. A não perder.

 
Dramaturgia e Direcção: Garbi Losada Baseada No Best Seller: Fernando Trias De Bes Interpretação: Koldo Losada, Lierni Fresnedo, Carlos Nguema, Ainhoa Aierbe, Joseba Morrás, Txori Garcia Uriz, Dorleta Urretabizkaia / Aintzane Crujeiras Interpretação Musical: Joxan Goikoetxea, Rober Yaben, Ander Ederra, Roberto Pacheco Música Original: Joxan Goikoetxea Coreografia: Carlos Nguema Espaço Cénico: Markos Tomas Desenho De Luz: Xavier Lozano Técnico De Luz: Richi Romanos Técnico De Som: Angel Aguero

23h30 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Quem não trabuca não manduca

Bica Teatro (Portugal)

50 Minutos I M/16

E agora, directamente vindos de uma aclamada 'tournée' intercontinental, o fantástico duo: Armanda e Valentim! (aplausos) Armanda e Valentim têm uma longa carreira como 'entertainers'. Viajam por todo o mundo, só os dois, com um pequeno cenário estilo 'cabaret' e os seus instrumentos musicais. Talento nato!
Dois contadores de histórias decidem usar uma fábula como mote para uma actuação alucinante, que percorre vários géneros musicais e teatrais, ao estilo da novela radiofónica e do 'vaudeville', em constante interacção com o público. Uma comédia musical em que tudo vale para contar uma história!
 
O Bica Teatro é um jovem e dinâmico grupo constituído em Outubro de 2002. Um dos seus interesses é o de criar uma rede de intervenção e dinamização cultural com espectáculos em itinerância em Portugal e estrangeiro, nomeadamente países lusófonos.
 

Texto: Luísa Ducla Soares Versão Cénica e Encenação: Sofia Cabrita Interpretação: Ana Sofia Paiva e Pedro Luzindro Direcção Vocal: Luciana Ribeiro Apoio Musical: Eurico Machado, Mané Teixeira e Pedro Luzindro Cenografia E Figurinos: Ana Brum Produção: Bica Teatro

10 de Outubro

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

Esquadrão d'inspecção III (animação teatral de rua)

Radar 360º (Portugal)

30 Minutos

Massificação? Confusão? Tensão?
Para combater o terrorismo cultural, eles estão alerta... eles estão organizados...
Mestres na arte de observar, verificar e controlar... eles são o: ESQUADRÃO D'INSPECÇÃO

21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

O grande criador

Companhia do Chapitô (Portugal)

70 Minutos I M/12

Baseado em vários Mitos e episódios Bíblicos, sobre a origem do Homem e do Mundo.
Deus criou Adão e Eva ou simplesmente os encontrou? Qual foi a maça que a Eva comeu? Reineta, Golden, Starking, Bravo de Esmolfe? Os animais vão para o céu? Será que Darwin tinha razão? Será que a falta de espaço na arca de Noé foi a verdadeira causa da extinção dos dinossauros?
Oração devota, bondade humana ou suborno. Qual destas qualidades fez com que Moisés se aproximasse de Deus? Terá sido Moisés um dos grandes alpinistas da sua geração? Qual a equipa de futebol de que Jesus era adepto? Jerusalém Giants ou Galilean Gladiators?
A queda das penas do Arcanjo Gabriel deveu-se a um sacrifício supremo? Qual? Que método de caminhar sobre as águas utilizou Jesus para convencer os discípulos que era filho de Deus? Qual foi a especialização que Jesus escolheu durante o seu treino religioso? Discursar em público sobre experiências pessoais de âmbito religioso, milagres médicos avançados ou dança? E no que se refere a Buda?
Bem aventurados os que sem terem visto acreditam que o Grande Criador é a mais recente comédia da Companhia do Chapitô. E em verdade vos digo que esta peça é baseada em vários episódios do Livro. A vós é dado a conhecer os mistérios de um Deus humanizado, confrontado com inúmeros problemas relativos à criação do mundo do Homem e da sua evolução, numa constante busca pelo perfeccionismo. Perdoai-nos, pois nós não sabemos o que fazemos e quem nunca errou que atire a primeira pedra. Alegrai-vos porque será grande a vossa recompensa.
 
A Companhia do Chapitô, depois de "Romeu e Julieta", "Dom Quixote" e "Talvez Camões", êxitos absolutos, volta ao FITCM com mais um excepcional espectáculo.



Autoria: Criação Colectiva Adaptação De Textos: Miguel Castro Caldas Encenação: John Mowat Música: Rui Rebelo Desenho De Luz: Jochen Pasternacki Audiovisual e Multimédia: Pedro Fidalgo, Pedro Salgado Interpretação: Jorge Cruz, José Carlos Garcia, Rui Rebelo

23h30 - Café-Teatro do Fórum da Maia

O velho da horta

Teatro Ágil (Portugal)

60 Minutos I M/12

"Esta seguinte farsa é o seu argumento que um homem honrado e muito rico, já velho, tinha uma horta. E andando uma manhã por ela espairecendo, sendo o seu hortelão fora, veio uma moça de muito bom parecer buscar hortaliça, e o velho em tanta maneira se enamorou dela que por vias de uma alcoviteira perdeu toda a sua fazenda. A alcoviteira foi açoutada e a moça casou honradamente. Entra logo o velho rezando pela horta.
Foi representada ao mui sereníssimo rei D. Manuel, o primeiro desse nome, era do Senhor de 1512."
Imagine dois actores e uma mala de madeira que se transforma num mundo de fantasia, choro e alegria, por onde desfilam velhos tontos apaixonados, moças garridas, velhas, parvos, alcoviteiras - as personagens a que o mestre Gil Vicente deu vida e imortalizou em O Velho da Horta. Imagine este espectáculo capaz de proporcionar a quem o vir, o contacto com o teatro do "pai" do teatro português, facilitando assim, a leitura da obra de Gil Vicente. Imagine, por fim, simplesmente, o prazer da fruição teatral.
 
O Teatro “Ágil “ um novo projecto profissional de criação teatral assente na mobilidade, no rigor e na qualidade do trabalho do actor, um trabalho activo e vivo. "Queremos criar espectáculos divertidos, populares e didácticos com um repertório (clássico e contemporâneo) que possa interessar os mais variados públicos (crianças, jovens e adultos), contribuindo para a educação do gosto e para o exercício do direito à fruição teatral, e que possa deslocar-se facilmente até ao público."

11 de Outubro

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

Viajante azul (animação teatral de rua)

António Santos - Homem-Estátua (Portugal)

30 Minutos

Estátua viva de um personagem todo azul que, pantominando um viajante, cria situações de beleza plástica.

21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Du bocage in love

Klássicus - Fernando Gomes (Portugal)

120 Minutos I M/16

Pasmem os ateus, os incrédulos e os mais cépticos!!!
Porque nesta comédia, prova-se...
... que há uma Vida para além da Morte!
Desconhece-se esse espaço onde habitam os nossos antepassados e se se chama realmente Céu... ou Inferno! Mas o Espaço existe! E é habitado! Logo... Não estamos sozinhos no universo!
Uma Comédia ESPACIAL ... com momentos de MUSIC-HALL!
Alguns minutos após o começo de um desconcertante concerto intitulado "Salpicos de Mozart", um objecto Voador não Identificado cai inesperadamente no palco e interrompe a récita. Nele viaja Du Bocage que conseguiu obter do Alto Representante Celestial uma autorização para regressar ao planeta Terra por algumas horas, a pretexto de assistir às comemorações.
Confundido com Amadeus Mozart, só mais tarde se apercebem que estão na presença do grande poeta Elmano Sadino, interessado em estar presente nas suas comemorações, mas não nas de Mozart! O atraso na chegada, 2005 foi o ano de Bocage, é justificado pela "burocracia celestial". Lá em cima, como cá em baixo, conseguir uma autorização seja para o que for, demora o seu tempo.
Entusiasmado com o insólito acontecimento, o elenco dos "Salpicos de Mozart" decide alterar o programa e prestar uma homenagem a Bocage, já que estão diante de uma oportunidade única e inédita: a de apresentar o falecido poeta pela primeira vez ao "vivo"!
Mas o inesperado não fica por aqui...


A Klássicus é uma companhia de Lisboa fundada em 2001 por Fernando Gomes, um dos mestres do teatro cómico português, para dar corpo aos seus projectos enquanto encenador independente, nela desenvolve as actividades de autor, actor e encenador.
Fernando Gomes que já esteve no FITCM com a divertida comédia "Viva o Casamento", a partir do texto "Alves & Companhia" de Eça de Queirós, volta agora com a sua nova companhia para apresentar este espectáculo musical onde a poesia, os improvisos e a irreverência do poeta Bocage nao poderiam deixar de ter lugar
 
Baseado na Vida e Na Obra de: Manuel Maria Barbosa du Bocage Texto e Encenação: Fernando Gomes Interpretação: Carlos Macedo, Elsa Galvão, Fernando Gomes, José Nobre, Luís Pacheco, Rui Raposo Coros: Rui Baeta, Fernando Luís Arranjos Musicais: Valter Rolo Execução de Luz: João Cachulo Execução de Som: Manuela Jorge Figurinos: Lucília Telmo Cenografia e Design Gráfico: Jorge Galvão Co-Produção: Klássikus, Associação Cultural / Teatro Da Malaposta

23h30 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Te comprendo! boboclown

Farpasteatro (Portugal)

60 Minutos I M/4

Os boboclowns viajam pelo mundo surpreendendo e surpreendendo-se com tudo e com todos. São personagens em constante mutação que utilizam a universal linguagem do corpo.
Sempre com o mesmo "figurino" boboclown - que vestem e caracterizam frente-a-frente ao público - mas encarnando inúmeras personagens, que em metamorfoses vertiginosas vão sendo: o macaco transformista, o artista das palmas, o jogador de futebol, o saltimbanco, o ditador-místico, o malabarista do chá, o arruaceiro, franque (sinatra?), a mulher submissa, o cliente inglês, o criado espanhol, o jogador de ténis, as carpideiras, o polícia do mundo, o dançarino de flamenco, entre outras; vão captando, nestes estereótipos, os tiques (os nossos tiques) sociais deste dia-a-dia cada vez mais sem carinho, onde o "no comprendo" - a intolerância - preponderante.
A isso eles contrapõem o "te comprendo", estendendo a mão e convidando para a festa, para o baile, para a celebração da vida. Servem-se do humor para denunciar, servem-se do humor para abraçar. Neste caminho do "te comprendo!" os boboclown encontram pontos de contacto com a arte do circo. que bom!
Um espectáculo uma animação. Como bons saltimbancos estes boboclowns estão prontos para viajar, dá-nos o prazer do seu abraço.
 
A Companhia FarpasTeatro nasce em 1986. desde essa data tem tido uma produção regular, tendo sido criados e apresentados, 30 espectáculos, por todo o país. O grupo trabalha com actores profissionais e não profissionais e persegue a linha do 'rough theatre', isto é, faz teatro com o que tem à mão, de montagem simples, tendo sempre em conta a realidade dos públicos e dos espaços.
 
Criação, Encenação, Interpretação: Carlos Piecho e Jan Gomes Produção: Farpasteatro

12 de Outubro

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

Esquadrão d'inspecão II (animação teatral de rua)

Radar 360º (Portugal)

30 Minutos

Massificação? Confusão? Tensão?
2º episódio desta saga... Rir ou Fugir... Eis a questão?


21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Elizabeth's last stand

Nola Rae (Inglaterra / Austrália)

50 Minutos I M/4

Algo de estranho se está a passar com Bety. Talvez ela tenha vivido sozinha demasiado tempo?
Ela pensa que um fantasma imperial a está a espiar! Quem pensa ela que é... uma rainha ou coisa do género?
"Elizabeth's Last Stand" inspira-se na imagem da indomável Rainha Isabel I de Inglaterra imóvel, de pé, por 15 horas, temendo que se sucumbisse à fadiga, nunca mais se levantaria. Betty, que em toda a sua vida passou despercebida até agora desenrola um drama cómico de proporções reais, enquanto se debate para criar a sua própria corte dentro das fronteiras do seu reino pessoal... o seu quarto.
Nola Rae nasceu em Sydney e emigrou para Londres com a sua família em 1963. Depois de trabalhar dois anos como bailarina profissional deu-se conta de que nunca seria uma grande bailarina. Como não estava interessada em falar em palco ela tornou-se uma mimo e estudou com Marcel Marceau. Em 1976, depois de uma época com a Bristol Old Vic Company, formou a sua própria companhia de produção chamada London Mime Theater. Nola já representou em cerca de 60 países e foi vista em todos os continentes, excepto a Antárctica. Fez muitas aparições na televisão, incluindo um documentário da BBC sobre o seu trabalho e um programa em que contracenou com Marcel Marceau.
Nola Rae é uma conceituada artista de renome internacional e uma das mais singulares actrizes no actual panorama do Teatro Britânico. O seu estilo, um misto de mímica, clown, dança e criação de bonecos, eleva-se e toca a audiência a todos os níveis. Poucos conseguem estar em palco e agarrar o público com tamanha facilidade e sem proferir uma palavra.
Nola Rae é um dos pontos altos do FITCM. Absolutamente a não perder.
 
Criado em Colaboração com: Simon Mcburney Cenografia: Matthew Ridout Música: Peter West Interpretação: Nola Rae

23h30 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Concerto bífido

San&saN (Corunha - Espanha)

60 m I M/4

Concerto Bífido é um espectáculo cómico à base de sketches sobre o mundo da música clássica que respeita os princípios do humor gestual, o clown e a fantasia do teatro do absurdo.
Os San&saN têm a importante tarefa de apresentar perante o público a prestigiosa Orquestra Sin-Fónica de Fritzburgo num grandioso concerto dirigido pelo mítico compositor Herbert von Hussen.
Mas tudo começa a sair mal quando se apercebem de que devido a um erro da organização, a tal orquestra e o tal director nunca virão, e o público começa já a desesperar. A partir daqui, San&saN terão que, de qualquer maneira, salvar a situação, valendo-se do seu génio ou da sua estupidez, para levar adiante tão peculiar concerto segundo o programa oficial definido.
O espectáculo leva já seis anos em digressão e obteve entre outros o 1º prémio no Certame de Interior do Festiclown 2000, em Pontevedra, Galiza.
San&saN é uma companhia profissional de teatro fundada, oficialmente, em 2000, na Corunha, Espanha, por Pablo Sánchez e Carlos Sante. Aposta fundamentalmente em teatro gestual e físico. Cria os seus próprios trabalhos a partir de ideias originais. Desde 2001 vem a educar para novos valores na sua escola "sala do trinke", com oficinas de formação em técnicas de teatro físico, máscara, clown, comédia dell'arte, improvisação, criação de personagens, acrobacia...
 
Interpretação: Pablo Sánchez, Carlos Sante Luz e Som: Alfonso Pérez Banda Sonora: Pedro González (Vanenfurgo S.L.) Ideia, Direcção e Produção: San&San

13 de Outubro

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

O cupido (animação teatral de rua)

Enano (Andaluzia - Espanha)

30 Minutos

Animação protagonizada por um anjo, "cupido", o anjo do amor, que descido do céu tem a intenção de formar casais sem distinção de sexo, ideologia ou religião... Para isso usará a sua poderosa flecha e os seus incontáveis corações. Pois o amor está em toda a parte!!!

21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

As desventuras de Isabella

Filipe Crawford Produções (Portugal)

120 Minutos I M/12

"As Desventuras de Isabella" é um dos 50 guiões de Commedia dell`Arte escritos no início do sec. XVII para a companhia dos Gelosi por Flamínio Scala. Flamínio Scala era um dos actores desta célebre companhia liderada por Francescho e Isabella Andreáni. Isabella foi uma das primeiras mulheres a pisar os palcos de teatro, revolução conseguida pelas companhias de Commedia dell`Arte. Esta peça terá sido escrita em homenagem desta grande actriz, mas finalmente representada por Flamínia, pois Isabella terá sido impossibilitada de representar, devido a mais um trabalho de parto. Esta actriz teve sete filhos e no último parto morreu. Segundo consta, andava sempre de esperanças, pois a condição de actriz, na época, estava sujeita a algumas contrariedades, nomeadamente aos caprichos dos duques e príncipes e outros mecenas que se arrogavam o direito de dormir com as actrizes, fossem estas casadas ou não. A vida dos comediantes dell`arte estava condicionada ao protectorado dos nobres e não era isenta de peripécias rocambolescas.
Com a intenção de recriarmos em espectáculo original do século XVII, tentámos com um grupo de seis actores, já familiarizados com a Commedia dell`Arte e o trabalho de Máscaras, fidelizarmo-nos ao espírito da época e fazê-lo na rua, com um estrado típico deste género teatral, acompanhando o espectáculo com música ao vivo, sem recurso a outros meios para além das máscaras, figurinos e adereços é época e do talento e técnica dos actores para improvisarem os textos sugeridos pelo guião. O resultado final é, tal como eram os espectáculos de Commedia dell`Arte do Renascimento, uma peça susceptível de ser apresentada em qualquer espaço, dos teatros convencionais é  praça pública, improvisada e adaptável a todos os públicos. A comunicação com o público e o recurso aos efeitos cómicos, a par da crítica social, também característica deste género de representação, completam o espectáculo total que é a Commedia dell`Arte, representativa da Idade do Ouro do Teatro Europeu.

Filipe Crawford - Produções Teatrais, é uma companhia criada em 1995 que se dedica à produção de espectáculos de Teatro e é realização de acções de formação de actores e técnicos de Teatro. Bem conhecidos do público da Maia, tanto a Companhia como o seu Director já estiveram várias vezes no FITCM, sempre com assinalável êxito.

 

Autor: Flamínio Scala Adaptação e Encenação: Filipe Crawford Máscaras: Nuno Pino Custódio e Renzo Antonello Cenário e Figurinos: Renato Godinho, Conceição Ferreira e Filipe Crawford Música: Fernando Mota Desenho de Luz e Técnica: Nuno Gomes Interpretação: Anabela Mira, Andreas Piper, Carlos Pereira, Catarina Matos, Diana Costa e Silva e Guilherme Noronha

23h30 - Café-Teatro do Fórum da Maia

All aboard

Oskar (Tom Greder) (Austrália)

45 Minutos I M/4


(Em parceria com o Festival “O Gesto Orelhudo”, de Águeda, uma iniciativa d´Orfeu)


"Toda a gente tem a fantasia de ir naquele comboio que apita no meio da noite!"
Uma parábola interactiva que transforma a realidade em fantasia e esfuma as fronteiras entre o espectador e o artista. Transportando o público de observador passivo a cúmplice activo, Oskar leva os espectadores numa poética e hilariante viagem ao grande desconhecido: dirigindo uma locomotiva de brincar por mundos sublimes criados em palco, numa viagem que acaba finalmente por ter o seu itinerário ao longo de todo o público.
Esta habilidosa e deliciosamente profunda paródia é condição humana explora todo o grande círculo da vida e morte, sabedoria e ignorância, riso e lágrimas.
Treinado como artista de circo e palhaço contemporâneo no "The Circus Space", e "Ecole Philippe Gaulier", Londres, Tom Greder cria espectáculos totalmente interactivos que esfumam as fronteiras entre o observador e o artista e tornam a realidade em fantasia. Ele também ministra regularmente oficinas por todo o mundo. Ao longo dos últimos 18 anos viajou pelo mundo como comediante profissional. Tom Greder passa metade deste tempo na sua Suíça natal, metade na Austrália (que adoptou com 6 anos)... e metade a viajar entre as duas terras.
Como Oskar, ele cativa o público ao conduzi-lo por um mundo onde a vida e a comédia se fundem. Desenvolvido ao longo de 30 países a solo ou em duo em "Oskar e Strudel", o seu estilo único, cómico e interactivo e o seu leque de talentos e características continuam a mover e a deliciar públicos pelo mundo inteiro.
"All Aboard" é um reflexo da experiência adquirida por muitos anos de trabalho e foca o seu interesse na comédia interactiva e no teatro físico.


Direcção e Interpretação: Tom Greder Música: Chrischi Weber e Tom Greder

14 de Outubro

16h00 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Red chocolate

Enano (Andaluzia - Espanha)

40 Minutos I M/4

Em Red Chocolate um palhaço cheio de vida, fresco, inovador, extrovertido, espontâneo e com alto poder de improviso, viaja à volta do mundo mostrando a sua peculiar linguagem. Cada espectáculo é uma nova aventura onde Enano transforma o espaço na sua própria casa e o público na sua família.
Enano, de seu nome José Torres, é um palhaço que se considera um Artista Livre, trabalhador social, Andaluz, Pai e... Sonhador. Tem corrido as sete partidas do mundo tendo já actuado em mais de 100 cidades, de 20 países. A sua receita para os males do mundo é o riso, por isso os seus espectáculos são aconselhados para todo o tipo de público, porque, diz ele, há público para tudo. É palhaço para não estar só com os outros. A relação com o público é elemento fundamental nas suas actuações, que contracena com o artista que irradia uma simpatia contagiante. O lugar preferido para actuar é a rua a que chama "O Teatro da Liberdade".
 
Criação e Interpretação: José Torres

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

Bartolo - o engraxador (animação teatral de rua)

Enano (Andaluzia - Espanha)

30 Minutos

Homenagem cómica a uma profissão clássica e cada vez mais em decadência - o engraxador. Bartolo é uma personagem do povo, comunicativo, alegre e falador. Está sempre acompanhado pelo seu rádio e tem a obsessão de ver todas as pessoas com os sapatos limpos... Pois "sapatos limpos, coração limpo!!!".

21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

La lettera

Paolo Nani (Itália / Dinamarca)

75 Minutos I M/4

Esta é uma performance muito simples. A mesma história contada de 15 maneiras, totalmente diferentes: bêbado, estilo western, filme mudo, sem mãos, horror, de trás para a frente, circo, surpreendido, vulgar, mágico, etc. Mas todas as variações têm duas coisas em comum: nunca uma palavra é dita e o resultado é absurdo.
Durante a performance cedo se torna claro que a força do espectáculo é o contacto entre o actor e o público, que se desenvolve num 'crescendo' de jogos e surpresas.
Desde a primeira apresentação, em Janeiro de 1992 'La Lettera' evoluiu e agora com o pacote vêm incluídos talento, habilidades e diversão.
'La Lettera' já ganhou o 1º prémio no United Slapstick - Prémio Europeu de Comédia, em Frankfurt


Paolo Nani nasceu em 1956 e cresceu em Ferrara, Itália.
Em 1989, numa digressão, encontrou o seu antigo amigo Nullo Facchini - agora produtor e director do Teatro Cantabile 2 - em Copenhaga, consequentemente muda-se para a Dinamarca, em Novembro de 1990, e começa a trabalhar com a companhia.
Em 1992, junto com Nullo Facchini cria 'La Lettera' que foi apresentada mais de 700 vezes, por toda a Europa. Em 1995, Paolo funda o Teatro Paolo Nani.
Paolo Nani tem, por diversas vezes, dado aulas na Escola das Artes de Palco de Vordingborg (Dinamarca), dirigida por Nullo Facchini e ministrado workshops em vários países.
Em 2000 dirigiu 'Il Canto di Marta', performance sobre o Holocausto, com a Compagnia Eduardo, em Milão, Itália.
Paolo Nani é bem conhecido internacionalmente como grande mestre do teatro sem palavras. 'A Carta' é um espectáculo imperdível.


Criação: Paolo Nani e Nullo Facchini Interpretação: Paolo Nani

23h30 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Circanelo

Fredi (Galiza - Espanha)

50 Minutos I M/4

Fredi é um jovem artista galego que, como mostra neste espectáculo de estreia 'Circanelo', domina diversas técnicas artísticas vinculadas ao Novo Circo.
O teatro gestual, a dança, a acrobacia, os malabares e outras disciplinas circenses, como o mimo ou o clown, combinam-se na perfeição para conceber uma história absurda, tola e muito divertida sobre um artista com uma única intenção: apresentar o seu número a todo o custo e demonstrar ao seu amado público tudo o que é capaz de fazer.
 
Neste desesperado intento, este personagem de múltiplos recursos vê-se perante uma série de impedimentos a que irá dando solução dum jeito um tanto peculiar, ajudado, em algumas ocasiões, pelo público. Todo o espectáculo isto está embrulhado em muito humor e procura, sempre, a surpresa e a relação com a audiência.
 

Interpretação: Fredi

15 de Outubro

16h00 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Os dez anõezinhos da tia verde-água

Papa Léguas (Portugal)

50 Minutos I M/4

Mas... quem são os Dez Anõezinhos?... E quem é a Tia Verde-àgua?...
Trata-se de uma "estória" dentro de uma história. Do velho conto, achado na colectânea de Teófilo Braga, saltou uma ideia para mais uma divertida e matreira situação que nos há-de falar do mundo e das pessoas, do dia-a-dia, bem disposto, em que falamos, resmungamos, rimos e galhofamos, e também voamos nas asas do Sonho.
Mas... quem nos desvendará tal enredo? Será a vizinha Xaninha?.... Será o estouvado Fogachas, o estarolas do espantalho?... Será a Tia Verde-Àgua?...
Quem revelará, afinal, o segredo, há um ror de tempo guardado, dos tais Dez Anõezinhos, da tal Tia Verde-Água?
Este enredo, a bem dizer, não tem muito que saber: n'ele há duas amigas do peito, uma mais espigadota e a outra mais entradota, que estavam na calmaria das casas paredes meias, (acompanhadas dum espantalho que pouco faz no ofício!) desfrutando, devagar, o passar gostoso dos dias; um dia vindo (sabe Deus donde!) um bem falante estrangeiro, cria-se um desassossego; e então, a mais espigadota, por ele se toma de amores; a começar são só rosas, perfumes, encantos, delícias; depois... a rosa tem espinhos... e tudo ao avesso fica (ai, Jesu'!...) é então que a mais entradota acode à sua vizinha... (e é aqui que o espantalho dá uma mãozinha!...)
E tudo acaba a preceito: tomem os homens lição; as preguiçosas aprendam; pára tudo na vida há remédio! Quem esta história for ver, não ganhará para o riso. Lhe hão-de doer as bochechas... lhe há-de tremer a barriga... Os queixos hão-de pasmar!
Graças Tia Verde-Água, que sabe curar as mágoas e boas lições pregar. É mesmo de rebentar... esta história de pasmar!
 
Em 1976 um grupo constituído por jovens adultos, tendo por elo comum a Arte e a Educação, dispôs-se a iniciar um projecto diferente, vocacionado sobretudo para a infância e a juventude. Ao tempo presente Os Papa-Léguas situam a sua acção num quadrante, que se tem revelado fecundo mas particularmente polémico no plano social: a Arte e a Educação e as novas relações resultantes da sua comunhão na acção. Em vinte e seis anos, a sua prática pública, nos espectáculos e na Oficina de Artes, tem aberto vias de diálogo que se revelam estradas do Futuro.


Texto, Encenação e Cenografia: Mário Jorge Interpretação: Carlos Cosenza, Cristina Basílio, Margarida Borges e Pedro Cardoso Figurinos: Marije Música: J. Gomez Desenho De Luz: O. Anorev Execução De Adereços e Montagem de Cena: António Pinto Confecção de Guarda-Roupa: Maria José Baptista Produção Executiva: Nuno Machado e Margarida Borges

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

Esquadrão d'inspecção I - bum (animação teatral de rua)

Radar 360º (Portugal)

30 Minutos

Massificação? Confusão? Tensão?
Último episódio da saga... Rir ou Fugir... Eis a questão?


21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Music-hall

Artista Unidos (Portugal)

85 Minutos I M/12

Como todas as noites, naquela terrinha como noutra qualquer, a Rapariga vai apresentar a sua história. Contará o dia que, a custo, ali se acaba, história de humilhações e acasos diversos. O mundo já não é como era, nada é como devia ser, nem mesmo as variedades. De terra em terra, de ilusões em ilusões, lugares, cidades e rostos confundem-se. "Estou perdida" diz a Rapariga. "Estou perdido", dirá, anos depois, Jean-Luc Lagarce na sua narrativa VIAGEM A HAIA, onde nos fala de uma digressão pela Holanda.
Nestas viagens de actores ambulantes, de terra em terra, onde ancorar raízes?
Music-hall. Uma palavra que brilha como os projectores e as lantejoulas. Music-Hall. Uma palavra que canta como as cantoras sexy. Music-Hall. Uma palavra que sabe a martinis e gin-fizz. Music-Hall. Uma palavra que ilumina em letras vermelhas que fazem sonhar. Mas, se tudo desaparecesse, como "fazer como se nada se tivesse passado"? Music-hall.
Agarrada ao seu banco alto e às recordações do seu início, uma cantora de variedades conta a vida, a que levou, de noite em noite, num decrescendo lento, a ir imperceptivelmente passando dos verdadeiros cabarés às festas de aldeia onde um público grosseiro e cheio de cerveja sucede aos espectadores mais elegantes.
Nessa noite, mais uma vez, nesse lugar "que julga poder ser um music-hall", lá estão, ela e os seus dois boys.
Tentando sobreviver no baldio dos arrabaldes cinzentos, as três personagens de Music-Hall agarram-se como podem a um mundo que os rejeita, na esperança vaga de encontrar um lugar, uma réstia de glória e um projector que os tire do anonimato.
 
Jean-Luc Lagarce ao contar a vida de artistas confrontados com as lógicas económicas de exploração das salas e com o desinteresse do público, ele evoca a condição da criação através do retracto desta artista de Music-Hall que recorre à sua vida para criar números e continua a ensaiar incansavelmente mesmo face à incompreensão.
Artistas Unidos é um colectivo artístico fundado em 1996 que teve origem no grupo de artistas que estreou, em 1995, António, um Rapaz de Lisboa de Jorge Silva Melo. Foi com espectáculos de teatro de elenco numeroso, peças sobre diversas temáticas, que se fizeram os primeiros tempos da companhia.
Sediados durante dois anos e meio no n'A Capital / Teatro Paulo Claro, localizado no Bairro Alto e encerrado em 29 de Agosto de 2002, desenvolveram trabalho artístico e formativo intenso, com forte aposta na dramaturgia contemporânea. Foram trinta estreias, vários acolhimentos e co-produções, seminários, leituras encenadas (como as dedicadas ao teatro escocês e neerlandês, ou às obras de Sarah Kane, Arne Sierens e Antonio Onetti).
É a segunda vez que estão no Festival, tendo-se apresentado no café-teatro, em 2004, com "Itália - Brasil 3 a 2", numa co-produção M&A / Artistas Unidos.


Autor: Jean-Luc Lagarce Tradução: Alexandra Moreira da Silva Interpretação: Américo Silva, António Simão ou João Meireles, Pedro Carraca Cenografia: José Manuel Reis Figurinos: Rita Lopes Alves Adereços de Cena: Robert Fuchs Luz: Bérnard Guyollot Coreografia: Victor Linhares Concepção Musical: Rui Rebelo Com a colaboração de: Ricardo Freitas Encenação: François Berreur Assistência de Encenação: Andreia Bento, Olinda Gil e Ricardo Carolo Produção: Tó Safo / Artistas Unidos / Ccb

23h30 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Don't miss this! show

The Slampampers (Países Baixos)

70 Minutos I M/4


(Em parceria com o Festival “O Gesto Orelhudo”, de Águeda, uma iniciativa d´Orfeu)


Uma hilariante extravagância musical em que os nossos quatro heróis escorregam e caem por todo o palco. Eles são demais e dançam ao longo de toda esta inesperada comédia, destilam litros de suor e debitam toneladas de música. Nunca se separam, nem deles próprios, nem do público com a sua inesgotável energia. As suas vidas dependem deste espectáculo... ou assim parece.
Talvez, seja sensato avisar, desde já, o público de que... estes holandeses são completamente doidos!
Ao longo dos últimos anos este grupo viajou por toda a Europa. Eles obtiveram sucesso ao deixar atrás de si uma excelente e duradoura impressão em muitos festivais com as suas inesperadas acrobacias, palhaçadas surpreendentes, encantadoras vozes masculinas e peripécias espectaculares.
Têm, agora, a oportunidade de admirar, pela primeira vez, estes grandes senhores no FITCM! Onde apresentam o seu novo e último espectáculo.


Direcção: Mark Kingsford Interpretação: Mr. Muggin' Buzz Base, Mr. Lonny Love, Eddie D.D. Edison And Dr. Alban Jive

Outras Actividades

Exposição - 06 a 31 de Outubro - Fórum da Maia

Armando cortez (1928-2002)

Nasceu em Lisboa, no dia 23 de Janeiro de 1928. Frequentou a école Française de Lisbonne e o Liceu Pedro Nunes, ao que se seguiu o Curso de Teatro do Conservatório Nacional, que concluiu com a classificação final de 18 valores. Ao longo de 50 anos de carreira, Armando Cortez representou aproximadamente 150 peças de teatro, 40 das quais gravadas e transmitidas pela RTP, encenou outras 50 e foi responsável pela tradução, adaptação ou co-autoria de perto de 30 textos dramáticos.
Participou ainda em cerca de 20 séries de televisão, em mais de uma dezena de telenovelas e em, pelo menos, 20 filmes nacionais e estrangeiros, no cinema.
Como grande parte dos actores da sua geração, teve a sua passagem "obrigatória" pela rádio, dando voz ao teatro radiofónico.
Esteve também ligado à produção de vários programas televisivos, bem como a uma editora discográfica, procurando sempre defender e divulgar os valores culturais portugueses e os seus legítimos representantes.
A par da sua actividade profissional, envolveu-se intensamente, desde 1982, no projecto da Casa do Artista, a que, juntamente com outros colegas, conseguiu dar forma e ver inaugurada em 11 de Setembro de 1999.
Em 11 de Outubro de 2000 foi condecorado com o título de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique pelo Presidente da República, Jorge Sampaio.
Deixou-nos em 11 de Abril de 2002, aos 74 anos de idade.
Esta é a homenagem do FITCM a um grande actor.


Exposição do Museu Nacional do Teatro

Investigação E Coordenação Fernando Filipe e Gonçalves Preto

Organização Apoiarte / Casa Do Artista

Ficha Técnica

Organização: Câmara Municipal da Maia

Produção e Direcção Artística: Teatro Art’Imagem

Director Artístico: José Leitão

Concepção e Direcção de Montagem: Pedro Carvalho

Direcção de Produção: Jorge Mendo


Assistentes de produção: Cláudia Silva e Inácio Barroso

Produção executiva: Carina Moutinho e Ricardo Santos

Fotografia e Vídeo: Marcos Araújo e Arquivo Fotográfico da Câmara Municipal da Maia


Equipa Técnica:

Coordenação: Wilma Moutinho

Direcção de montagem: João Branco

Técnicos de Luz: Bruno Santos, César Fortes, João Fontes, Luís Ribeiro e Octávio Oliveira

Técnicos de Som: Carlos Adolfo e Filipe Gonçalves

Técnico Maquinista: José Lopes

Maquinaria de Palco: João Real, Nuno Sousa e Pedro Leitão


Apoio técnico e logístico dos Funcionários e Serviços da Câmara Municipal da Maia.

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