13ª Edição do Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia

05 a 14 de Outubro de 2007

Triskaidekafobia (medo do número Treze)


Mais uma vez em Outubro, e desde há treze anos, que os caminhos de todos aqueles que gostam de Teatro têm como fim de percurso a cidade da Maia. O 13º Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia, uma iniciativa do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Maia, produzida pelo Teatro Art'Imagem, está perfeitamente consolidado junto da crítica séria e muito especialmente junto do Público, sendo, clara e inequivocamente, um dos melhores - e o maior no seu género - do País. Isso foi e é possível pelo respeito intransigente, ao longo dos anos, de um valor e de uma estratégia: qualidade e diversidade. A comicidade, sobretudo aquela que interessa, que recusa o apelo ao imediato, ao fácil e ao simplório, é - em qualquer manifestação humana - o género mais difícil e o sucesso do Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia, perante um Público sempre e cada vez mais exigente, só foi possível porque tem tido a presença em palco dos melhores actores, dos melhores grupos e das melhores companhias do mundo que a ele se dedicam. O FITCM é um festival incómodo. Incómodo porque através do riso e do sorriso, abala as consciências das pessoas e questiona as instituições. Incómodo porque se tornou uma excepção perante o falhanço e o desaparecimento de muitas iniciativas culturais que se desenvolviam no País. Incómodo porque tem Público, facto que espanta muita pseudo-intelectualidade e muitos decisores políticos. A Câmara Municipal da Maia, o Teatro Art'Imagem e as milhares e milhares de Pessoas que ao longo destes últimos treze anos consideram o FITCM o seu Festival gostam e muito prezam esse incómodo. Um incómodo que teima a resistir a todas as contrariedades, desde a malfadada crise económica ao mais profundo desprezo do Ministério da Cultura e da comunicação social dita de referência. Reconhecemos que esse desprezo é fundamentado. É fundamentado por várias razões, das quais destacamos as seguintes: não é um festival realizado em Lisboa, não é um festival associado a qualquer nomenclatura com origens partidárias e é um festival politicamente muito incorrecto, que comete a ousadia de ser frequentado por um Público vasto e persistente.


O Presidente da Câmara Municipal da Maia,

António Gonçalves Bragança Fernandes


O Vereador do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Maia,

Mário Nuno Alves de Sousa Neves


Um Festival de Teatro proibido a quem sofre de geliofobia

A programação deste ano traz-nos um conjunto invulgar de espectáculos premiados em vários pontos do mundo e também em importantes festivais de teatro, tornando quase obrigatório que os espectadores se desloquem todos os dias ao Festival, para não perderem esta rara oportunidade de assistir em Portugal a estas obras teatrais. Tome então nota e aponte na sua agenda: Os espanhóis Yllana estão novamente entre nós, agora em dose dupla, com os espectáculos "Buu" e "Pagagnini"; Paolo Nanni, volta este ano acompanhado de Kristjén Ingimarsson para nos apresentar em conjunto "Art of Dying", espectáculo nomeado para o Reumert, o óscar do teatro dinamarquês e já vencedor doutros prémios; mais um solo divertidíssimo de Kristjén, com a peça "Mike Attack". Um dos momentos mais altos do Festival será a presença, pela primeira vez no nosso país, da companhia alemã Habbe & Meik cujo espectáculo "Nose Missing", tem corrido mundo e arrecadando numerosos prémios. Outra obra premiada, como espectáculo revelação do Prémio Max das Artes Cénicas, um dos mais prestigiados do país vizinho, "Nasdrovia Chejov" será apresentada pela companhia basca Vaivén Producciones. Esta peça de teatro, baseada em vários contos de Antón Tchekov, constitui, juntamente com "Se não me dás um revólver" pela Companhia de Teatro de Sintra, a partir de duas pequenas peças deste importante autor russo, uma homenagem do Festival ao autor das "Três Irmãs" nas comemorações do centenário da sua morte. O Grande Auditório do Fórum da Maia será ainda palco do poético e rigoroso 00"Cabaret Molotov", actores, bailarinos, marionetas e músicos a fazer teatro para todas as idades, pela mais internacional das companhias portuguesa de marionetas - o Teatro de Marionetas do Porto; do novo trabalho do apreciado Peripécia Teatro, "Novecentos -o pianista do Oceano", com dois actores e dois clarinetistas em palco; da "Pax Romana", um engraçadíssimo espectáculo com base nos princípios da Commedia dell´Arte, protagonizado pelo Este-Estação Teatral" e ainda do Teatro Novo do Brasil, a comédia "Elas Sou Eu" ou tantas personagens à procura de um actor. No Café Teatro teremos também grandes autores como Dário Fo no espectáculo "Zen ou o Sexo em Paz" interpretado por Amélia Videira - "100 Ilusões" - e Patrick Sunskid em "O Contrabaixo" dos Visões úteis, ao lado do one man show do Barba Azul Teatro, "Homem Legenda", da poesia e música a cargo da Quinta Parede em "O Menino Azul"; da diversão teatral à volta das palavras em "Monólogo a Duas Vozes" pelo d'Orfeu, da crítica de costumes e do divertimento das peças "A Sagrada Família" e "Morto Lá de Cima", apresentadas pelos portuenses Aramé e Uzzina, respectivamente, e ainda do espectáulo de clowns das Comédias do Minho e que dê pelo nome de "Quando as Nuvens se Dissiparem". As tardes dos fins de semana são reservadas ao público infantil que este ano terão oportunidade de verem marionetas, pelo Fio d´Azeite, "Pedro e o Lobo", uma história inspirada num conto de Óscar Wilde, "O Escritor e o Anjo" por Valdemar Santos ProduÇÕes; "O Menino e o Gato" das Produções Acidentais e "Clones e Clowns" do Encerrado para Obras". Todos os dias pelas 21HOO o público do Festival poderá participar nas animações teatrais que o Kakiclown, os Kopinchas, o grupo Me, Myself & Mylove, o Art'Imagem e Pedro Correia & Jorge Freitas apresentarão no exterior do Fórum da Maia. A abrir o Festival, no Auditório exterior do Fórum o grande e divertidíssimo espectáculo "Don´t Miss This! Show",pelos holandeses The Slampampers. Eis-nos, senhoras e senhores, chegados ao número treze do Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia. Muitos dirão: "cruzes canhoto" e farão figas para afastar o número aziago. Outros, acharão graça e adiante que se faz tarde, treze é um número como outro qualquer, dirão encolhendo os ombros. O que nós queremos com este Festival é fazer destes dez dias um tempo de bom teatro e que todos apareçam para que a Festa seja cumprida, como um ritual colectivo que dura já há treze anos, quando Outubro chega. Que comece então o Festival que está apenas proibido às pessoas que sofrem de geliofobia, que como toda a gente sabe é a doença que atinge os que têm medo do riso e das gargalhadas. E só proibimos a sua entrada no Festival para seu bem. Aqui podem morrer de morte macaca de tanto rir e gargalhar.

José Leitão (Teatro Art´ Imagem)
Director Artístico do FITCM

Programação

05 de Outubro

21h30 - Auditório Exterior do Fórum da Maia

Don't miss this! Show          

The Slampampers (Holanda)

70 Minutos I M/4

Uma hilariante extravagância musical em que os nossos quatro heróis escorregam e caem por todo o palco. Eles são demais e dançam ao longo de toda esta inesperada comédia, destilam litros de suor e debitam toneladas de música. Nunca se separam, nem deles próprios, nem do público com a sua inesgotável energia. As suas vidas dependem deste espectáculo... ou assim parece. Talvez, seja sensato avisar, desde já, o público de que... estes holandeses são completamente doidos!



Ao longo dos últimos anos este grupo viajou por toda a Europa. Eles obtiveram sucesso ao deixar atrás de si uma excelente e duradoura impressão em muitos festivais com as suas inesperadas acrobacias, palhaçadas surpreendentes, encantadoras vozes masculinas e peripécias espectaculares. Depois de se terem apresentado, pela primeira vez, ano passado no FITCM! Estes grandes senhores voltam para mais uma sessão de música e gargalhadas.
 

Direcção: Mark Kingsford Interpretação: Mr. Muggin' Buzz Base, Mr. Lonny Love, Eddie D.D. Edison And Dr. Alban Jive

22h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Pax Romana

Este - Estação Teatral (Portugal)

50 Minutos I M/6

Um pelotão de legionários romanos recupera das suas mazelas de uma refrega com o inimigo. O retomar da ordem unida, os exercícios e os treinos voltam assim à ordem do dia, em tempo de acalmia. A harmonia imposta pelo sentido militar é contudo um pau de dois bicos, quando não existe realmente voz que estabeleça a ordem. Sobretudo, quando tudo depende de três legionários tão diferentes que nem a indumentária o disfarça. Assente em princípios básicos da Commedia dell'Arte, Pax Romana é um divertimento sustentado no rigor do gesto e do movimento. Sem barreiras de linguagem, este é um espectáculo sobre o poder e relações humanas, protagonizado por um punhado de criaturas que se armam de escudos e lanças, embora não saibam realmente quem são ou ao que andam.
 
Dramaturgia e encenação: Nuno Pino Custódio Música: Fernando Mota Espaço cénico: ESTE Figurinos: Marta Carreiras / ESTE Equipamento bélico: Nuno Elias (Aprendiz De Feiticeiro) Desenho de luz: César Fortes e Pedro Fino Assistência de encenação: Pedro Leitão Apoio à linguagem verbal: Sandra Horta Costureira: Lurdes Fortunato Silva Interpretação: Alexandre Barata, Pedro Diogo E Sérgio Fernandes

06 de Outubro

16h00 - Café Teatro do Fórum da Maia

O Escritor e o Anjo

Valdemar Santos Produções (Portugal)

50 Minutos I M/4

Um escritor encontra no chão um coração de chumbo e o cadáver de uma pequena andorinha juntos. Estranha vê-los tão cúmplices e questiona como teria acontecido tal facto e escreve a sua história. Deus envia um dos seus anjos à terra e como missão pede-lhe que lhe traga a coisa mais valiosa que encontrar na sua viagem. O anjo encontra-se com o escritor que o ajuda na sua sensível e delicada tarefa. E o anjo entrega a Deus, um coração de chumbo e o cadáver da pequena andorinha e conta-lhe a história escrita pelo escritor. A história é tão bonita que o anjo, depois de muito viajar, não encontrou coisa mais valiosa e assim deu por terminada a sua missão.


Este espectáculo nasceu de um encontro entre profissionais de teatro da cidade do Porto, com intenção de partilhar com os mais novos histórias que lhe despertem o interesse pelas artes de palco e pela leitura.


Encenação: Valdemar Santos Texto: Valdemar Santos, Inspirado No Conto "O Príncipe Feliz", De Óscar Wilde Desenho de Luz: César Fortes e Pedro Carvalho Concepção Plástica: Paulo Oliveira Sonoplastia: Carlos Adolfo Interpretação: Anabela Nóbrega, Ivo Bastos E Valdemar Santos Outras Vozes: Gisela Pereira, Luís Mestre e Manuela Moreira

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

Unidade Médica (Animação Teatral de Rua)

Teatro Art'Imagem (Portugal)

30 Minutos

Uma equipa de médicos é chamada ao espaço do Festival para tratar da saúde dos espectadores.

21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Cabaret Molotof

Teatro de Marionetas do Porto (Portugal)

75 Minutos I M/12

O circo e as marionetas na poética do voo, as marionetas não se sujeitam às leis da gravidade, os artistas de circo desafiam-na. Cabaret Molotov é um espectáculo que resulta de um trabalho de experimentação em que tentamos levar o nosso modo de fazer teatro ao encontro de uma certa poética associada ao circo. Criação a partir do teatro musical com marionetas, de grande expressão na Europa em meados do século passado. Cabaré melancólico inspirado nas nossas memórias, mas iluminado pela visão contemporânea do teatro e do mundo. Aqui, deambulam coristas apaixonadas, trapezistas, clowns, músicos dos sete instrumentos, homens-coelho, homens-bala, ursos ciclistas, caniches cantores, dançarinos e bailarinas ao som de valsas, tangos, polkas, tarantelas e velhas canções de Kurt Weil. Cabaret Molotov terá existido ou não passou de um lugar inventado por Vladimir, o Russo, cenário do seu amor à trapezista Matrioska?
 
Encenação e cenografia: João Paulo Seara Cardoso Marionetas: Erika Takeda Figurinos: Pedro Ribeiro Coordenação coreográfica: Isabel Barros Música: Gotan Project, Eric Satie, Kurt Weil, Robert Miny, Yann Tirsen Texto da corista: Pablo Neruda Desenho de luz: António Real e Rui Pedro Rodrigues Interpretação: Edgard Fernandes, Sara Henriques, Sérgio Rolo e Shirley Resende (Instrumentista)

23h30 - Café-Teatro do Fórum da Maia

A Sagrada Família

Teatro Aramá (Portugal)

70 Minutos I M/12

A "Sagrada Família" é uma família comum: a mãe, viúva e reformada da Função Pública; três filhos: uma rapariga e dois rapazes, um deles casado, mas todos empregados e uma cachorra. Estatuto social: classe média baixa. Instrução: Ensino Público acima da média obrigatória. Formação moral, alicerçada na fé cristã, da religião católica. Como família de indivíduos, leva-nos a pensar em: singular, individual, liberdade, direitos e para que não falte nada: obrigações. Os padrões comportamentais, de acordo com modelos estabelecidos, que definem o integrado e o excluído, estarão na peça num conflito entre quem segue, "fanaticamente", os princípios colectivos e quem procura adaptar-se mas não se revê totalmente no modelo imposto. O espectáculo baseia-se sobretudo no individuo e explora a intimidade, possível, das personagens. Onde guardam sentimentos, vontades, desejos, como se de um tesouro se tratasse, protegendo-o da ameaça do tabu que sempre espreita. Todos os esforços são válidos numa luta permanente contra a sua profanação. Num jogo entre o "verdadeiro e o falso", numa diversidade de registos de humor que poderá tocar a tonalidade da provocação com suaves temperos poéticos.
 
Texto e direcção: Tó Maia Desenho de luz: Nuno Meira Figurinos / design gráfico: Sandra Neves Vozes-off: João Roldão e Nuno Simões Interpretação: Cristina Nunes, Jacinto Durães, Pedro Lino, Raquel Rosmaninho, Susana Lamarão e Tó Maia

07 de Outubro

16h00 - Café-Teatro do Fórum da Maia

O Menino e o Gato

Produções Acidentais (Portugal)

50 Minutos I M/6

"Havia, há muito tempo, quando a terra ainda era verde e azul e as árvores tantas e tão variadas que os meninos só aos dez anos sabiam o nome de todas, uma aldeia chamada Caminho do Outono (...) O João morava na última casa do Caminho do Outono e era tão pequenino que ainda não sabia falar e mal sabia andar. Mas na sua imaginação cabiam árvores enormes... do tamanho das da Floresta..." Sr. Brás, o Bacalhau, vai contar a história do menino que se perdeu na Floresta e do seu encontro com os animais que o tentam proteger. Porém, os ajudantes - o Sr. Corado, um Peru distraído, e o menino Vinagreta, o Polvo pistoleiro - só estão lá para atrapalhar: a confusão instala-se, a traulitada também e, mesmo com o auxílio dos espectadores, conseguirá ele chegar ao fim da história e dominar a irritação provocada pelo grito de guerra dos seus ajudantes: "Aperta aí o bacalhau, à Brás!"? A vaca, o burro, a galinha, o cão, a ovelha e, principalmente, o porco e o gato tentarão, cada um à sua maneira, consolar o menino que chora. Pelo caminho, ficaremos também a saber porque é que as gatos são limpos. No fim, uma escolha é proposta. Mas, como diz a canção: "Talvez seja dura a escolha / talvez não se possa fazer / Mas eu acho que é um problema / que um dia vais resolver"
 

Texto: Luzia Paramós, a partir de uma Lenda Tradicional Popular Encenação: Luzia Paramós Música: António Carvalho Figurinos: Cecília Silva Coreografia: Isabel Cruz Interpretação: Paulo Guerreiro, Bibi Gomes, António Carvalho

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

Train Station (animação teatral de rua)

Kakiclown (Portugal)

30 Minutos

O palhaço Kaki sente-se triste e só. Decide fazer uma viagem de comboio e vai apanhá-lo na "Estação de Comboios". Está um dia frio de Inverno e neva. Para passar o tempo, enquanto espera pelo início da sua viagem, decide brincar e jogar com as pessoas e objectos que vai encontrado na "train station"... No final o palhaço parte feliz e novamente sorridente! KAki acha sempre que é capaz de fazer tudo... mas mete-se sempre em confusões!!!


Train Station venceu o 2º Festival de Animação de Rua da Póvoa de Varzim, de 2007.

21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Pa gag nini

Yllana (Portugal)

105 Minutos I M/12


(Em parceria com o Festival “O Gesto Orelhudo”, de Águeda, uma iniciativa d´Orfeu)

Yllana e o virtuoso maestro libanês Ara Malikian, juntam-se para apresentar PAGAGNINI num espectáculo que reúne o humor e a loucura dos Yllana e a música, interpretada por quatro magníficos músicos, capitaneados pelo famoso e mundialmente conhecido maestro. Quando este quarteto de corda se dispõe a oferecer um concerto de repertório clássico, os seus elementos não parecem entender-se de todo e os conflitos entre eles agudizam-se em plena actuação. é um concerto delirante, frenético, em que os quatro músicos competem entre si pelo "recital perfeito".

Pa gag nini mostra alguns momentos de música clássica em fusão com outros estilos musicais, conseguindo um divertido e surpreendente des-concerto. Com ele pretende-se reinventar a maneira de conceber um recital e chegar ao grande público que descobrirá nas paisagens musicais diferentes visões.

Autor: Yllana / Ara Malikian Director: David Ottone Espaço cénico: Ana Garay Figurinos: Maribel Rodríguez Desenho de luz e som: Diego Domínguez Direcção musical: Ara Malikian Interpretação: Ara Malician, Eduardo Ortega, Thomas Potiron e Gartxot Ortiz

23h30 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Contrabaixo

Visões Úteis (Portugal)

50 Minutos I M/12


Numa sala à prova de som, provavelmente o quarto onde vive, um contrabaixista de uma Orquestra Nacional decide contar como é vivida a sua solidão e confidenciar, com ironia amargurada, o seu amor não revelado por uma das sopranos da Orquestra. Esta relação platónica encontra no próprio contrabaixo o seu maior obstáculo: instrumento arcaico, que melhor se ouve quanto mais nos afastarmos dele, de aparência hermafrodita, desajeitado e incómodo, o contrabaixo torna-se para este homem no maior empecilho à liberdade e ao amor. O protagonista, na intimidade do seu quarto, interpela directamente os ouvintes. Pelo discurso desta personagem isolada e frustrada, viajamos pela História da música e dos músicos e encontramos uma crítica sagaz à sociedade contemporânea. Este texto pelo seu incrível humor e temática proporciona um encontro divertido e estimulante da música com o teatro. As desventuras de um homem e do seu contrabaixo. O instrumento mais importante da orquestra. O que parece uma velha gorda.


Texto: Patrick Suskind Tradução: Anabela Mendes Dramaturgia e Direcção: Ana Vitorino, Carlos Costa, Catarina Martins e Pedro Carreira Direcção musical: João Martins Grafismo: Vítor Azevedo Produção executiva: Marina Freitas Interpretação: Pedro Carreira ... e Ainda Músicos Convidados

08 de Outubro

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

Et's (animação teatral de rua)

Teatro Art'Imagem (Portugal)

30 Minutos

Dois extraterrestres, a e é do planeta "zeta-dine", embarcam a caminho do planeta azul, com uma única e peculiar missão: Descobrir vida inteligente na terra.

21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Mike Attack

Neander Theatre (Dinamarca)

55 Minutos I M/16

Tanto a imprensa como o público concordam que este homem ou é louco ou um génio. No palco está apenas um tripé para o microfone. Uma pessoa pequena entra em palco, a fazer de cachorro. Nem uma palavra é proferida. Uma forte base musical decide o ritmo da performance. Não há retorno, o tripé toma a liderança e durante 60 minutos a música muda rapidamente e a pobre criatura é forçada a segurar num tripé que se torna num parceiro do tango, num cavalo indomável, numa antena de TV, num parceiro do sexo e... muito mais. Esta é uma louca e divertida luta de um homem para sobreviver numa sociedade saturada pelos média.


Kristjén Ingimarsson, nasceu na Islândia em 1968 e emigrou para a Dinamarca em 1992, para estudar na School of Stage Arts. Em 1998 funda o Neander Theatre, do qual é o director artístico. É também actor e performer freelancer. Colabora regularmente com Paolo Nani e juntos fundaram a Produktion Fantasia, que produziu "My head" e "The Art of Dying". "O meu trabalho nasce da procura de respostas para tudo. Hoje, há imensas temas sobre os quais as pessoas não falam. Parece que têm medo de ter uma opinião errada. Deixamos os políticos e os cientistas dominarem as discussões, enquanto a imprensa controla o que se discute. São este tipo de temas sobre os quais tento dizer algo nas minhas performances." - Kristjén Ingimarsson Neander Theatre dedica-se a um teatro visual cheio de surpresas e figuras cómicas, inspirado nos velhos heróis a preto e branco do cinema mudo, bem como nos filmes animados, jogos de computador e artes marciais. A linguagem física está em constante evolução na mímica, na acrobacia, no clown, na dança e no teatro.
 
Ideia e Concepção: Kristjén Ingimarsson Direcção: Rolf Heim Interpretação: Kristjén Ingimarsson

23h30 - Café-Teatro do Fórum da Maia

[Homem Legenda]

Barba Azul Teatro (Portugal)

50 Minutos I M/16

Homem-legenda é um one man show com um Homem e uma Legenda que interagem entre si e com o espectador, dramatizando conflitos num ensaio acerca do auto-conhecimento e identidade. Um espectáculo divertido, provocador, subtil, irónico e exorcisante. Um actor - personagem que pensa: quem sou? Até onde é possível conhecer-me? Tudo se resume ao sexo e à infância? E se fosse possível aceder ao meu inconsciente? Eu sou o que quero ser ou o que é socialmente suposto que eu seja? Sou eu "tudo" sob determinado ponto de vista? O que é que o meu exterior revela do meu interior? A minha "alma gémea" à me semelhante ou oposta? Porque me minto a mim mesmo? Porque não me assumo? Tenho que pedir desculpa pelo que inevitavelmente sou? E se fosse possível deitar cá para fora, de uma vez por todas, tudo o que me vai na cabeça?
 

Criação e direcção artística: Pedro Gil Co-criação: Diogo Mesquita Concepção Plástica: Pedro Silva Som: Sérgio Milhano Assistência de direcção: Rosinda Costa Design gráfico: André Lima Produção: Ana Pereira Interpretação: Pedro Carmo

09 de Outubro

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

Circus Clown (animação teatral de rua)

Me, Myself & Mylove (Portugal)

30 Minutos

O Circo encanta a todos... Miúdos e Graúdos ficam maravilhados com o Maior Espectáculo do Mundo... Imagine... Ilusionistas, Contorcionistas, Equilibristas, Malabaristas... que nos deixam a todos boquiabertos com os seus impressionantes números de circo... Pois bem... No Circus Clown nada disso acontece... mas o seu sorriso está garantido... pois vai, com certeza, viver momentos FunTásticos!!!
Todos ao Circo... ao Circus Clown!!!


21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Art of Dying

Paolo Nani & Kristjén Ingimarsson (Itália / Dinamarca)

85 Minutos I M/12

Em 70 minutos de terna e hilariante comédia sem palavras, The Art of Dying explora o grande tabu que todos temos de enfrentar, mas queremos ignorar. Paolo Nani e Kristjan Ingimarsson são dois palhaços, uma dupla duradoura no pico da sua carreira. Nós vemo-los e aos seus números famosos. Nós seguimo-los até aos bastidores. De repente um deles sabe que está a morrer. Como morre um palhaço? Existem instruções? Como morrer em sossego e sem fazer alarido? E tem mesmo de ser a meio de uma bem-sucedida digressão? Sem nada a perder, é tempo de apreciar o presente como nunca antes. Mas no fantástico mistério da Vida Antes da Morte, nada é tão linear... A vida é feita de milhares e milhares de pequenos "presentes" e até que no reste apenas um segundo de vida, temos de agradecer como se fosse o presente mais precioso.


O Italiano Paolo Nani teve um êxito estrondoso no London Mime Festival, e também no nosso FITCM do ano passado, com o espectáculo, "La Lettera", vencedor, em 1992 do European Comedy Award e actuou mais de 700 vezes por toda a Europa. Esta nova produção com Kristjén Ingimarsson parece talhada para um sucesso semelhante. Já tem um prémio NRZ, no Festival de Comédia de Moers (Dinamarca) e está nomeada para um Reumert, o óscar do teatro dinamarquês. As gargalhadas estão garantidas


Autores e interpretação: Paolo Nani e Kristjan Ingimarsson Consultora: Katrine Wiedemann Assistente: Line Svendsen Cenografia: Kristian Knudsen Luz e som: Fabian Carvallo Figurinos: Kent Lisbjerg

23h30 - Café-Teatro do Fórum da Maia

O Menino Azul

Quinta Parede (Portugal)

45 Minutos I M/16

Um recital de poesia e música originariamente destinado a crianças, mas que tem sido apresentado, com assinalável êxito, para públicos adultos em espaços de café-Teatro.


Encenação e figurinos: José Caldas Música: Miguel Rimbaud Interpretação: Miguel Rimbaud e José Caldas

10 de Outubro

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

Casting (animação teatral de rua)

Teatro Art'Imagem (Portugal)

30 Minutos

A equipa de cinema das "Produções Invisíveis" está a filmar as novas aventuras do famoso e muito conhecido agente secreto: Inspector Max e está à procura de novos talentos, será você o(a) escolhido(a)?

21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Buu

Yllana (Madrid - Espanha)

70 Minutos I M/6

Buu!!! É o novo espectáculo para todas as idades dos Yllana, que com o seu humor habitual recria os grandes monstros clássicos do terror. Nesta assombrosa viagem capitaneada pelo mago Dracool, aventuram-se com a sua linguagem gestual e directa pelo mundo divertido e mágico do terror fantástico, na tentativa de corrigir um fatídico feitiço. Três actores convertem-se nos nossos mais queridos monstros para mostrarem o seu lado mais cómico. Um espectáculo para assustar o medo com gargalhadas.
 
Autor: Yllana Espaço cénico: Diego Domínguez Figurinos: Maribel Rodríguez Desenho de luz: Diego Domínguez Desenho de som: Jorge Moreno "Milky" Direcção artística: David Ottone Interpretação: Guss, Janfri Dorado e Rubén Hernández

23h30 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Morto lá de Cima

Uzzina (Portugal)

60 Minutos I M/12

O Dr. Ramirez foi assassinado, na sala, são todos suspeitos. O Inspector irá descobrir, com o testemunho do público, quem é o verdadeiro responsável pela morte do Dr. Ramirez. Todos são inocentes até prova em contrário, menos um! Esse é culpado do início ao fim.

Autor: Alberto Lóio Direcção de actores: Miguel Rosas Interpretação: Ana Wilson, Ricardo Barbosa, Ricardo Leite, Valdemar Santos

11 de Outubro

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

Mutantes (animação teatral de rua)

Pedro Correia & Jorge Freitas (Portugal)

30 Minutos

Vindos do maravilhoso mundo intemporal do Princípio chega-nos este duo de raça mutante. Duas almas errantes que dominam o fogo. Escalam os cimos celestiais e libertam-se do pecado e da maldição. Entram no fogo para se libertarem do condicionamento humano. Manipulados pela luz” Dançam o cosmos”

21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Novecentos é o Pianista do oceano

Peripécia Teatro (Portugal)

75 Minutos I M/12

Novecentos, protagonista e pianista excepcional que nunca desceu do Virginian - paquete que fazia no início do séc. XX as rotas entre a Europa e a América. Encontrado no barco, com dias de vida, abandonado numa caixa de limões, no lustroso piano, aí cresceu, adoptado e educado pela tripulação. Uma madrugada, menino, foi encontrado, rodeado de passageiros em silêncio e pijama, sentado ao piano do salão de baile, pernas a balançar, a tocar não se sabia que música é mas bela. Nasceu a lenda do pianista do Oceano. Dizia-se que a bordo do Virginian um tipo, no piano, fazia o que queria; música estranha, notas que não eram normais, pareciam quatro, as mãos, tal era a técnica. Se lhe apetecia tocava Jazz, se não, dez "jazzes" juntos! Músicas de outro mundo, ou deste! Todas as músicas da terra. Era de petrificar.
Todas estas coisas se diziam, veio escrito em jornais, mas era mesmo verdade! O jogo dos actores tem a espontaneidade dos contadores de histórias, à mistura com a ironia dos entertainers, o humor inocente dos clowns e a versatilidade dos transformistas. A música tem um papel fundamental. Com os actores, estão dois clarinetistas que interpretam temas do princípio do Século XX, sobretudo Ragtime e Dixieland, assim como temas e sonoridades criadas para o espectáculo.
 
Criação / Adaptação: Àngel Fragua, Noelia Domínguez, Sérgio Agostinho e José Carlos Garcia Iluminação: Paulo Neto Cenografia e adereços: Zétavares Direcção: Noelia Domínguez Interpretação: Sérgio Agostinho E Ángel Fragua Com Luis Filipe Santos (Clarinetes) E Tiago Abrantes (Clarinetes)

23h30 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Zen ou o Sexo em Paz

100 Ilusões (Portugal)

80 Minutos I M/12

ZEN ou o sexo em paz" dos italianos Dario Fo, dramaturgo e recente Prémio Nobel da Literatura, e de Franca Rame, sua mulher, é uma comédia em forma de conferência, que analisa, utilizando um riso crítico e devastador, a péssimas consequências que a falta de uma conveniente educação e informação sexual provocam, numa sociedade hipocritamente puritana, onde o sexo é ainda tabu. Escrita a partir de um livro do filho de ambos, Jocopo Fo, que alcançou um enorme sucesso junto dos adolescentes italianos, focando os mistérios do sexo e abordando-o de uma forma descomplexada e desculpabilizada mas responsável.
Uma conferencista dirige-se ao público, numa intervenção em que frequentemente interage com este, para falar, a partir de pequenos factos do dia a dia, de temas tão candentes e pertinentes como " Os pais e o sexo", " A minha primeira experiência sexual", "A menstruação", "A virgindade", " Lição de orgasmo", " Toda a verdade sobre os homens", " A importância", "Os rapazes e as suas inseguranças", etc
Este espectáculo além de ser um belo exercício teatral trata, de uma forma divertida e risonha, um tema geralmente solenizado, chamando a atenção para a importância que tem uma sexualidade bem vivida, por gente bem informada sobre os riscos hoje existentes, e também para uma atitude de liberdade que não exclua nunca, a responsabilidade nem o prévio esclarecimento, cuja falta é responsável por muitas vidas destroçadas.
 
Texto: Dário Fo, Franca Rame, Jocopo Fo Tradução / adaptação: António Andrade, Sandra Rodrigues, Giorgio Olivieri Direcção: Carlos Quintas Música original e painel: Lídia Serejo Interpretação: Amélia Videira

12 de Outubro

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

Burlarinas (animação teatral de rua)

Kopinxas (Portugal)

30 Minutos

Um espectáculo cómico de movimento e acrobacia, onde três bailarinas vão desenhando figuras corporais, dando o seu melhor para terem um bom desempenho numa dança de ballet, ao som de uma música inspiradora. A estas acrobacias é acrescentado uma carga emocional e dramática, que abre uma porta ao mundo delicado e suave das flores e essências num paraíso perfeito.

21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Nasdrovia Chejov

Vaiven Producciones (País Basco, Espanha)

90 Minutos I M/12

Um cozinheiro, desertor do exército, arrasta-se pela lama instável. Sozinho e abandonado, não faz a mínima ideia para onde vai. Apenas caminha. Uma tenda de campanha aparece-lhe pela frente, passa por ela sem parar. Devia continuar, mas algo o chama de volta. Há qualquer coisa de estranho com esta tenda... uma cama, um guarda-fatos, o símbolo da abelha imperial, um estranho chapéu... Ao instalar-se, ele sente que não mais está perdido. Então, dá por si a ensaiar um novo e perigoso papel... Apenas precisa de um carisma assassino, uma vontade de ferro e de um ralador de queijo. Temperado com referências oblíquas a pequenos déspotas, o último drama cómico, sem palavras, de Nola Rae, vê o mimo seguir o rasto desgastado do poder absoluto e do absoluto desastre.
 
A partir de dos contos de: Anton Tchecov Direcção: Fernando Bernuís Dramaturgia: Alberto Iglesias Cenografia: Gonzalo Buznego Y Pablo Almeida Desenho de luz: Xabier Lozano Música original: Iíaki Salvador Figurinos: Gabriela Salaverri Voz em off: Tomasa Fontán / Pilar Rodriguez Interpretação: Alvaro Garaialde, Naiara Arnedo, Teresa Calo, Isidoro Fernandez, Camilo Rodriguez, Dorleta Urretabizkaia

23h30 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Quando as nuvens se dissiparem

Comédias do Minho (Portugal)

75 Minutos I M/6

Seis actores, em busca do seu próprio "Clown", embarcam-nos na rotina e banalidade do quotidiano. No trabalho, em casa, nos transportes, nos tempos livres, estes seres "naifs" e frágeis tocam-nos e fazem-nos rir. Nos seus momentos de fraqueza, nos seus falhanços, eles revelam a sua profunda natureza humana e assemelham-se-nos. "Quando as nuvens se dissiparem" foi concebido como uma coreografia do dia-a-dia, onde as solidões se cruzam, se encontram por vezes, e onde ressurgem os gestos que ficaram escondidos no fundo dos nossos corpos de criança. Com a preocupação de aproximar e fidelizar o público ao teatro, na continuação de "Cabaret dos Comediantes" e "Antígona", A Comédias do Minho convida para um novo espectáculo onde actores e espectadores, palco e plateia, se confundem num serão festivo. E os "Clowns" desmistificam a pretensão que cada um tem de ser superior ao outro.


Direcção: Philippe Peychaud Desenho de cenografia: Zé Paulo Assistente de Cenografia: Fernando Gomes Produção e comunicação: Pedro Morgado Coordenação técnica: Vasco Ferreira Criação e interpretação: Diana Sá (Gentilmente Cedida Por Teatro Oficina), Gonçalo Fonseca, Luís Filipe Silva, Mónica Tavares, Rui Mendonça e Tânia Almeida

13 de Outubro

16h00 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Pedro e o Lobo

Fio d'Azeite - Marionetas do Chão de Oliva (Portugal)

50 Minutos I M/4

Partindo do Conto musical "Pedro e o Lobo", do compositor Sergei Prokofiev, com uma mescla de "bonecos" (uns marionetas, propriamente ditas, e outros, brinquedos, aqueles que já brincámos ou, no caso dos mais novos, que ainda brincam) e acompanhada pela própria música do génio russo, contamos uma estória de um menino igual a tantos outros que são irreverentes, que aprendem experimentando, e melhor, se for na convivência harmoniosa com a variedade com que a mãe natureza nos encanta todos os dias. Aliviámos a estória das cargas penalizadoras (neste caso sobre o Lobo), acrescentámos e modificámos para contá-la à nossa maneira, dando, assim, sequência a um trabalho feito a partir dos contos imemoriais. Coerentes com o nosso percurso, onde o estudo das técnicas tradicionais está presente, procuramos novas formas de concepção e manipulação de marionetas, bem como o cruzar de outras áreas de criação. A esta preocupação, junta-se uma outra característica do nosso trabalho, que tem a ver com o prazer do faz-de-conta; com o aguçar da nossa criatividade e com utilização, mínima, de "efeitos especiais", ao fim e ao cabo com a (re) descoberta da simplicidade.
 
Adaptação, cenografia e encenação: Nuno Correia Pinto Marionetas: Jorge Cerqueira Carpinteiro: Marcelo Soares Alves Sonoplastia: Carlos Arroja Desenho de Luz: André Rabaça Montagem: Tiago Matias Manipulação: Nuno Correia Pinto e Tiago Matias

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

Leo, Belita & Filhos (animação teatral de rua)

Kopinxas (Portugal)

30 Minutos

Uma família de artistas (do melhor que já se viu), apresentam um espectáculo fabuloso de magia cómica, carregado de interacção com o público. Leo, o brilhante mágico tem a preciosa ajuda da sua partner Belita, mas com o inconveniente de terem que tomar conta dos filhos durante o espectáculo e aturar as suas travessuras.

21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Nose Missing

Habbe & Meik (Alemanha)

75 Minutos I M/6

Entre uma surpresa e outra, esta extraordinária dupla de mimos mostra toda a sua panóplia de acrobacias, na tradição da Commedia dell'Art. E para regozijo do público completamente arrebatado desde o primeiro momento, estas duas misteriosas personagens não hesitam em alterar os seus disfarces e revelar uma galeria de máscaras, cada uma mais realista que a anterior. Ambos experimentam as suas primeiras paixões ou vão somente ao médico, os dois palhaços são maravilhosamente capazes de atingir a nota certa. Porque jogam com todo um leque de emoções desde a mais tocante ingenuidade ao desatino mais hilariante, Habbe and Meik ensinam-nos a rir de tudo, especialmente dos nossos pequenos arrufos do dia-a-dia.
Para saber o que está escondido por detrás das máscaras... Nós apostamos que estes dois notáveis seres humanos decidiram usar de todos os meios para transformar a vida num sublime recreio.


Criação e Interpretação: Hartmut Ehrenfeld e Michael Aufenfehn

23h30 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Se não me dás um revolver, ao menos tem pena de mim.

Companhia de Teatro de Sintra - Chão de Oliva (Portugal)

70 Minutos I M/12

"Se não me dás um revólver,ao menos tem pena de mim" parte de duas pequenas peças de Anton Tchekov, "Um Pedido de Casamento" e "O Trágico à Força". Na fusão e a fixação do texto, pretendemos manter um único fio dramatúrgico que resulte da análise dos textos de partida, espelhos dos pequenos-grandes dramas, de insanáveis contradições mesquinhas, de vidas cinzentas contaminadas pelo "direito de posse" e pela competição - "o meu cão é melhor que o teu" é-, pelo cilindrar dos convencionalismos "normais", normalmente tão risíveis, pelo embaciar do sorriso de viver. Ainda os acontecimentos a fazerem mover os personagens e não estas a escreverem o rumo futuro, característica tão orgânica no teatro do Mestre russo. Para jogar com a depuração cenográfica, foi pedido aos actores - um grupo que integra profissionais, uma estagiária e um amador, a construção de todo o espectáculo, incluindo a banda sonora, sendo que a linha de representação pretendida, é uma linha ténue entre drama e a farsa, entre o realismo e o simbolismo, entre o faz-de-conta no palco e a existência do dia-a-dia.
 

Dramaturgia e encenação: João De Mello Alvim Cenografia e figurinos: Companhia de Teatro de Sintra Desenho de Luz e Som: André Rabaça Montagem: André Rabaça e Pedro Tomé Interpretação: Nuno Correia Pinto, Pedro Cardoso, Hugo Amaro, Sónia Louçada e Fernando Figueira

14 de Outubro

16h00 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Clones e clowns

Encerrado para Obras (Portugal)

60 Minutos I M/4

Richard Klok, um cientista alucinado consegue com êxito e em total segredo a clonagem de um ser humano, utilizando como cobaia um famoso palhaço. Em breve, a Terra enche-se de palhaços clonados. Como todos são iguais, todos repetem as mesmas frases e os mesmos gags e as pessoas deixam de lhes achar piada. A falta de humor contagia e breve a humanidade mergulha numa depressão: as pessoas deixam de rir, cantar, de amar a vida... Clones e Clowns aborda um tema actual e controverso: a clonagem de seres humanos. O projecto procura transmitir às crianças a noção de quão importante é a diversidade. Valorizam-se conceitos básicos como a tolerância racial e cultural, a amizade, a solidariedade, e a coragem de lutar por causas justas. No fim, a peça celebra a importância do riso enquanto ponte entre as pessoas e o seu poder revigorante - "rir faz bem à saúde" é uma das máximas desta história. A peça tem o mínimo de texto possível, música ao vivo, malabarismo, mímica e pantomima. As técnicas de clown e a interacção com o público, ele próprio transformado num exército de "palhaços clonados", assumem um papel essencial, constituindo elementos dinâmicos e lúdicos. Para o efeito cada espectador receberá, à entrada, um nariz de "clown", adereço a devolver no final da apresentação. O convite ao espectador para colocar o adereço será feito numa espécie de jogo, cujas regras se tornarão implícitas com o evoluir do espectáculo.
 
Autoria, encenação e interpretação: David Cruz, Estela Lopes Direcção musical e canções: David Cruz

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

Allegro Vivace (animação teatral de rua)

Kopinxas (Portugal)

30 Minutos

Espectáculo de artes circenses, com especial enfoque no malabarismo, acompanhado por instrumentos musicais e complementado por um "comentador de pista" que vai explicando ao publico os vários passos técnicos dos números e dos artistas. Um espectáculo ritmado, que nos transporta ao universo do circo tradicional, e com uma boa dose de humor.

21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Elas Sou Eu

Teatro Novo do Brasil (Brasil/Portugal)

70 Minutos I M/16

Que acontece quando uma doméstica convence o patrão, em vésperas de estreia, que ele é um péssimo actor? Ele mata-se? Despede-a? Ou simplesmente não aparece no teatro e dá, sem saber, oportunidade à empregada de tomar o seu lugar no espectáculo "Elas sou Eu - O que a gente não faz para pagar a renda"? Esta é a história de Lucineide capaz de tudo para desencorajar o seu patrão apenas para voltar a pisar num palco. Não tivesse ela sido actriz em tempos remotos, com a certeza de que talento é coisa que não se perde e o sucesso uma conjunção de um dom inato com uma dose de sorte. Ela está disposta até a roubar o guião da peça, decorar o texto e ainda alterar por completo uma cena, sem arrependimento, para se tornar uma actriz famosa. Frustrada confessa a decepção de, ao contrário das grandes vedetas, não carregar nenhum trauma de infância! Mas a vida não são apenas decepções, ela sonha poder reencontrar o grande amor da sua vida: um conhecido ídolo da música romântica. O Teatro Novo do Brasil, esteve pela primeira vez em 2002, tendo apresentado com assinalável êxito "A Comédia da Vida Privada" do brasileiro Luís Fernando Veríssimo.


Texto e interpretação: Eduardo Gaspar Encenação: Hugo Sovelas Figurinos: Eduardo Gaspar Banda sonora: Eduardo Gaspar e Hugo Sovelas Arranjos musicais: Marco Pombinho Sonoplastia: Maria João Castanheira Desenho de luz: Eduardo Gaspar Operação de som, luz e vídeo: Sérgio Silva

23h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Monólogo a Duas Vozes

d'Orfeu (Portugal)

50 Minutos I M/6

No Monólogo, duas personagens transportam para o palco uma diversão teatral à volta das palavras - os seus sons e jogos de dicção. As Lengalengas e os trava-línguas fazem parte do nosso imaginário colectivo. Os simples jogos das escondidas, brincadeiras de roda ou até a tabuada estão no nosso inconsciente dos tempos de criança. Ajudaram-nos a brincar, a memorizar os trabalhos de casa e a dar sentido rítmico ás palavras. No Monólogo, duas personagens transportam para o palco uma diversão teatral à volta das palavras - os seus sons e jogos de dicção - nesta ou noutras línguas. A originalidade deste espectáculo reside no uso de lenga-lengas, provérbios, jogos ou trava-línguas como condutores da narrativa tornando-a ideal para qualquer idade. "Uma a duas as palavras desaparecem... uma a duas as palavras unificam duas a uma voz!"


Concepção e Interpretação: Paulo Brites e Oscar Pinto

Outras Actividades

Exposição - 03 a 31 de Outubro - Fórum da Maia

Ó vasco, tens cá disto? - o actor, o autor e o homem

Vasco Santana foi uma das mais destacadas e marcantes figuras de toda a história do espectáculo em Portugal. No cinema, no teatro e na rádio deixou a marca de um talento invulgar, não apenas como intérprete, mas também como autor. Grande comediante mas também inspirado autor de textos, Vasco Santana continua a estar presente no imaginário dos portugueses, sobretudo graças aos filmes que protagonizou e que se encontram acessíveis no mercado e na programação televisiva. Esta exposição, constitui uma oportunidade única para se observar o percurso de Vasco Santana nos diversos domínios em que obteve o caloroso e constante aplauso e reconhecimento do público. Quando assistimos às suas inesquecíveis interpretações cinematográficas, recordamos sempre, com saudade e respeito, o seu imenso talento e o lugar de excepção que ocupou, também como autor na vida artística portuguesa. Esta exposição é uma homenagem ao artista e ao homem e também um desafio lançado às novas gerações de autores e intérpretes, no sentido de que encarem o trabalho de comunicação com o público com a mesma seriedade e a mesma criatividade, pois só assim se conquistam lugares duradouros na memória de várias gerações. O Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia agradece à SPA - Sociedade Portuguesa de Autores a cedência desta exposição de homenagem a um dos maiores actores portugueses, cumprindo-se assim um dos objectivos do Festival e da SPA, a divulgação da cultura e dos autores portugueses.


Exposição de SPA - Sociedade Portuguesa de Autores

Ficha Técnica

Organização: Câmara Municipal da Maia

Produção e Direcção Artística: Teatro Art’Imagem

Director Artístico: José Leitão

Concepção e Direcção de Montagem: Pedro Carvalho

Direcção de Produção: Jorge Mendo


Equipa de Produção:

Assistentes de Produção: Cláudia Silva, Carina Moutinho, Inácio Barroso, Nuno Sousa e Ricardo Santos

Fotografia e Vídeo: Marcos Araújo e Arquivo Fotográfico da Câmara Municipal da Maia


Equipa Técnica:

Coordenação: Wilma Moutinho

Técnicos de Luz: Bruno Santos, Cláudia Valente, Frederico Lobo, José Rodrigues, Liliana Macedo, Luís Ribeiro e Shi-Lu

Técnicos de Som: Artur Pinheiro, Carlos Adolfo e Paulo Martins

Técnico Electricista: João Branco

Técnicos Maquinistas: José Lopes


Apoio técnico e logístico dos Funcionários e Serviços da Câmara Municipal da Maia.

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