Bem-vindos a mais uma Edição do Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia: a décima sexta. Dezasseis anos de persistência em trazer ao público o melhor que se faz no mundo, dentro do universo do Teatro Cómico.
Dezasseis anos de persistência em manter viva uma iniciativa cultural prestigiada, num contexto económico e financeiro cada vez mais difícil. Dezasseis anos de persistência em não pactuar com o facilitismo que destrói a qualidade. Dezasseis anos de persistência na defesa da tese que só “o cultural”, conforme defendeu Allan Bloom dá sentido a tudo.
Na verdade só a persistência que alguns chamarão teimosia é que levou a Câmara Municipal da Maia, em estreita colaboração com a Companhia de Teatro Art´Imagem, a criar condições para uma verdadeira institucionalização de um dos maiores festivais de teatro do País e é seguramente o maior no seu género. O maior na quantidade e diversidade de espectáculos trazidos à cena e o maior na frequência do público. Persistência, porque num contexto em que a maior parte das iniciativas culturais de vulto desenvolvidas pelo Poder Local ou terminaram ou estão agonizantes, não é fácil manter a “Cultura” como uma das prioridades de actuação enquanto facto concreto e não mera retórica. Persistência porque, ao contrário de muitas actividades de índole cultural (algumas de valia mais do que discutível) que recebem apoio do Estado (directamente ou indirectamente, através de empresas e institutos públicos), o Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia nunca recebeu qualquer apoio. Resulta, todo ele, do investimento directo da Câmara Municipal da Maia.
O nosso Festival, além de ter o mérito de procurar oferecer sempre qualidade ao seu público, tem apoiado de forma sistemática inúmeras companhias e grupos de teatro portugueses, disponibilizando-lhes palco para o seu trabalho, além de ter permitido que muitas outras formações estrangeiras tenham, pela primeira vez actuado em Portugal, representando tudo isto um esforço, que apesar de não ser reconhecido por quem de direito, nos orgulha muito. Uma palavra final ao público do Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia: obrigado. Obrigado pela vossa exigência e obrigado pela vossa permanência. Exigência que nos responsabiliza e permanência que nos estimula.
O Presidente da Câmara Municipal da Maia,
António Gonçalves Bragança Fernandes
O Vereador do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Maia,
Mário Nuno Alves de Sousa Neves