Mais uma vez, a décima oitava vez, a cidade da Maia reúne no Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia companhias de teatro de altíssima qualidade (ao todo 22, sendo que 13 são estrangeiras e 9 nacionais) dispostas, através do humor inteligente, a fazer sobressaltar consciências e a fazer rir, duas “actividades” essenciais muito especialmente em épocas de crise. O Teatro é uma das mais extraordinárias expressões artísticas da Humanidade e das mais poderosas do ponto de vista da intervenção cívica, muito especialmente em termos políticos e sociais e é uma arte que contribui como poucas para a formação e a afirmação de uma cidadania conhecedora, responsável e interventiva sendo uma das apostas da política cultural da Câmara Municipal da Maia, que através do presente festival, da Primavera do Teatro, das Mostras de Teatro Amador e das Oficinas de Teatro da Maia, dá expressão inequívoca e prática à importância que teoricamente lhe atribui. O Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia, cuja entidade produtora é o Teatro Art’Imagem, é um dos festivais de teatro mais importantes da Península Ibérica e é o maior do seu género no País, realidade atingida pelo profundo respeito pelo público que sempre soube ter, trazendo ao palco espectáculos de enorme qualidade a preços verdadeiramente sociais, contribuindo assim para a democratização da Cultura que é uma das traves mestre da visão política para a área cultural da Câmara Municipal da Maia. Desejando a todos um excelente 18º Festival de Teatro Cómico da Maia formulamos votos para que nos reencontremos, para o ano, na sua 19ª edição.
O Presidente da Câmara Municipal da Maia,
António Gonçalves Bragança Fernandes
O Vereador do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Maia,
Mário Nuno Alves de Sousa Neves
O RISO É QUEM MAIS ORDENA!
Aqui estamos de novo para vos apresentar a programação da 18ª edição do Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia.
É com muito prazer que o fazemos e conscientes de que as escolhas de companhias e espectáculos tiveram em conta a qualidade artística das propostas, a diversidade de disciplinas e formas teatrais, os temas abordados e os segmentos de público que acompanha o Festival.
Na Maia vai ser visto o que de melhor se faz no Mundo na área do teatro cómico e do humor, estando presentes nomes grandes da cena nacional e internacional que em palco reflectem sobre o actual estado do mundo.
Trinta e nove espectáculos estão programados para os diversos palcos do Festival, desde a comédia clássica ao novo circo, das marionetas ao teatro de rua, das propostas mais experimentais e contemporâneas ao mimo e pantomima, do teatro íntimo à exteriorização dos novos palhaços que agora se chamam "clowns", da "stand up" às novas formas de fazer humor em cena: a música-comédia e a multi-comédia, onde se aliam as novas tecnologias com actores totais, onde o movimento, o gesto, a fisicalidade, as técnicas de circo, a música e os corpos dispensam o texto.
E, todavia, teremos Shakespeare que dois espectáculos recriam, a partir dos seus textos mais clássicos. Uma história do Romantismo, movimento cultural, desmistificando o conceito actual do termo usado pela média para uso e abuso das massas. Uma lição bem humorada sobre a filosofia de Kant, os contos imortais de Giovanni Boccaccio. O melhor da "commedia dell’arte" em português e a incomodidade dos nossos dias num texto de Ian MacEwen. A lembrança de Mário Viegas através dos textos de Mário-Henrique Leiria, a denúncia da situação política e social e os PIGS da economia pelo Grande Bufon Leo Bassi que o FITCM aproveita para homenagear, uma das melhores companhias de novo circo da actualidade. Duas visões, uma portuguesa e uma brasileira, sobre a condiçõo e emancipação das mulheres, os palhaços galegos, castelhanos e ucranianos que vão encher de gargalhadas os palcos por onde passarão. As animações diárias e os café-concertos, com música, marionetas e teatro de rua, completam este leque tão alargado de propostas teatrais.
O riso é quem mais ordena neste Festival, porque se o humor é uma pequena vitória sobre a morte, é também uma eficaz ferramenta para lutar contra o desalento, a injustiça e o medo do futuro. Uma gargalhada ou um sorriso, mesmo amarelo, nunca são indiferentes.
O Homem e o Mundo em palco na Maia! Rir, reflectir e outra vez rir!
Bom Festival!
O Director do Teatro Art’Imagem,
José Leitão
P.I.G.S.
Leo Bassi (EU/IT/ES)
40 Minutos
Um dos aspectos fundamentais do Teatro de Rua é saber escutar e interpretar os sentimentos da população, podendo-se afirmar que é a forma de expressão artística mais democrática que existe, longe das pretensões aristocráticas que se notam às vezes, no Teatro oficial. Por isso, diz Leo Bassi, ao apresentar este espectáculo na abertura do Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia era difícil não ter em consideração os graves problemas económicos que atravessam o país e o impacto que tem nas pessoas. A miséria na rua já não é anedótica e a degradação vê-se a todos os níveis. Não obstante, ultimamente, começa-se a sentir uma mudança, e o fenómeno cresce de maneira gradual e a sensação que se vive é a de que estamos a assistir ao nascimento de uma nova sociedade com outros valores e outras esperanças.
Este é o espírito que quero capturar na abertura do FITCM. Com o termo PIGS, os economistas ironizaram sobre a situação financeira de Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha na Europa. Quero devolver a ironia, aos que nos mergulharam na crise, mostrando esta nova vitalidade que nasce debaixo das cinzas do consumismo massificado.
É o Leo Bassi que a Maia bem conhece. Um bufo como a si próprio se intitula, irreverente e crítico dos poderes que nos desgovernam. Riso sério, com contudo demolidor para os cardíacos do consenso.
Direcção e Interpretação: Leo Bassi
Românticos
Mofa e Befa (Galiza-ES)
85 Minutos I M/4
O Romantismo, movimento cultural que transformou o mundo e o converteu num espaço de liberdade, serve hoje para a criação de canções e filmes pirosos para consumo dos usurários dos transportes públicos e visitadores de centros comerciais.
Este espectáculo, mais ou menos sensível ao autêntico espírito romântico, pretende resgatá-lo da vulgaridade em que caiu o termo e fazer a "estória" desse movimento e a sua relação com o presente (!).
Veremos então em palco a luta do monstro Frankenstein contra o sinistro Júlio Iglésias, as assombrosas revelações do psicanalista argentino da poetisa galega Rosália de Castro, o conde Drácula cantando boleros, navios errantes com o Holandês Voador e o mais que o espectador descobrir.
A presença, mais uma vez, desta importante companhia galega terá em palco quatro monstros, capitaneados pelo
Dr. Cadaval que fará os esclarecimentos históricos necessários - momento de alta cultura - acompanhados pelo romântico bálsamo das melodias de Piti Sanz.
Importante dizer que a peça fornece ainda um breve manual do suicídio para quem queira levar o seu romantismo ao extremo.
Encenação: Quico Cadaval Interpretação: Evaristo Calvo, Víctor Mosqueira, Quico Cadaval e Piti Sanz
Chungo
Peter Punk (Galiza, ES)
60 Minutos I M/4
Um dos mais destacados "clowns" do estado espanhol dos últimos anos está pela primeira vez em Portugal depois da presença em vários países e festivais na Palestina, Itália, Brasil, Espanha, etc. O seu humor é contagiante, inigualável e fresco. Neste espectáculo Isaac Rodriguez transforma-se em Peter Punk, personagem imaginário chegado do País do Nunca Mais. Como um menino que se recusa a crescer, joga em cena com o público, com a palavra e com todos as coisas que vai tirando da sua maleta. "Chungo, chungo que te cagas" é a frase mágica do artista que anuncia ao público as mais complicadas acrobacias numa pessoal versão do "ainda mais difícil", com bolas, malabares, massas, aros...e incríveis figuras de globoflexia num tempo "record", as suas habilidades no monociclo e, silêncio por favor, porque no final o artista porá em perigo a sua vida...
Um espectáculo multidisciplinar onde o humor anda à solta para nos fazer passar um bom momento.
Interpretação: ISAAC RODRÍGUEZ Técnica teatral: MALABARES, GLOBOFLEXIA E HUMOR
Animarua (animação teatral de rua)
CPeter Punk (Galiza, ES))
20 Minutos
Uma animação de rua em que veremos parte dos seus números na linha de trabalho de novo circo que este palhaço galego tem levado a muitas partes do mundo. O humor e a sua cumplicidade com o público e uma energia e força contagiantes pouco habituais.
Direcção e Interpretação: ISAAC RODRÍGUEZ
O Melhor de Leo Bassi
Leo Bassi (EU/IT/ES )
105 Minutos I M/12
Muito além da personagem que nos faz enfrentar provocações constantes, está um artista, um cómico de raça, um palhaço clássico e um actor que continua trabalhando à procura de uma nova comédia, de um humor diferente, explosivo e sinistro, desafiador e fugaz. Militante desavergonhado de um exército de gargalhadas constantes, tem feito da provocação artística a sua única arma de sobrevivência, assim enfrentando desafios pessoais, quase sem limites, com os quais pretende atravessar qualquer barreira por muito impossível ou desagradável que possa resultar. Falar de Leo Bassi é fazê-lo sempre com surpresa e mesmo um certo medo, pois nunca se sabe o que vai acontecer nas suas actuações, sempre mudando, sempre ao serviço do espectador, talvez a chave do seu êxito. Com "The Best of" o artista quis fazer uma antologia dos números que mais gostou de todos os seus espectáculos. Segundo o próprio cómico, é necessário deixar de lado algumas cenas por mais carinho que delas se tenha, para ficarem no esquecimento para sempre. Neste espectáculo/síntese o Grande Bufão, o herdeiro de uma estirpe de palhaços que fez do riso uma arma pacífica para a mudança, vai recuperar os momentos mais divertidos de todos os seus espectáculos. Trata-se, pois, de um trabalho pessoal e íntimo em que ele volta a encontrar-se com as suas próprias criações. Alertadas fiquem as grandes instituições, as religiões, os políticos e todas as hierarquias, porque Leo Bassi pintou na face as suas pinturas de guerra e voltou para lutar em palco contra os que desgovernam o mundo.
Uma homenagem do FITCM a Leo Bassi.
Texto, Direcção e Interpretação: LEO BASSI
O cantinho infantil do vôvô gazoza
MJosé Moreira (PT)
45 Minutos I M/12
Mário-Henrique Leiria, poeta, escritor, pintor, além de outras “actividades menos respeitáveis”, editou em vida apenas dois livros; “Os Contos do Gin-Tonic” e “Os Novos Contos do Gin”. Este pequeno espectáculo reúne textos publicados no jornal “O Coiso” do qual foi redactor, mentor e também director. São contos, histórias, fábulas, escritos sob o pseudónimo de Wilson Gazoza ou VÔvô Gazoza, mais um poema editado postumamente em “Depoimentos Escritos”. Apreciem, desfrutem, e divirtam-se que é esse o nosso propósito.
Um grande actor do Porto que trabalhou com Mário Viegas, num espectáculo de riso amarelo.
Texto: MÁRIO-HENRIQUE LEIRIA Concepção e Interpretação: JOSÉ MOREIRA Desenho de Luz: JOSÉ MOREIRA, JOÃO PEDRO BORGES E RUI OLIVEIRA Desenho de Som: TANAH CORRÊA E JOSÉ MOREIRA Operador de Luz e Som: JOÃO PEDRO BORGES Fotografia: ANDRÉ SÁ E JOANA VASCONCELOS BORGES Produção: HELENA MADEIRA
Dous pallasos en máis apuros
Os sete magníficos mais um (Galiza, ES)
60 Minutos I M/4
Criado pelo director e dramaturgo argentino Walter Velázquez junto à própria companhia e dirigido por Iván Prado a partir de farsas clássicas do mundo do circo, a companhia volta a apostar na recuperação e actualização dos gags do palhaço tradicional. A parelha de clowns Pedro e Fran que regressa ao FITCMaia, recriam números cómicos através da improvisação, do risco, da sinceridade do palhaço, da humildade do comediante e, sobre tudo, da dignidade do clown para sair das situações mais complicadas. Transformam-se em loucos acrobatas dispostos a apresentar o seu arriscado número de circo cheio de emoção: O Vaso da Morte. Porém, nada lhes sai como desejam. Assim, o que ia ser um exercício acrobático próprio dos melhores artistas circenses, converte-se numa sucessão de desastres, desencontros e acidentes.
P.S.: Não tente fazer isto em casa!
Texto: OS SETE MAGNÍFICOS MÁIS UN E WALTER VELÁZQUEZ Direcção: IVÁN PRADO Interpretação: PEDRO BRANDARIZ E FRAN REI Figurinos, Cenografia e Adereços: OS SETE MAGNÍFICOS MÁIS UN E VANESSA GONZÁLEZ
Para que servem as mãos (animação teatral de rua)
Mandrágora (PT)
20 Minutos
O Sol nasce, o galo canta e os pássaros chilreiam, são horas de acordar! Cuckoo! Cuckoo! Toca a levantar! O bebé só quer brincar, mas há muito que fazer, a mãe precisa de trabalhar, não há tempo a perder. O bebé fica zangado, faz asneiras por todo o lado. Vai procurar outra casa onde lhe possam dar atenção, onde possa fazer o que quer, comer doces, e ver televisão. O que será que vai encontrar? Qual será a solução, para tamanha confusão?
Um espectáculo por uma das mais interessantes companhias de marionetas contemporâneas no FITCM.
Direcção artística e interpretação: CLARA RIBEIRO Marionetas e espaço cénico: ENVIDE NEFELIBATA Produção executiva: FILIPA MESQUITA Fotografia: CLÁUDIO BARBOSA
Slips inside
Okidok (BE)
75 Minutos I M/12
Pierrot e Marcel têm dois corpos de sonho, corpos de estrelas. Musculados, elegantes, hábeis e bem conscientes de todas as suas incríveis qualidades, pretendem fazer uma grande demonstração dos seus talentos. Talento em estado puro, o creme da acrobacia, o foie gras do mimo, a banha da dança e a breve poesia bruta dos grandes anos do music-hall. Uma hora de riso, sem palavras, com pouquinhas coisas, no que se refere à roupa.
Premiada internacionalmente, esta companhia está pela primeira vez no FITCM apresentando um espectáculo de novo circo, de uma imaginação delirante, um espírito de divertimento sem limites, transgredindo todos os códigos dos espectáculos deste género.
Direcção e Interpretação: XAVIER BOUVIER E BENOIT DÁVOS Criação de Luz: LAURANT KAYE
Saúde é o 1º
Os sete magníficos mais um (Galiza, ES)
90 Minutos I M/12
Um espectáculo de situações e personagens ridículas e divertidas. Na inauguração do novo Centro de Saúde da vila, dois políticos aproveitam para falar da saúde pública promovida pelo seu governo. Da resolução das listas de espera, da prevenção, das cirurgias, dos medicamentos, dos primeiros socorros, das práticas médicas, tudo visto pelo clownesco olhar dos divertidos Os Sete Magníficos mais Um.
Direcção: IVÁN PRADO Interpretação: PEDRO BRANDARIZ Y FRAN REI
Quesa-me mucho (animação teatral de rua)
Encerrado para obras (PT)
20 Minutos
Animação teatral e musical com 3 actores/músicos (acordéon, guitarra e percussões).
A Queijeira Deolinda Linda e seus assistentes, Sebastião Pimenta e Ramón Comelón deambulam pelo espaço com a sua queijaria ambulante. Apresentam um repertório musical sui-generis ao mesmo tempo que vendem o seu queijo. Atenção à lengalenga da Queijeira, canção original em que o público aprende a fazer Queijo, com uma coreografia cómica que os actores lhe vão ensinar.
O regresso desta companhia ao FITCM está “encerrado para obras”, mas não para divertir o público.
Dramaturgia, Encenação e Interpretação: ANDREIA BARÃO, DAVID CRUZ, ESTELA LOPES Música Original: DAVID CRUZ Figurinos: CRISTINA CÂMARA PESTANA
Action Man
Yllana (ES)
70 Minutos I M/12
Neste espectáculo Raúl Cano Cano, só em palco, dá vida a diversas personagens e situações, possuidor de uma grande técnica de mímica, generoso domínio do corpo com um estilo próprio e utilizando sempre uma magnífica e precisa sonorização
O personagem principal, um Superagente Especial na sua última missão, vê-se envolvido numa série de situações cómicas aproveitadas do melhor humor cinematográfico, televisivo e do cómico. Raúl Cano é um actor de Yllana nos seguintes espectáculos que já estiveram no FITCM e foram um estrondoso êxito: Glub Glub, 666 y Star Trip, sendo também co-autor destes dois últimos.Também se pode vê-lo nas séries de televisão espanhola como La Tira, La que se avecina, Chic-cas y La hora de José Mota.Agora embarca no seu primeiro filme de acção teatral, todos esperamos que não se “espalhe”!
De novo o Yllana na Maia, agora num espectáculo unipessoal, com gargalhadas asseguradas.
Direcção: YLLANA Direcção Artística: DAVID OTTONE, JUAN FRANCISCO E RAÚL CANO CANO Interpretação: RAÚL CANO CANO Técnica: JUAN F. RAMOS
Té com Kant
Inversa Teatro (Galiza-ES)
75 Minutos I M/12
Té con Kant é um espectáculo experimental que conjuga o ensaio filosófico e a criação cénica ao jogar com o humor e a ironia para obter uma peça de teatro íntimo, próxima ao formato de teatro-didáctico-conferência. Johanna Gottfried e Theodora Krauss são duas mulheres ilustradas chegadas à nossa época numa viagem no tempo desde a Prússia do séc. XVIII. Uma vez aqui tentam promover, como agitadoras filosóficas, a reflexão (e acção) do público assistente ao redor da problemática moral dos nossos dias, a partir das ideias do seu amigo o filósofo Inmanuel Kant. A última decisão sobre o destino destas personagens dependerá unicamente do público. Pensas ou não como nós?
Pela primeira vez no FITCM, um dos mais interessantes grupos galegos, numa divertida história da filosofia de Kant.
Texto, direcção e criação: MARÍA CAPARRINI E MARTA PÉREZ Interpretação: MARTA PÉREZ E MARÍA ROJA Criação plástica: MARÍA ROJA Fotografia: LEONOR SANGABRIEL Edição de vídeo: MARÍA CRESPO Figurinos: CENTRO DRAMÁTICO GALEGO
Rometa e Juleu (animação teatral de rua)
Encerrado para obras (PT)
20 Minutos
Animação clownesca e musical baseada na História de Amor de Shakespeare, mas que neste caso tem um final feliz. Em cena uma cama com rodas e um alçapão, depois a sedução, o namoro, o acto de amor, as facadas no matrimónio, a separação, o reencontro, a gravidez, o parto, a criança mais a intervenção do público.
MacBeth
Companhia do Chapitô (PT)
80 Minutos I M/12
“Macbeth” é uma tragédia de William Shakespeare inadaptada pela Companhia do Chapitô. O que é que oculta um Kilt? Barão? Pois barão duas vezes!! Fá-lo Rei! Como? Por trás de um grande homem, Uma lady? Será ele capaz? Sim é eles fazem tudo, até cavam o seu próprio destino! Acreditam em bruxas? Mas o que é que isto tem a ver com o Kilt? Já vão ver!! Era uma vez um Rei.
O Chapitô mais uma vez no FITCM, com um grande clássico ou como Shakespeare se reinventa em palco.
Encenação: JOHN MOWAT Assistente de encenação: JOSÉ CARLOS GARCIA Interpretação: JORGE CRUZ, RICARDO PERES E TIAGO VIEGAS Kilts: GLÓRIA MENDES Produção: TÂNIA MELO RODRIGUES Técnico de luz: SAMUEL RODRIGUES Fotografia: SÍLVIO ROSADO, SIMÃO ANAHORY E SUSANA CHIC Audiovisuais: NÁDIA SANTOS E SIMÃO ANAHORY
Reportório Osório
d'Orfeu (PT)
50 Minutos I M/16
Uma colecção de canções, aliando a escrita sagaz de Luís Fernandes é magistral música de Luís Cardoso. Um desfiar de histórias pessoais no masculino, quase sempre íntimas, do dilema ao dilúvio em poucas estrofes. O quotidiano das relações afectivas transformado em canções irónicas (para não lhes chamar heróicas), em que a teatralidade da interpretação só reforça o perfil de cada personagem. O resto são... canções.
De novo a d`Orfeu no FITCM com um espectáculo “música-teatro”, actores que são músicos, músicos que são actores
Voz e Interpretação: LUÍS FERNANDES Acordeão: SONIA SOBRAL
O Puxa Saco
Encerrado para Obras (PT)
20 Minutos
3 forróseiros nordestinos e clandestinos formam esta fantástica banda musical em digressão permanente desde 1955, com canções de Luís Gonzaga, Alceu Valença e Jackson do Pandeiro. Este trio de octogenários do Forró já passou por todos os continentes.
Chegam ao Festival Internacional da Maia a cavalo num Burro, numa Galinha e num Camelo. Vão puxar o saco ao público e à direcção do Festival, mostrando-lhes que merecem estar no Grande Auditório na edição 2014 !!!
Dramaturgia, Encenação e Interpretação: ANDREIA BARÃO, DAVID CRUZ, ESTELA LOPES Música Original: DAVID CRUZ Figurinos: CRISTINA CÂMARA PESTANA
1325
Peripécia Teatro (PT)
75 Minutos I M/12
A Resolução 1325 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, exorta aos estados membros à inclusão das mulheres na construção e manutenção da Paz. Três Avós vivem num espaço habitado por roupa e memórias que nos guiam pelo universo da Mulher e sua relação com a Paz, numa narrativa formada por vários quadros que se centram no activismo de uma mulher ou conjunto de mulheres. Cada quadro aflora com uma forma narrativa própria, as actividades domésticas, canções de embalar e jogos de criança de onde emergem personagens como Rosa Parks, Aung San Suu Kyi, Aminetu Haidar, Wangari Maathai ou Graça Machel. O tom narrativo de 1325 está intrinsecamente associado à ternura e ao humor, procurando intensificar o espírito de positivismo que dê força a estas mulheres que, por todo o mundo, vão tecendo, com paciência, um vestido branco do tamanho da Terra.
Presença regular nos últimos anos no FITCM, os Peripécia são sempre uma aragem na cena teatral portuguesa.
Criação e Interpretação: ÂNGEL FRAGUA, NOELIA DOMÍNGUEZ E SÉRGIO AGOSTINHO Iluminação: PAULO NETO Máscaras e Design-gráfico: ZÉTAVARES Operação de Luz: PAULO ALVES Arranjos Musicais e Interpretação: PLÁCIDO CARVALHO E LUÍS FILIPE SANTOS Fotografia: MIGUEL MEIRELES Co-criação, Dramaturgia e Direcção: JOSÉ CARLOS GARCIA
O último a sair que apague a luz
Óscar Branco (PT)
90 Minutos I M/12
Deus quer, Homem sonha, a obra dispara no orçamento. Um espectáculo sobre Portugal e os portugueses é a última aventura de Óscar Branco, uma louca viagem ao país real em 80 minutos, cheia de desabafos, proclamações e palpites, numa mistura insólita e explosiva que transforma os nossos medos e inquietações num espectáculo de humor corrosivo e quem sabe, numa verdadeira terapia de grupo. Percorrendo a história do Homo “Tuga” desde o princípio dos tempos até aos nossos dias, explicando as razões da nossa originalidade, desafiando o público a reflectir sobre a origem das nossas particularidades, vícios e virtudes, costumes e, claro, “os do costume”. Da política ao desporto, do terrorismo ao jet 7, do WC inteligente à falta de inteligência dos que vão ao WC, nada nem ninguém está a salvo.
Óscar Branco e o seu humor “é Porto” no FITCM.
Texto Original e Interpretação: ÓSCAR BRANCO Direcção Técnica: BOUDU
En passant (animação teatral de rua)
Maribondo (AL/PT)
20 Minutos
Augusto e Papoila os 2 clowns, estão de passagem. Na bagagem levam o seu circo itinerante! O que conterá aquela mala? Elefantes?? Leões?? Rinocerontes?? Só vendo para saber! Mas de certeza, um punhado de loucura, uma pitada de boa disposição e muitas gargalhadas!
O duo luso-germânico outra vez no FITCM para nos divertir com as suas personagens.
Encenação e Interpretação: DETLEF SCHAFFT E EVA CABRAL
Abrigo são loucas
Grupo Harém Teatro (Piauí, BR)
95 Minutos I M/12
Um texto que repercute o desenredo de três Marias (Maria de Castro, Maria Fernanda e Maria Francisca) que revivem as memórias de tempos Áureos (à sombra das administrações de seus maridos, chefes do poder executivo local), enquanto preparam o primeiro encontro de ex-primeiras damas. O texto tragicómico, não só é inteligente, mas venal quando o assunto é político para reflectir os velhos costumes da sociedade brasileira de política fisiológica, nepética e de cultura de prevaricação. A peça é de entretenimento e crítica reflexiva ilustrada à cena distanciada, sendo de linguagem de comédia política absurda e é um inventário popular da política piauiense, que não deixa de ser a brasileira, nos últimos 50 anos, onde espectadores identificarão situações vividas pela sociedade.
Uma das mais internacionais companhias de teatro do Nordeste Brasileiro, pela primeira vez no FITCM.
Autor: ARIMATAN MARTINS Tradução: AVELINO GONZÁLEZ Interpretação: FRANCISCO PELLÉ MARIA FRANCISCA, FRANCISCO DE CASTRO MARIA DE CASTRO, FERNANDO FREITAS MARIA FERNANDA, EMANUEL DE ANDRADE D, NÉ, ZÉ E ENFERMEIRO Iluminação: ASSAÍ CAMPELO Sonoplastia: MÁRCIO BRYTHO
Conversa com homem roupeiro
Companhia de Teatro de Braga (PT)
50 Minutos I M/12
Diz-nos Rui Madeira que nesta peça estamos quase no fim ou no fim mesmo do caminho. A disponibilidade para a Luta já terminou. A conversa inicia-se depois da batalha perdida e com o personagem assumidamente derrotado. Exausto. Já não come, não se veste, não paga a renda, não ousa sairá bate punhetas. É um número. Cabe num qualquer ficheiro, em qualquer armário. Está disponível para se entregar e ser manipulado. A quem e por quem? Ao e pelo Estado, claro! Através dum humor requintadamente negro, McEwan instala o personagem numa perspectiva paradigmática e perversa. A máxima responsabilização do Estado no momento exacto em que esse mesmo Estado se demite das suas funções perante o cidadão. Pela primeira vez no FITCM esta grande companhia portuguesa, com um texto ideal para os nossos dias.
Autor: IAN MCEWAN Adaptação: LUÍSA SANTOS COSTA Interpretação: ANDRÉ LAIRES, RUI MADEIRA Desenho de luz: FRED ROMPANTE Criação de ambiente sonoro: PEDRO PINTO Técnico de som e de vídeo: JOÃO CHELO Técnico de operação de luz: VICENTE MAGALHÃES Director de montagem: FERNANDO GOMES
Vegitales (animação teatral de rua)
Maribondo (AL/PT)
20 Minutos
Mui veneráveis damas e gentis-homens, oiçam e deixem-se encantar com a demanda do Rei Cabação na procura do pretendente certo para a sua filha, a princesa Alfacinha. Uma história de amor, crime, alegria, tristeza, tristeza profunda, intriga, fúria.
Encenação e Interpretação: DETLEF SCHAFFT E EVA CABRAL
Os três capitães
Filipe Crawford Produções (PT)
100 Minutos I M/12
Três Capitães encontram-se no século XVIII e apresentam-se ao público, competindo pela sua atenção e narrando as suas proezas. Um Capitão português, que representa os grandes navegadores e descobridores portugueses, contrata um Capitão alemão, com problemas de dupla personalidade e um Capitão espanhol, cantador e conquistador de mulheres, para uma expedição marítima. Transportados numa misteriosa viagem temporal para a nossa actualidade, desembarcam no Terreiro do Paço durante uma manifestação do 1º de Maio. São então tomados como os salvadores da pátria, uma nova Tróica que vem salvar Portugal.
O melhor da Commedia dell`Arte e Filipe Crawford de novo no FITCM.
Autoria: CRIAÇÃO COLECTIVA Dramaturgia, direcção e encenação: FILIPE CRAWFORD Assistência de encenação: ANA PERES Actores: CARLOS PEREIRA, FERNANDO CUNHA E PEDRO LUZINDRO Música: CRIAÇÃO COLECTIVA COM DIRECÇÃO DE PEDRO LUZINDRO Máscaras: NUNO PINO CUSTÓDIO Direcção Técnica: SÉRGIO MELO Cenário: MISS SUZIE & NICO GUEDES
O show do ano com Bruno Mota
Ass. S. Pedro / Fernando Calvozo (PT)
60 Minutos I M/12
Microfone, pedestal e um foco de luz, só isso basta para Bruno Motta apresentar um espectáculo com risadas incessantes do começo ao fim. É essa a essência da comédia stand up, género que se tornou febre no Brasil, apresentada aqui por um dos principais responsáveis por sua força no país. Um dos mais premiados humoristas da actualidade, fenómeno na Internet com mais de 30 milhões de acessos em seus vídeos e apresentador de um dos maiores sucessos da web - o "Improvável", da Cia. Barbixas. No espectáculo há uma participação especial em vídeo de Dani Calabresa, que abre o show com uma de suas mais famosas personagens.
Pela primeira vez no FITCM o grande humorista brasileiro Bruno Mota.
Interpretação: BRUNO MOTA
Clowntamination
Rudi Dudi (BE/ES)
45 Minutos I M/4
“O Homem Mais Forte do Mundo”, ás vezes terno e inseguro, outras românticas e atrevido, tenta romper com a normalidade jogando com o absurdo. Com a sua arte sedutora consegue alcançar um publico sem limite de idade, convidando-o a participar e a ajudar no impossível, conseguindo que o espectador “perca” a noção do tempo e “ganhe” um sorriso. Um espectáculo dinâmico e interactivo.
Pela primeira vez na Maia o Clown Belga Rudi Dudi.
Direcção e Interpretação: RUDIE VANMINSEL
Pautini e Paunitella (animação teatral de rua)
Maribondo (AL/PT)
20 Minutos
Duas personagens cómicas multi-instrumentalistas deambulam pelo público com os seus curiosos instrumentos. Números extraordinários!
Saxofone a 4 mãos, sinos de vaca e sacos de papel, fado gargarejado e Mozart é regafone... Musicalíssimo!!
Encenação e Interpretação: DETLEF SCHAFFT E EVA CABRAL
The Best
Mimirichi (UCRÂNIA)
80 Minutos I M/12
Um dos grupos mais importantes de teatro da Ucrânia e Rússia, que trabalham o género das artes cénicas mais antigas, a arte do 'clown' e pantomima.
THE BEST utiliza o plástico transparente e papel para mostrar a sua filosofia, como uma experiência de pura alegria, através de “palhaçadas”, música, pantomima e improvisação. Nos diferentes festivais internacionais onde participou, a crítica definiu-os como uma “troupe” de anarco-clowns, e o seu espectáculo como comedia melancólica-caótica.
Premiada em vários festivais nacionais e internacionais, volta à Maia para repetir o seu estrondoso êxito de há três anos.
Autor: GONZALEZ LOBO A.J Director: GONSALES TETIANA Interpretação: ROSTISLAV TARABAN, IGOR IVASHCHENKO, PAVEL KOMAROV, ANDRES GONZALEZ LOBO Técnica: DEMIAN PROKHORENKO
Decameron
Abrapalabra /Cândido Pazó (Galiza, ES)
85 Minutos I M/12
Um monólogo directo e dinâmico a partir de um clássico universal. De forte e aguda comicidade, ideal para tempos ruins, onde o exercício catártico do riso e mais necessário que nunca. Uma forma hibrida, teatro e narração oral onde se combina e optimiza a perícia do actor/narrador nesses dois âmbitos de comunicação cénica, satisfazendo todo o tipo de públicos, num viçoso encontro entre o culto e o popular. Um espectáculo explosivo porque actor e espectador estão em contínua conexão num discurso irónico e com um ritmo trepidante.
Pela primeira vez em palco na Maia, Cândido Pazó um dos mais brilhantes teatreiros galegos com os famosos contos de Boccaccio.
Texto: GIOVANNI BOCCACCIO Adaptação, Direcção e Cómico-Narrador: CÂNDIDO PAZÓ Composição e Direcção Musical: MANUEL RIVEIRO Gravação Musical: HARRY C (VIOLA, VIOLÓN E MANDOLINA),MANUEL RIVEIRO (GUITARRAS, PERCURSSÃO, PIANO E PROGRAMAÇÃO) Cenografia e Figurinos: CARLOS ALONSO Iluminação: AFONSO CASTRO
EXPOSIÇÃO de ARTES PLÁSTICAS - 20 Setembro a 05 de Outubro
Maia, Cidade em Performance
Exposição multidisciplinar de artes plásticas onde serão apresentadas obras de 23 artistas do concelho da Maia
Inauguração: Dia 20 de Setembro, às 22h15.
Organização: Câmara Municipal da Maia
Produção e Direcção Artística: Teatro Art’Imagem
Director Artístico: José Leitão
Concepção e Direcção de Montagem: Pedro Carvalho
Coordenação de Produção: Daniela Pêgo
Equipa de Produção:
Produção Executiva: Sofia Leal; Sandra Sousa; Fábio Paiva; Micaela Barbosa; Ana Cortez; Inês Maio; Cláudia Silva; Inácio Barroso
Fotografia e Vídeo: Marcos Araújo, Sandra Sousa e Arquivo Fotográfico da Câmara Municipal da Maia
Equipa Técnica:
Coordenação: Wilma Moutinho
Técnicos de Luz: Bruno Santos, Luís Ribeiro e Rui Gonçalves
Técnicos de Som: Carlos Adolfo e Artur Pinheiro
Técnico Electricista: João Branco
Técnicos Maquinista: José Lopes
Apoio técnico e logístico dos Funcionários e Serviços da Câmara Municipal da Maia.