"A Eutanásia da Resignação ", a frase-slogan que enquadra esta 23ª edição do Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia, uma iniciativa do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Maia, produzida pelo Teatro Art’Imagem, sintetiza muito bem o grande propósito deste festival: usar o humor como arma poderosíssima ao serviço de uma cidadania não resignada, que recusa a apatia do comodismo e da insensibilidade social.
Assim, entre 5 e 14 de outubro de 2018, o Forum da Maia, pretende ser, através do presente Festival, um espaço de liberdade, de sentido crítico, de democracia plena, de reflexão estimulada e muito e bom riso.
Todas as edições do Festival têm tido momentos que se tornaram inesquecíveis para o seu vasto e fiel público. No entanto, pela sua programação, a 23ª edição do FITCM, será com toda a certeza, completamente inolvidável.
Vinte e cinco Companhias e artistas, nacionais e estrangeiros, com vários espectáculos absolutamente inéditos em Portugal, têm como missão garantir isso mesmo.
Esta edição traz, também, o regresso de Leo Bassi - o grande Leo Bassi – ao palco principal do Festival, o que nos faz antever uma dose gigantesca de mordacidade, de bom cinismo, de humor corrosivo e de provocação cívica, capaz de nos levar a rir como bandeiras despregadas, ao mesmo tempo que nos obriga a uma reflexão profunda sobre a condição humana e os seus desvarios.
Prestes a começar o 23º Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia, ansiamos já pelas descobertas que nos serão proporcionadas pelo 24º.
O Vereador do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Maia, Mário Nuno Alves de Sousa Neves
UM DIA SEM RIR É UM DIA MAL GASTO
Durante dez dias, de 5 a 14 de Outubro de 2018, decorre na Maia, como é habitual, a 23ª edição do Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia (FITCM), uma iniciativa da Câmara Municipal da Maia com direcção artística e produção do Teatro Art´Imagem.
Estrategicamente programado entre as férias de Verão e o recomeço da "vida normal de trabalho", este Festival, único no País que homenageia o Cómico nas suas múltiplas facetas e disciplinas teatrais, pretende contrariar, apesar das visíveis e trágicas alterações climáticas, as palavras shakespearianas de um "Outono do nosso descontentamento", apresentando 30 espectáculos em que o riso e o humor são o mote principal dos trabalhos artísticos programados, para que os espectadores não possam dizer, como num dito que li algures, que "o dia mais mal gasto de todos é aquele em que não nos rimos".
Para a edição deste ano foram convocados 25 companhias e artistas de vários países e nacionalidades, a maioria apresentando espectáculos inéditos em Portugal e entre eles estarão grupos já bem conhecidos dos espectadores, afinal um Festival é também uma teia de cumplicidades em que o público e os organizadores vão seguindo a trajectória dos que mais se distinguiram nos anos anteriores, bem como novos colectivos nacionais e estrangeiros que pela primeira vez pisarão os palcos do FITCM.
Serão apresentados 30 espectáculos de artistas e companhias estrangeiras de várias regiões de Espanha, da Galiza, Andaluzia, Leão e Castela, Madrid, de Itália, do Continente à Sicília, França e Inglaterra, de uma dupla luso-germânica e co-produções internacionais e de Portugal.
Desde textos dos grandes autores universais como Calderón de la Barca, Luís Benavente, Avellaneda, Hans Christian Andersen, o brasileiro Roberto Athyde e autores contemporâneos de diversas latitudes até espectáculos sem palavras se faz a programação deste Festival apresentando várias disciplinas teatrais, da comédia clássica, o cabaret, a farsa, o mimo e a pantomima, o novo circo e o teatro físico ou visual, marionetas, formas e objectos, à multi-comédia e à música-teatro e das novas modalidades que usam os meios audio-visuais e digitais, para celebrarem o jogo dos homens que é o Teatro em geral, um encontro vivo único e irrepetível vivido em comunidade.
Como saberão os mais atentos, anualmente este Festival escolhe um "slogan", uma espécie de "preocupação" pelo tempo que vivemos, aqui ou no Mundo. O deste ano "A Eutanásia da Resignação ". As palavras gregas "Eu (Boa)" mais "Thanatos (Morte)" foram traduzidas em português como Eutanásia, Boa Morte! Foi a escolhemos para a edição deste ano, já que ela é inevitável, que seja uma Morte Que Ri!
A edição deste ano terá alguns espectáculos com interpretação em Língua Gestual Portuguesa, o que torna o FITCM mais inclusivo e acessível a outros espectadores.
Um Bom Festival.
José Leitão, Director Artístico do FITCM