18 a 20 de Janeiro
MACLET, de Shakespeare - Monólogo, 1º andamento
Teatro Art'Imagem/Teatro do Morcego - Laboratório Oficina
A história de uma suspeita – semeada em terreno favorável por visitas espectrais, alucinações delirantes ou sonhos vocacionados para a reparação do mundo – a fazer o seu caminho até se converter, nas aragens mais altas de um tempo ainda talvez ainda de Deus, em questão derradeira dirigida à escolha suprema (“ser ou não ser”), à decisão final, ao julgamento do homem sobre a sua existência.
Texto: primeira parte de Maclet, de Shakespeare, tragédia construída por José Abreu Fonseca com textos de Macbeth e de Hamlet Encenação: José Abreu Fonseca e Pedro Bastos Dramaturgia e direção de ator: José Abreu Fonseca Interpretação: Pedro Bastos Desenho de luz e operação técnica de luz e som: Pedro de Carvalho Música instrumental (composição e interpretação): Alfredo Teixeira Vídeo: Pedro Bastos Figurino: Luísa Pinto Design do Programa e do Cartaz: André Rabaça Fotografia: Pedro Fausto Monteiro Produção: Sofia Leal e Daniela Pego Apoio à produção: José Lopes Direção artística do Teatro Art'Imagem: José Leitão Criação: Teatro Art'Imagem, com Teatro do Morcego–Laboratório Oficina
60 minutos I M/12
Uma adaptação dramatúrgica do texto de Mia Couto “MAR ME QUER” numa encenação em que os protagonistas Luarmina e Zeca num exercício entre a oralidade, bem à maneira africana, e a interpretação actoral, vão reviver factos e vidas dos seus antepassados, trazendo à memória e convocando os seus sonhos, numa viagem pelas águas do Fantástico Literário Miacoutiano.
A partir da obra: “Mar me Quer” de Mia Couto Dramaturgia e Encenação: Pedro Carvalho Interpretação: Flávio Hamilton, Pedro Carvalho e Neusa Fangueiro Ilustração, Cenografia, Figurinos e Adereços: Sandra Neves Desenho de Luz: Wilma Moutinho Sonoplastia e Desenho de Som: Pedro Lima Música: Rui Lima e Sérgio Martins Construção de Cenários: Sandra Neves e José Lopes Assistente de Ensaios: Rui Leitão Operação de Luz e Som: José Lopes Vídeo e Fotografia de Cena: Leonel Ranção Design Gráfico: Moodystudio Direcção de Produção: Sofia Leal Produção Executiva: Daniela Pêgo Assistente de Produção: Ana Teixeira Direcção Artística do Teatro Art'Imagem: José Leitão
60 minutos I M/12
No ano em que se comemora o nascimento de Sophia de Mello Breyner Andresen, queremos homenagear a autora com um espetáculo criado a partir de “A Floresta”. Enquanto nos sentimos “pequenos” o mundo ainda nos fascina e os ciclos da vida ainda são diários, próximos da natureza e inscritos na memória coletiva… a água (toda ela: na fonte, no lago, no rio ou no mar) lembra-nos sempre, talvez inconscientemente, o ventre materno, esse lugar mágico onde voámos por dentro do estado líquido. O sol, as flores, os animais, o dia e a noite nascem e morrem lembrando-nos que somos efémeros. Enquanto nos sentimos “pequenos” reinamos, fazendo de conta, e tudo tem a magia dos sonhos, lembrando-nos que a realidade é também o que imaginamos. É fascinante como Sophia escreve, no conto infantil “A Floresta” (1968), de uma maneira tão simples e tão bonita sobre a sua própria infância e sobre os “valores” em que acredita numa narrativa que, não deixando de ser simples e bonita, é riquíssima de imagens e cruza o imaginário de vários contos universais. O Trigo Limpo teatro ACERT, em “Para ti, Sophia”, construiu no palco um pequeno mundo habitado por três atores que se divertem “reinando” com as palavras da autora e contando esta sua história e acreditando sempre que as coisas extraordinárias e as coisas fantásticas também são verdadeiras.
Texto: a partir de “a floresta” de Sophia de Mello Breyner Andresen Dramaturgia e encenação: Pompeu José Assistência de encenação: Raquel Costa Interpretação: António Rebelo, Pedro Sousa e Sandra Santos Cenário e grafismo: Zé Tavares Música: Paulo Nuno Martins Figurinos: Adriana Ventura Desenho de Luz e Técnica: Paulo Neto Sonoplastia: Luís Viegas Produção: Marta Costa Fotografia: Carlos Teles Apoio à produção: Rui Coimbra
60 minutos I M/6
"Los Últimos Paganos" decorre nas terras imaginárias de Nivaria, na Hispânia romana do século V. Território pagão em guerra contra os bárbaros, ameaçado pelas ondas da cristianização. Durante a noite do funeral de Máximo - proprietário de uma grande villa - António, o seu mais fiel amigo, é introduzido a um conjunto de antigos ritos secretos, que o guiam a encontrar-se com Máximo no mundo dos mortos. Um encontro que dará resposta a todos os seus medos e incertezas.
Dramaturgia: Luís Díaz Viana e Agustín Iglesias Direção: Magda Gª-Arenal Interpretação: Agustín Iglesias e Asunción Sanz Cenografía: Damián Galán Figurinos: Maite Álvarez Desenho de Luz: Agustín Iglesias Realização de Vídeo: Nuria Prieto
60 minutos I M/6
Espectáculo inserido no
Circuito Ibérico de Artes Cénicas
Paris ocupada pelos alemães. A Gestapo “quer” uma obra de Picasso para uma “vernissage”. Picasso é levado para um bunker onde conhece uma atraente loura que está ali em missão secreta: obter a autenticação de Picasso em, pelo menos, um de três autorretratos do artista. Depois de uma apaixonante esgrima verbal entre o artista e a agente, Picasso acaba por assumir os três desenhos, de diferentes períodos da sua vida. Feliz pela missão cumprida e pelo desenrolar da relação entre eles, Fraulein Ficher convida Picasso a sair dali com ela e o pintor indaga onde e quando ocorrerá a exposição? Pela resposta evasiva percebe que se trata afinal de uma manifestação nazi onde se queimarão obras de “arte degenerada.
Autor: Jeffrey Hatcher Encenação e espaço cénico: Eduardo Tolentino de Araújo Com: Rui Madeira e Solange Sá Figurinos: Manuela Bronze Ambiente sonoro: Pedro Pinto Criação vídeo: Frederico Bustorff Desenho de luz: Antonio Simón Design gráfico e fotografia: Paulo Nogueira
60 minutos I M/14
Agora – porque não existem dúvidas quanto ao momento, embora a passagem das horas tende a contribuir para o dissimular – Orlando vive. Não como homem ou mulher, como obra literária, como a tinta ou o papel que a suporta, como a madeira do qual foi prensado, como árvore da qual foi cortada, como flor que dela desabrochou, como fruto por ela fecundado, como pessoa que o colheu, como semente por ela plantado, como terra que lhe oferece a fertilidade, como frio e chuva que a alimenta para que de uma nova vida desponte um rebento.
Texto: a partir de Virgínia Woolf Adaptação, Dramaturgia e Encenação: Eduardo Dias; Interpretação: Eunice Correia e Eduardo Dias; Direção de actores e Desenho de luz: José Maria Dias; Figurinos e Ilustração: Zé Nova; Vídeo: Leonardo Silva e Hugo Andrade; Sonoplastia: Emídio Buchinho; Design de Comunicação: Carlos Pereira; Execução de Cenografia: José Ramalho, a partir de conceito de Eduardo Dias; Assistência de Encenação e Fotografia: Leonardo Silva; Produção: Graziela Dias e Patrícia Paixão; Agradecimentos: Falcoaria Lusitana, Falcoaria Real, Eunice Correia e Equipa do Fórum Municipal Luísa Todi.
60 minutos I M/16
Eco, Oikos, casa: O planeta, nossa casa, nosso abrigo, grita por socorro. O desequilíbrio causado pelo modo de vida do homem está deixar o planeta em perigo. É urgente navegar à procura de soluções que voltem a equilibrar a vida de todos os seres. Numa viagem à procura de respostas para as alterações climáticas, a poluição extrema dos solos e dos oceanos, a escassez de água e a extinção de milhares de espécies de plantas e animais, percorremos a terra e olharemos para ela como a casa mãe onde todos devem viver de mãos dadas. Um espetáculo de sensibilização para os problemas do nosso planeta pleno de perguntas mas também pleno de magia e esperança.
Encenação: Eduardo Faria Criação colectiva pela Companhia Certa da Varazim Teatro Pesquisa Apoio dramaturgia: Joana Soares Interpretação: Ana Lídia Pereira, Diogo Martins e Joana Soares Música original: Paulo Lemos
70 minutos I M/14
22 a 25 de Maio
MACLET, de Shakespeare – Peça Coral
Art'Imagem/Teatro Morcego – Laboratório Oficina (Maia/Coimbra)
Maclet, de Shakespeare é uma peça teatral resultante de uma colagem de fragmentos de Macbeth e de Hamlet. As palavras que destina aos atores são da autoria exclusiva de Shakespeare. Elocução coral, pois, do que diz Maclet. Mas também do que, por alucinação ou escuta, Maclet, ouve dizer: ao espetro do rei morto seu pai, ao seu tio rei posto, a augúrios, à voz ocasional que lhe anuncia a morte. Em cena, ações físicas dançantes, ações vocais permeáveis à música e ações verbais de pura poesia. Ações corais coreografadas e expressividades atuantes de movimento e voz com poesia dentro. Desempenhos impregnados de dramaticidade, tragédia… e vontade de rir. Resolve Maclet, com a potência moral Hamlet, o delírio homicida e persecutório de Macbeth; e, com o instinto Macbeth, a sombra Hamlet que o imobiliza. Dentro de si mesmo evolui e conflitua, alucinando sem crime e agindo sem culpa, reclamando a certeza do olhar divino e o rigor da sua lâmina pura, mas desferindo de olhos vendados, com braço de carne e aço imperfeito, golpes de espada falíveis guiados por razões da sageza humana.
Texto (dito ou cantado em cena): William Shakespeare (de Hamlet e Macbeth) Dramaturgia e Encenação: José Abreu Fonseca Assistência de ensaios: Samuel Pascoal Atuação: (desempenhos presentes) Carlos Martins, Flávio Hamilton e Pedro Carvalho, (desempenho prévio, integrado) Pedro Bastos, (voz off) José Abreu Fonseca, (cantigasfrase) Carlos Martins, José Abreu Fonseca, Pedro Bastos e Káká Direção de atores: José Abreu Fonseca Cenografia: Guilherme Fonseca (projeto e maquete do cenário e do palco) Construção: Carlos Martins, Vítor Sousa e José Lopes Figurinos: Luísa Pinto Desenho de luz: Pedro Carvalho Música original: Alfredo Teixeira Vídeo: André Rabaça Operação técnica (luz, som e vídeo): André Rabaça Direção técnica e de montagem cénica: Pedro Carvalho Cartaz, capa e contracapa do programa: Guilherme Fonseca Fotografias: (do programa) André Rabaça, Guilherme Fonseca, Carlos Martins, Nicas Mesquita; (de cena) Nuno Ribeiro. Design: Tiago Dias Produção: Sofia Leal e Daniela Pêgo Direção Artística do Teatro Art’Imagem: José Leitão
60 Minutos I M/6
Trata do encontro improvável (?) de dois homens que se cruzaram em dado momento das suas vidas, num dado lugar, na mesma circunstância, mas em papéis opostos. Eram então ambos jovens; conheceram-se no António Maria Cardoso; um era PIDE, outro activista político; um era o torturador, outro foi o torturado. A narrativa desenvolve-se em três momentos: os dois primeiros são formalmente idênticos - dois monólogos interiores; quanto ao terceiro momento, que trata do reencontro de ambos, este apresenta-se sob a forma dramática
Autor: José Martins; Encenação e Dramaturgia: Luís Vicente; Assistente de encenação: Sara Mendes Vicente; Intérpretes: Luís Vicente e Pedro Monteiro; Espaço Cénico e Figurinos: Luís Vicente, Octávio Oliveira e Sara Mendes Vicente; Adereços: Tó Quintas; Desenho e operação de Luz: Octávio Oliveira; Desenho e operação de Som: Diogo Aleixo; Multimédia: João Franck; Grafismo e fotografia: Rita Merlin; Produção Executiva: Elisabete Martins.
60 Minutos I M/6
“Um problema (muito) enorme” de Álvaro Magalhães é o segundo espetáculo – o primeiro foi “O Lugar desconhecido” - do díptico que o Pé de Vento dedica aos “Contos da Mata dos Medos”. “Um problema (muito) enorme" é um dos contos de "A Mata dos Medos", livro que Álvaro Magalhães começou a escrever quando decidiu relatar as aventuras de uma comunidade de pequenos animais – o ouriço, o coelho, a toupeira, o chapim, o caracol – entre outros habitantes dessa misteriosa “mata dos medos”. Com estes contos, Álvaro Magalhães inscreve-se numa longa tradição literária que dá voz e protagonismo aos animais. A fábula, composição literária breve, em prosa ou versos, tem como personagens animais que apresentam, além da faculdade da fala, características antropomórficas. A proximidade que se cria com o mundo dos homens confere à história uma finalidade educativa mais ou menos explícita. De Esopo a La Fontaine, que atribuiu ao género a capacidade milagrosa de resistir ao tempo, as fábulas cumprem a função de criticar os costumes e corrigir os defeitos humanos. Este conto traz de volta o tempo em que os animais falavam, para que a sua voz se torne audível no nosso presente e restabeleça a harmonia primordial. Num cenário de solidariedade universal, as personagens desta história apresentam-se como seres ingénuos, ainda não “corrompidos” pelos códigos normativos de uma sociedade repressiva e desigual. Contar as suas histórias é, também, contar a sua própria história, uma vez que ela é, acima de tudo, a Natureza-Mãe, isto é, a matriz de onde a vida perpetuamente brota.
Texto: Álvaro Magalhães Dramaturgia e Encenação: João Luiz Espaço cénico: João Luiz, Rui Azevedo, Susanne Rösler Música: Pedro Junqueira Maia Figurino: Susanne Rösler Ilustração e Design Gráfico: Pedro Pires Interpretação: Anabela Nóbrega Construção: Rui Azevedo Difusão: Joana Gonçalves Assessoria de imprensa: Sónia Rodrigues Agradecimento: José Leitão e equipa de Teatro Art’Imagem
90 Minutos
Sonho de Uma Noite na Caverneira é um espectáculo comunitário que conta as estórias da história do Concelho da Maia. Uma peça que fala dos actos de pessoas comuns que fizeram essa história. Juntos faremos uma viagem no tempo percorrendo épocas e atravessando acontecimentos reais e fictícios. Essa quer-se atribulada, recheada de música, movimento, dança, jogo dramático e vida. Procuramos a identidade do concelho na voz e corpo de quem dele faz hoje parte.
Pesquisa Histórica: Olinda Santana Dramaturgia e Encenação: Daniela Pêgo Interpretação: Ana Catarina Alves, Ana Gomes, Ana Isabel António, Beatriz Vieira, Beatriz Marinho, Carolina Filipa Silva, Carolina Liberal, Daniela Costa,Fernanda Costa, Hélder Teixeira, Helena Almeida, Inês Fonseca, Inês da Costa Silva, Jacinta Pereira, Joaquim Liberal, José Pimenta, Leonor Fonseca, Pedro Carvalho, Raquel Moura, Rita Barbosa, Sara da Costa Silva, Sara Faustino, Sara Filipa Matos Silva, Sofia Cardoso Direcção Musical: Sónia André Direcção de Movimento: Ana Lígia Vieira Desenho de Luz: André Rabaça Espaço Cénico, Adereços e Figurinos: José Lopes, Daniela Pêgo, Sofia Leal e Sónia André Direcção de Produção: Sofia Leal Apoio à Produção: Ana Teixeira, Flávio Hamilton, José Lopes, Bruno Maia, Carla Félix Fotografia: Nuno Ribeiro Participação Especial: Pedro Carvalho (actor do Teatro Art´Imagem), Conservatório de Música da Maia e Grupo de Teatro Pé no Charco
Direcção Artística do Teatro Art'Imagem:
José Leitão
Um rapazinho, com o nome Pedro, vivia com o seu avô numa aldeia de uma serra no interior do país. O seu avô tinha uma profissão muito bonita – Pastor – e ensinou tudo que sabia sobre a sua profissão ao seu neto. O Pedro é um rapaz igual aos outros, gosta de brincar como os outros meninos, embora não tenha muitos meninos para brincar com ele, brinca com amigos especiais - os animais do campo. Um dia perto de um local onde trabalhavam uns camponeses, resolveu brincar com as pessoas crescidas. As pessoas crescidas são diferentes das crianças e por isso não entendem as brincadeiras das crianças. No final da estória, o Pedro apanha um grande susto e com isso aprende uma lição: mentir é perigoso.
Texto e Encenação e Interpretação: Nuno Correia Pinto Marionetas: Jorge Cerqueira Montagem: Luiz Quaresma Luz e Som: Luiz Quaresma Produção: Cláudia Alves Secretaria de Direção e Produção: Cristina Costa Ilustração: Nuno Correia Pinto
50 Minutos I M/3
Bastou um piscar de olhos, para que o tempo passasse. Para que o dia terminasse. Para que um ano decorresse. Ai tempo que passas rápido demais! Agora, a vida não corre. Voa. Pára. Espera. Olha para o relógio e percebe que os ponteiros se movem para o mesmo lado e sempre na mesma velocidade. Assim como as semanas ainda têm o mesmo número de dias, e um ano os mesmos doze meses. Esta impressão (quase aflição) que temos hoje, de que o tempo voa, é na verdade uma sensação causada pelo curto tempo que temos para nós mesmos. Uma epidemia dos nossos dias. “Alcançamos mais anos de vida, mas temos menos tempo para viver”. Esqueçam a água, o petróleo e o dinheiro. Este século mostra-nos um novo recurso valiosíssimo e desejado por todos. O nosso tempo. O tempo tornou-se uma mercadoria altamente lucrativa. O relógio assumiu o controlo do nosso trabalho, mas também das nossas vidas. Como reivindicar o domínio deste recurso tão precioso, mas finito?
Direcção/Concepção/Coreografia:
Ana Lígia Vieira e Renato Vieira
Interpretação:
Alunos do ESTÚDIO B
A proposta nasce da iniciativa de transcender como limitações de tempo-espaço que nos ligam para podermos possibilitar ou trabalhar com Rosa Romero, criadora de Cádiz, como resultado das primeiras propostas começamos a pensar mais profundamente no espaço e no tempo e não podemos evitar pensar num gênero poético que enfoca a arte de não discutir esse conceito, ou Haiku, e pensar sobre este gênero poético levou-nos directamente para Helena Villar Janeiro, escritora e encenadora galega com uma maravilhosa produção de haikus. Irene e Álex aprofundam nesta proposta a linguagem corporal e cênica, sem mais comunicação directa, com um toque de técnica, com sensibilidade natural. Uma conversa entre a textura e a luz que atinge o calor no olhar e alude aos sentidos.
Direcção de cena e Dramaturgia: Irene Moreira Interpretação: Álex Sobrino e Rossa Fontao Desenho tecnológico e iluminação: Álex Sobrino Haikus de Helena Villar Janeiro procedentes de “Poesía mínima/Minimal Poetry” (Alvarellos, 2018) e do blogue “Tirar do fío” Espaço Sonoro: Irene Moreira
60 Minutos I M/12
Dois seres, de humanidade duvidosa, transportam consigo tudo o que precisam para sobreviver, numa relação equilibrada mas desigual. Um manda, o outro obedece. E assim continuariam, em direção a lado nenhum, não fosse o aparecimento de um terceiro que vem baralhar as contas. E que, apesar das suas intenções igualmente duvidosas, acaba por perturbar o equilíbrio e pôr a nu o lado cinzento, individualista e destrutivo desta relação. De metáfora em metáfora, Escória fala de respeito, de empatia e de esperança numa Humanidade que também tem um lado doce, construtivo e colorido.
Criação: coletiva Encenação e Dramaturgia: Filipe Seixas; Interpretação: Ana Bárbara Soares, Joana Saraiva e Marisela Terra; Apoio à construção do cenário: Nuno Borda de Água; Apoio ao movimento: Bárbara Faustino; Rítmica: Ariel Rodriguez; Fotografia: Rui Cambraia/caMpo Vídeo VideoPlanos, Produções Audiovisuais, Lda.; Design gráfico: Ana Rodrigues/Plano Analógico e Baal17; Direção de produção: Sandra Serra; Produção executiva: Hugo Fernandes; Gestão: Rui Ramos.
50 Minutos I M/6
O primeiro astronauta que pisou a Lua, Neil Armstrong, entre o sonho e um relato de memórias consigo próprio faz introduzir em cena os protagonistas dos principais modelos criados para o Sistema Solar: Ptolomeu, Copérnico, Galileu, Newton e Einstein.
Texto e Encenação: Castro Guedes; Interpretação: António Rodrigues; Interpretes vídeos: Afonso Guerreiro, Bibi Gomes, Fernando Jorge Lopes, Jaime Soares, Karas, Marco Mendes, Rui Cerveira; Cenário: Fernando Jorge Lopes, Daniel Verdades; Assistente de Encenação: Josefina Correia; Desenho de Luz: Daniel Verdades; Construção e Montagem: Celestino Verdades, Daniel Verdades, Maria João Montenegro; Adereços em fibra de vidro: Maria Ribeiro; Adereços e Maquilhagem: Maria João Montenegro; Sonoplastia: António Rodrigues; Figurinos: Fernando Jorge Lopes, Josefina Correia; Vídeos de Cena: António Rodrigues; Fotografia: Luís Aniceto; Grafismo: P2F atelier; Vídeo Promocional: António Rodrigues; Direção de Produção: Sofia Oliveira; Assistência de Produção: Paula Almeida; Comunicação e Assessoria de Imprensa: Nádia Santos; Promoção: Victor Pinto Ângelo;
50 Minutos I M/12
Aquando da nossa indepência em 1640, com a redefinição das nossas fronteiras, a pesca no rio Minho gerou questiúnculas entre galegos e portugueses. Isso deu tema e conteúdo ao “Entremés Famoso sobre da pesca do Rio Minho”, primeiro texto da literatura dramática galega. Nessa peça, o português era um fidalgote egoísta fanfarrão e arrogante que era combatido com sucesso pelos labregos paroquianos de Tuy. Este nosso “Entremezes” é como uma resposta jocosa, a olhar com ternura e simpatia para os descendentes desses galegos separados de nós pela mesma língua. Fomos separados por fronteiras políticas. Não culturais nem geográficas. Ainda existe em Portugal memória do Couto Misto (Mixto para os galegos). Trata-se de um pequeno enclave, formado por quatro aldeias vizinhas, a norte de Chaves, que durou como república independente durante séculos. No século XX, Portugal e Castela, perdão, Espanha resolveram incorporar aquele território nos respetivos países. A alienação e novo desenho das fronteiras mútuas deram, por exemplo como resultado, a separação de uma casa a meio. Esse facto deu tema e conteúdo a parte do nosso “Entremezes”.
Texto, encenação e cenografia: José Carretas Figurinos: Margarida Wellenkamp Música original: Telmo Marques Desenho de luz: Hâmbar de Sousa Operação de luz e som: Luca Fernandes Confeção de figurinos: Alfaiataria Juvenal e Lucinda Silva Carpintaria: Ivo Cunha Cartaz: Luís Mouro Fotografia de cartaz: Fernando Landeira Direção de produção: Fernando Sena Produção: Celina Gonçalves Interpretação: Fernando Landeira, Hâmbar de Sousa, Sílvia Morais, Susana Gouveia e Tiago Moreira
60 Minutos I M/6
As palavras a dizer em cena são suas. Texto seu, portanto, mas que também o não é, pois tendo-o escrito, não foi assim (para teatro) que o escreveu. Um sonhador perpétuo não consegue parar de pensar e caminha incessantemente pelas noites e ruas de um espaço que na realidade não existe (S. Petersburgo no romance), sendo contagiado pelas emoções das pessoas que contacta. Vê Nastenka chorando numa ponte sobre o rio Nieva, prossegue, ela grita, volta e salva-a. Conta-lhe então Nastenka, precisamente no dia previsto para reencontrar o seu amor, que está presa à saia da avó por um alfinete. Mas a vida dele, sonhador perpétuo, acaba de manhã. Texto para duas personagens, Nastenka e Sem Nome (nem vida na realidade) e dois atores, Margarida Carvalho e Flávio Hamilton. A voz de Sem Nome e a elocução das palavras que diz serão de um pensamento fantasmático, fechado, de confrontação interior com as casas, as ruas, as pessoas. Num registo genuíno de verdade a aferir face à dimensão poética e de sonho dos seus signos, e não perante os cânones realistas da comunicação pragmática. A sombra e o silêncio emergirão como elementos de contracena que povoarão a narrativa.
Texto: Fiódor Dostoiévski Tradução: Nina Guerra e Filipe Guerra Dramaturgia e Encenação: Pedro Carvalho Assistência de Encenação: Samuel Pascoal Interpretação: Carina Ferrão e Flávio Hamilton Cenografia, Figurinos e Imagem de Cartaz: Marta Silva Criação Musical e Sonoplastia: Carlos Adolfo Desenho de Luz: Pedro Carvalho Execução Cenográfica: Marta Silva e José Lopes Apoio Fundo Teatral Art’Imagem/C.M.M: Micaela Barbosa e José Pedro Pereira Fotografia: Nuno Ribeiro Vídeo Promocional: André Rabaça Design Gráfico: Tiago Dias Produção: Sofia Leal e Daniela Pêgo Direção Artística do Teatro Art’Imagem: José Leitão
60 Minutos I M/6
“Sigue la Tormenta” [“A tempestade continua”], do dramaturgo francês Enzo Cormann. Tanto a encenação de Cristina Yañez como as interpretações de Miguel Pardo e Mariano Anós têm sido altamente elogiadas pela crítica e pelo público. Nathan Goldring, encenador de sucesso, quer montar o “Rei Lear”, de Shakespeare, num conhecido teatro de Berlim. Para o convidar para interpretar o protagonista, visita Theo Steiner, um actor reformado, desaparecido há 25 anos. Steiner vive solitário numa remota quinta, na Borgonha francesa. Neste encontro, realizado sob uma grande tempestade, os dois homens iniciarão uma viagem vital e essencial que nos revelará alguns episódios do passado de Steiner e do presente de Goldring. Uma viagem profunda que, tal como o “Lear”, questiona a verdadeira essência da alma humana. “O inferno está vazio e todos os demónios estão aqui” A obra fala sobre o ser humano. Faz-nos questionar sobre a responsabilidade individual e colectiva, a falsa inocência, a banalidade do mal e o silêncio cúmplice. Sobre a rapidez com que esquecemos aquilo que não quisemos saber. E fala também do sentido da arte em geral e do teatro em particular na sociedade em que vivem, porque, como diz o seu autor, “o teatro é uma muralha contra a barbárie”.
Autor: Enzo Cormann Direcção: Cristina Yañez Interpretação: Mariano Anós (Theo Steiner) e Daniel Martos (Nathan Goldring)
Espectáculo inserido no Circuito Ibérico de Artes Cénicas
“O Nata Lux” é o segundo álbum de Origo Ensemble dedicado totalmente à época natalícia. O ensemble dedica já desde 2016 especial atenção a esta época fazendo uma pequena digressão com repertório específico. O repertório medieval e renascentista de natal é vasto e rico em lendas e estórias místicas pertencentes ao folclore europeu onde o profano e o sagrado se encontram. Todas as cantigas contam com arranjos de uma subtil modernidade para cinco a seis vozes e instrumentos de percussão, violino e oboé, mantendo, no entanto, intrínseca a imagem sonora de outros tempos. O ensemble apresenta um concerto onde a ‘Voz’ é a protagonista e a instrumentalização cada vez se faz mais presente.
Composição, Arranjos, Direção Artística:
Sónia André
Interpretes: Voz Contralto e Percussão:
Sónia André
Voz Contralto, Oboé, Gaita de Fole, Gralha, Flautas e Percussão:
Patrícia Ramos
Voz Contralto:
Raquel Lima
Voz Soprano, Flauta Alto e Percussão:
Ana Margarida Laranjeira
Voz Soprano e Violino:
Sofia Macaia
Percussão:
Diana Silva
Desenho de Luz:
André Rabaça
O primeiro espetáculo de um tríptico teatral denominado "IDENTIFICAÇÃO DE UM (O MEU!) PAÍS" sobre a vida em Portugal nos últimos 70 anos, de 1945 até aos nossos dias. Esta primeira abordagem, a estrear em 2017, abarca o período que vai de 1945, ano em que terminou a Segunda Guerra Mundial e em que nasceu a personagem, um homem que dá testemunho de como foi viver em Portugal nesses tempos, até à manhã do 25 de Abril de 1974. Um olhar muito pessoal, uma revisitação, uma retrospetiva do quotidiano da(s) vida(s) de um português e dos portugueses, através de alguém que, intervindo ativamente na vida política, social e cultural do nosso país, interpreta com os olhos de hoje, as suas vivências pessoais e os acontecimentos nacionais e globais que o marcaram como pessoa e nos marcaram como povo. Como o poeta, diz a personagem, VIVER PARA CONTAR. Histórias, uma verdadeiras (ou mais ou menos) outras inventadas do seu pequeno mundo, próprias, da sua família ou dos seus vizinhos da ilha do Porto em que habitou durante a sua infância e juventude, misturadas com a vida das personagens e heróis que conheceu nos seus primeiros livros e filmes, na telefonia onde o mundo (ainda que censurado) entrava em sua casa, a primeira que teve um rádio em todo o bairro, antes do aparecimento da televisão que o apanhou já rapazote, das notícias e acontecimentos que diariamente acompanhava pelos jornais e as longas conversas com os outros que lhe contavam o mundo
Texto, Dramaturgia, Direção e Encenação: José Leitão; Assistência de Encenação: Daniela Pêgo Interpretação: Flávio Hamilton, Inês Marques, Luís Duarte Moreira, Patrícia Garcez e Susana Paiva; Direção Técnica, Desenho de Luz e Vídeo: André Rabaça; Direção de Movimento: Costanza Givone e Daniela Cruz; Figurinos: Luísa Pinto; Espaço Cénico: José Leitão e José Lopes; Música: Pedro "Peixe" Cardoso; Fotografia: Paulo Pimenta; Produção: Sofia Leal e Daniela Pêgo
90 minutos I M/12
“Acorda, acorda, há uma revolução”. É assim que José M. toma conhecimento do movimento militar desencadeado na madrugada do 25 de Abril. A sua resposta, ainda ensonada, parece insólita. “Deixa-me dormir, pá, não me chateies!” Pelo palco e plateia passarão os dias da descoberta e da alegria de “o povo unido jamais será vencido”, do inesperado e inesquecível primeiro de Maio, a evocação de um tempo de deslumbramento e esperança em que “Nunca Portugal foi tão feliz”. Tudo era então possível quando “o sonho comanda a vida” ainda que, depois da bela aurora e ao finar o dia primeiro, as lágrimas voltassem a aflorar os rostos desta “gente feliz” chorando os últimos mortos, nas horas amargas que Lisboa viveu junto à PIDE, quando se conquistava a nova cidade de mãos dadas com os jovens capitães, ao serviço do povo. A morte voltava a sair à rua, agora num dia sim, o dia da libertação. Recordaremos a cidade do Porto nos primeiros dias de festa e luta com o povo na rua, ajudando a determinar o carácter revolucionário que tomou o levantamento militar, neutralizando as forças que ainda resistiam à mudança.
Texto, Dramaturgia e Encenação: José Leitão Assistência de Encenação: Daniela Pêgo Interpretação: Daniela Pêgo, Susana Paiva, Patrícia Garcez e Luís Duarte Moreira Participação em Vídeo: Flávio Hamilton e Inês Marques Direcção musical: Rui David Figurinos: Luísa Pinto Apoio ao Movimento: Constanza Givone Direcção Técnica, Desenho de Luz e Vídeo: André Rabaça Direcção de Produçã: Sofia Leal Apoio à Produção: Ana Teixeira e Sónia André Fotografia: Paulo Pimenta Design Gráfico: Sofia Carvalho
90 minutos I M/12
Tenho duas casas, duas mamãs, dois papás, dois bolos, e uma família enorme… Uma história sobre as famílias que nem sempre foram a mesma coisa. A família é plural, e a diversidade é uma marca da modernidade. Esta é a verdade, quer o desejemos ou não. O que importa é que as pessoas se sintam bem na sua família e com os que a ela pertencem. A família é hoje este espaço de afetos onde nos sentimos confortáveis e, enquanto assim for, aquilo que a família é será sempre definido pela forma como nos sentimos nela. Nesta história dinâmica, cheia de afetos, uma criança coloca questões do nosso tempo. Um espetáculo de teatro com marionetas, sombras, sem medo e sem preconceitos...
Direcção e texto:
Pedro Saraiva
Interpretação:
Cátia Lopes e João Amorim
Música:
Daily Misconceptions
Voz gravada:
Leonor Saraiva Brandão
Cenografia:
Elsa Martinho, Vitor Moreira, Luís Fausto e Pedro Saraiva
Fotografia de cena e vídeo:
Mário Costa
Ilustração e design
Anabela Dias
Produção
imaginar do gigante
Funde a emergente vontade de criar, com a de revelar jovens intérpretes e coreógrafos. Transformando um trabalho de dois… em um. Dois coreógrafos, duas temáticas, dois momentos em um só espaço.
Concepção e Coreografia: Ana Ligia Vieira e Renato Vieira
60 minutosI M/3