Programação Regular de Teatro da Quinta da Caverneira - 2020

11 de Janeiro

Rottweiler

Teatro do Noroeste – CDV  (Viana do Castelo)

Fake-news. Em português, notícias falsas. Afinal, para que serve uma notícia verdadeira? Uma mentira pode ser difundida como sendo verdade para todo o mundo e para milhões de pessoas, de forma instantânea. O próprio termo mentira tornou-se politicamente incorreto, mediaticamente proibido, interpessoalmente deselegante. Agora chama-se pós-verdade. E uma verdade que é pós, pode ser qualquer coisa. Até uma mentira embrulhada em papel de verdade. Difundida até ao infinito. Até à náusea. Até um Rottweiler.

“Não existe verdade. Apenas versões.” - Friedrich Nietzsche


Texto: Guillermo Heras Tradução: Alexandra Moreira da Silva Dramaturgia e encenação: Ricardo Simões Interpretação: Alexandre Calçada, Tiago Fernandes Vídeo: Luís Lagadouro Iluminação: Nuno Tomás Sonoplastia: Cláudia Ferreira Cenografia: Adriel Filipe, José Esteves Operação de luz: Nuno Tomás, Nuno Almeida Operação de som: Cláudia Ferreira, Duarte Leitão Públicos e comunicação: Ana Reguengo  Produção executiva: Adriel Filipe Desenho gráfico e fotografia: Rui Carvalho Videografia: Luís Lagadouro


80 minutos I M/12

07 e 09 de Fevereiro

BemMarMeQuer

Teatro Art'Imagem

Uma adaptação dramatúrgica do texto de Mia Couto “MAR ME QUER” numa encenação em que os protagonistas Luarmina e Zeca num exercício entre a oralidade, bem à maneira africana, e a interpretação actoral, vão reviver factos e vidas dos seus antepassados, trazendo à memória e convocando os seus sonhos, numa viagem pelas águas do Fantástico Literário Miacoutiano.


A partir da obra “Mar me Quer” de Mia Couto Dramaturgia e Encenação: Pedro Carvalho Interpretação: Flávio Hamilton, Pedro Carvalho e Neusa Fangueiro Ilustração, Cenografia, Figurinos e Adereços: Sandra Neves Desenho de Luz: Wilma Moutinho Sonoplastia e Desenho de Som: Pedro Lima Música: Rui Lima e Sérgio Martins Construção de Cenários: Sandra Neves e José Lopes Assistente de Ensaios: Rui Leitão Operação de Luz e Som: José Lopes Vídeo e Fotografia de Cena: Leonel Ranção Design Gráfico: Moodystudio

Direcção de Produção: Sofia Leal Produção Executiva: Daniela Pêgo Assistente de Produção: Ana Teixeira
Direcção Artística do Teatro Art'Imagem: José Leitão

60 minutos I M/12

10 de Março

Desastre Nu

Teatro Art'Imagem

A humanidade cheira mal. Quatro actores interpretam 12 personagens que revelam de forma seriamente absurda a realidade do estado em que se encontra o mundo, os sistemas, as pessoas… e os cheiros. Um espectáculo cheio de humor sarcástico que nos permite uma reflexão sobre a condição do ser. Um texto de hoje e de sempre sobre a tomada de consciência do ser individual e social. No palco, questionamos as forças que movem o mundo, a nossa existência… e sim, detectamos que cheiramos muito, muito mal.


Texto: António Aragão Dramaturgia e Encenação: Daniela Pêgo Assistente de Encenação: André Rabaça Interpretação: Flávio Hamilton, Diana Barnabé, Filipe Gaspar e Gustavo Caldeira Figurinos e Adereços: Cláudia Ribeiro Assistência de Figurinos e Aderecista: Inês Liberal Mestra Costureira: Marlene Rodrigues Execução de Adereços: Claudia Ribeiro e José Lopes Desenho de Luz: André Rabaça Música: Carlos Adolfo Direcção de Produção: Sofia Leal Assistência de Produção: José Pedro Pereira Fotografia: Nuno Ribeiro Design: Tiago Dias Direcção Artística do Teatro Art'Imagem: José Leitão

90 minutos I M/12

04 de Julho

Sonho de uma Noite na Caverneira – Recordar 2019 com voz presente

Teatro Art'Imagem

Espectáculo de teatro, apresentado ao ar livre nos socalcos da Quinta da Caverneira, que engloba várias disciplinas artísticas e tem como objectivo principal o envolvimento da comunidade na arte, no teatro e em especial com a companhia residente no concelho, o Teatro Art’Imagem. Este ano, na impossibilidade de o concretizar devido à pandemia mundial quisemos marcar a sua existência, com este propósito desafiamos elementos do espectáculo de 2019 para darem o seu testemunho como um recordar sobre o que foi participar neste projecto. Este pequeno filme promete reviver um dos momentos mais marcantes que o Teatro Art'Imagem viveu nos últimos anos junto da comunidade que o acompanha.


Concepção do Projecto: Sofia Leal e Daniela Pêgo

05 de Julho

The Landy of Plenty (Dança)

Estúdio B (Maia)

Aceitar que não paramos, suspendemos. Aceitar que não atingimos todos os objetivos que nos tínhamos proposto. Aceitar que aquilo aonde chegamos é ainda uma versão provisória, inacabada, cheia de imperfeições. Aceitar que nos faltam as forças, que há uma frescura de pensamento que não obtemos mecanicamente pela mera existência. Aceitar porventura que amanhã teremos de recomeçar do zero e pela enésima vez.

Concepção e Direcção: Filipa Duarte Intérpretes: Sara Costa e Silva, Gonçalo Ferreira, Raquel Lacerda Monteiro e Raquel Moura Ambiente sonoro [Recolha, gravação e edição]: Filipa Duarte Montagem e apoio técnico: André Rabaça Produção: ESTÚDIO B Apoio e agradecimento ao Teatro Art’Imagem

24 de Outubro

Apeadas

TeatroEsfera (Queluz)

Um funeral agendado. Três mulheres encontram-se numa estação de comboios animadas por uma mesma diligente intenção: estarem presentes na despedida. Pela mão do temporal, uma árvore tombada sobre a via suspende o tempo e a revelação toma o lugar da viagem: o homem para o qual acorriam fora, e era, para todas elas, o mesmo. As mulheres medem-se umas às outras, comparam-se, reconstroem a narrativa na qual se descobrem facetas de uma vida na qual não são protagonistas e, por fim, solidarizam-se. Na verdade, não se é protagonista na vida de outrem, nem o rumo dos outros substitui o de cada um, por muito que se ame, por muito que se cuide, por muito que tal seja esperado. Pois que esperem! E a ajuda pode vir também de um ferroviário. O amor, esse, pode ser agora. Um bilhete para a vida, por favor!

Autoria: Cristina Arcanjo da Cruz Encenação: Francisco Braz Elenco: Ana Landum, Isabel Ribas, Paula Sousa Assistente de encenação: Adriana Ribas Desenho de luz: El Duplo Coreografia: Bernadete Sant’Anna Piano: Vasco Lourenço Operação de som: Adriana Ribas Vozes Off: João Roque, Cristina Arcanjo da Cruz, João Oom, Jorge Estreia, Adriana Ribas


50 Minutos I M/12

10 a 13 de Novembro

Desumanização

Teatro Art'Imagem

“Desumanização” é uma versão cénica do romance "A Desumanização”, do consagrado escritor português Valter Hugo Mãe, prémio literário José Saramago, numa dramaturgia de Zé Pedro, com direcção e encenação de José Leitão, fundador e director da companhia. Esta é uma história de perda, luto e superação que nos faz questionar acerca dos limites (ou sua transgressão) da humanidade. Numa pequena aldeia abafada pela monumentalidade dos fiordes islandeses, Halldora surge em cena a partir da boca de Deus para nos contar como foi lidar com a morte de Sigridur, sua irmã gémea. Como preencher a metade que se perdeu? Como viver pelas duas? Como ocupar o outro lado do espelho? Halldora diz-nos que “O mundo mostrava a beleza, mas só sabia produzir o horror”. “Desumanização” é Gelo, Terra e Fogo; é o “corpo interior da Islândia”.

Texto: Valter Hugo Mãe Dramaturgia: Zé Pedro Direcção e Encenação: José Leitão Assistência de Encenação e Interpretação: Daniela Pêgo Direcção Musical: André Barros Figurino: Cláudia Ribeiro Assistente de Figurinos: Joana Araújo Costureira: Marlene Rodrigues Desenho de Luz e Sonoplastia: André Rabaça Espaço Cénico: José Leitão e José Lopes Produção: Sofia Leal Apoio Fundo Teatral/ C.M.Maia: Micaela Barbosa Ilustração do Cartaz: Rita Castro Design Gráfico: Tiago Dias Fotografia: Nuno Ribeiro Vídeo Promocional: André Rabaça Tradução para Legendagem em Castelhano: Jimmy Nuñez Agradecimento especial ao Pé de Vento/João Luiz


70 Minutos I M/14

20 de Novembro

Vocês viram o meu cão?

Companhia Certa da Varazim Teatro (Póvoa de Varzim)

“Vocês viram o meu cão?” É com esta pergunta que se inicia esta comédia e é esta pergunta que dá o nome a este espetáculo. Um espetáculo repleto de humor, altamente corrosivo e pleno de sarcasmo como convém a qualquer tragicomédia que se preze! Uma estória, feita de muitas estórias surreais – ou talvez não – de um quotidiano que nos é absurdamente próximo – ou talvez não -, que nos é contada por um personagem que parece não fazer sentido – ou talvez sim. “Vocês viram o meu cão?” O texto original de Victor M Sant’Anna de 1999, “Vocês viram meu cachorro?” é um texto absolutamente atual e politicamente comprometido com o Ser Humano e o seu direito inalienável à dignidade, em que a sua estrutura dramática nos remete para uma linguagem característica, do Teatro do Absurdo, do Nonsense e do Surrealismo. “Vocês viram o meu cão?” É uma tragicomédia: hilariante e corrosiva, divertida e inquietante, leve e sufocante, que nos é próxima e – talvez – não distante, à qual ninguém vai ficar indiferente!


Texto: Victor M. Sant’Anna Encenação: Eduardo Faria Assistência de encenação / direção de actor: Ana Lídia Pereira Interpretação: Eduardo Faria Desenho de Luz: Eduardo Faria e José Raposo Cenário e Figurinos: Joana Soares Produção: Joana de Sousa


60 Minutos I M/6

4 de Dezembro

Instruções para abolir o Natal

Acta - A Companhia de Teatro do Algarve

Pano de fundo: a crise financeira de 2008, o Brexit... E se nos fosse dada a oportunidade de saber o que acontece por de trás das portas fechadas dos gabinetes dos arranha- -céus espelhados? Michael Mackenzie abre as portas de um desses gabinetes, que pode estar em qualquer lugar do mundo, e apresenta-nos a reunião do ajuste de contas. Duas personagens em crise. Crise financeira, emocional e psicológica que os leva a descrever o antes e o depois. Pode alguém viver uma vida inteira sem ser confrontado com as consequências dos seus actos?


Texto: Michael Mackenzie Encenação: Isabel dos Santos Cenografia: Jean-Guy Lecat Tradução: Sara Mendes Vicente / Isabel dos Santos Assistência de encenação: Tânia da Silva Intérpretes: Luís Vicente (Jasão), Sara Mendes Vicente (Cassandra) Desenho e operação de Luz: Octávio Oliveira Desenho e operação de Som: Diogo Aleixo Multimédia: João Franck Design: Rita Merlin Montagem: Octávio Oliveira/Diogo Aleixo Comunicação: Sofia Rodrigues Produção executiva/Acolhimento: Márcia Martinho Administração: Ana Anastácio


80 Minutos I M/14

17 de Dezembro

O último julgamento

Teatro do Montemuro  (Serra do Montemuro - Castro Daire)

De tudo o que já foi dito
não entendi nem bocado
instruir, réu e transcrito!?
Eu nas leis não sou letrado!

Não podiam falar claro,
p'ra eu saber que se passa?
Acusado, não me declaro
e não o digo por pirraça

Se fiz o mal, me desculpem
a menina e o tribunal.
Mas por favor não me culpem
de das leis eu saber mal”
de José dos Prazeres – Poeta e Homem do Povo


Artigo 20.º
Acesso ao direito e tutela jurisdicional efetiva
1. A todos é assegurado o acesso ao direito e aos tribunais para defesa dos seus direitos e interesses legalmente protegidos, não podendo a justiça ser denegada por insuficiência de meios económicos.
na Constituição da República Portuguesa

“A justiça inflexível é frequentemente a maior das injustiças.”
Terêncio 185 a.c. - 159 a.c.


“Para ser justo há que dizê-lo: é sempre um prazer regressar ao Campo Benfeito. Esta é uma realidade que na verdade nem devia existir. Onde já se viu haver um teatro, numa aldeia no meio de uma serra, onde nem um café existe? Esta é uma realidade que nenhum manual de políticas culturais ou sociais defenderia, e no entanto cá está o Teatro da Serra de Montemuro a fazer teatro desde 1990. É por isso que é bom, o real nunca sai dos manuais, sai dos sonhos de quem o construi. De quem sente uma falta e desfaz injustiças.”

Ricardo Alves
Campo Benfeito, outubro de 2019


Texto e Encenação: Ricardo Alves Cenografia, Figurinos e Cartaz: Sandra Neves Interpretação: Abel Duarte, Ana Vargas, Dóris Marcos, Eduardo Correia, Maria Teresa Barbosa e Paulo Duarte Construção de Cenários: Carlos Cal Costureiras: Capuchinhas Crl Assistência à Cenografia, construção de Cenários e Figurinos: Maria da Conceição Almeida Desenho de Luz: Paulo Duarte Direcção de Produção e Comunicação: Paula Teixeira Assistência à Produção e Comunicação: Marta de Baptista Direcção de Cena: Abel Duarte Fotografia e Vídeo: Lionel Balteiro


60 Minutos I M/12

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