Fake-news. Em português, notícias falsas. Afinal, para que serve uma notícia verdadeira? Uma mentira pode ser difundida como sendo verdade para todo o mundo e para milhões de pessoas, de forma instantânea. O próprio termo mentira tornou-se politicamente incorreto, mediaticamente proibido, interpessoalmente deselegante. Agora chama-se pós-verdade. E uma verdade que é pós, pode ser qualquer coisa. Até uma mentira embrulhada em papel de verdade. Difundida até ao infinito. Até à náusea. Até um Rottweiler.
“Não existe verdade. Apenas versões.” - Friedrich Nietzsche
Texto: Guillermo Heras Tradução: Alexandra Moreira da Silva Dramaturgia e encenação: Ricardo Simões Interpretação: Alexandre Calçada, Tiago Fernandes Vídeo: Luís Lagadouro Iluminação: Nuno Tomás Sonoplastia: Cláudia Ferreira Cenografia: Adriel Filipe, José Esteves Operação de luz: Nuno Tomás, Nuno Almeida Operação de som: Cláudia Ferreira, Duarte Leitão Públicos e comunicação: Ana Reguengo Produção executiva: Adriel Filipe Desenho gráfico e fotografia: Rui Carvalho Videografia: Luís Lagadouro
80 minutos I M/12
Uma adaptação dramatúrgica do texto de Mia Couto “MAR ME QUER” numa encenação em que os protagonistas Luarmina e Zeca num exercício entre a oralidade, bem à maneira africana, e a interpretação actoral, vão reviver factos e vidas dos seus antepassados, trazendo à memória e convocando os seus sonhos, numa viagem pelas águas do Fantástico Literário Miacoutiano.
A partir da obra “Mar me Quer” de Mia Couto Dramaturgia e Encenação: Pedro Carvalho Interpretação: Flávio Hamilton, Pedro Carvalho e Neusa Fangueiro Ilustração, Cenografia, Figurinos e Adereços: Sandra Neves Desenho de Luz: Wilma Moutinho Sonoplastia e Desenho de Som: Pedro Lima Música: Rui Lima e Sérgio Martins Construção de Cenários: Sandra Neves e José Lopes Assistente de Ensaios: Rui Leitão Operação de Luz e Som: José Lopes Vídeo e Fotografia de Cena: Leonel Ranção Design Gráfico: Moodystudio
Direcção de Produção:
Sofia Leal
Produção Executiva:
Daniela Pêgo
Assistente de Produção:
Ana Teixeira
Direcção Artística do Teatro Art'Imagem:
José Leitão
60 minutos I M/12
A humanidade cheira mal. Quatro actores interpretam 12 personagens que revelam de forma seriamente absurda a realidade do estado em que se encontra o mundo, os sistemas, as pessoas… e os cheiros. Um espectáculo cheio de humor sarcástico que nos permite uma reflexão sobre a condição do ser. Um texto de hoje e de sempre sobre a tomada de consciência do ser individual e social. No palco, questionamos as forças que movem o mundo, a nossa existência… e sim, detectamos que cheiramos muito, muito mal.
Texto:
António Aragão
Dramaturgia e Encenação:
Daniela Pêgo
Assistente de Encenação:
André Rabaça
Interpretação:
Flávio Hamilton, Diana Barnabé, Filipe Gaspar e Gustavo Caldeira
Figurinos e Adereços:
Cláudia Ribeiro
Assistência de Figurinos e Aderecista:
Inês Liberal
Mestra Costureira:
Marlene Rodrigues
Execução de Adereços:
Claudia Ribeiro e José Lopes
Desenho de Luz:
André Rabaça
Música:
Carlos Adolfo
Direcção de Produção:
Sofia Leal
Assistência de Produção:
José Pedro Pereira
Fotografia:
Nuno Ribeiro
Design:
Tiago Dias
Direcção Artística do Teatro Art'Imagem:
José Leitão
90 minutos I M/12
Espectáculo de teatro, apresentado ao ar livre nos socalcos da Quinta da Caverneira, que engloba várias disciplinas artísticas e tem como objectivo principal o envolvimento da comunidade na arte, no teatro e em especial com a companhia residente no concelho, o Teatro Art’Imagem. Este ano, na impossibilidade de o concretizar devido à pandemia mundial quisemos marcar a sua existência, com este propósito desafiamos elementos do espectáculo de 2019 para darem o seu testemunho como um recordar sobre o que foi participar neste projecto. Este pequeno filme promete reviver um dos momentos mais marcantes que o Teatro Art'Imagem viveu nos últimos anos junto da comunidade que o acompanha.
Concepção do Projecto:
Sofia Leal e Daniela Pêgo
Aceitar que não paramos, suspendemos. Aceitar que não atingimos todos os objetivos que nos tínhamos proposto. Aceitar que aquilo aonde chegamos é ainda uma versão provisória, inacabada, cheia de imperfeições. Aceitar que nos faltam as forças, que há uma frescura de pensamento que não obtemos mecanicamente pela mera existência. Aceitar porventura que amanhã teremos de recomeçar do zero e pela enésima vez.
Concepção e Direcção:
Filipa Duarte
Intérpretes:
Sara Costa e Silva, Gonçalo Ferreira, Raquel Lacerda Monteiro e Raquel Moura
Ambiente sonoro [Recolha, gravação e edição]:
Filipa Duarte
Montagem e apoio técnico:
André Rabaça
Produção:
ESTÚDIO B
Apoio e agradecimento
ao Teatro Art’Imagem
Um funeral agendado. Três mulheres encontram-se numa estação de comboios animadas por uma mesma diligente intenção: estarem presentes na despedida. Pela mão do temporal, uma árvore tombada sobre a via suspende o tempo e a revelação toma o lugar da viagem: o homem para o qual acorriam fora, e era, para todas elas, o mesmo. As mulheres medem-se umas às outras, comparam-se, reconstroem a narrativa na qual se descobrem facetas de uma vida na qual não são protagonistas e, por fim, solidarizam-se. Na verdade, não se é protagonista na vida de outrem, nem o rumo dos outros substitui o de cada um, por muito que se ame, por muito que se cuide, por muito que tal seja esperado. Pois que esperem! E a ajuda pode vir também de um ferroviário. O amor, esse, pode ser agora. Um bilhete para a vida, por favor!
Autoria: Cristina Arcanjo da Cruz Encenação: Francisco Braz Elenco: Ana Landum, Isabel Ribas, Paula Sousa Assistente de encenação: Adriana Ribas Desenho de luz: El Duplo Coreografia: Bernadete Sant’Anna Piano: Vasco Lourenço Operação de som: Adriana Ribas Vozes Off: João Roque, Cristina Arcanjo da Cruz, João Oom, Jorge Estreia, Adriana Ribas
50 Minutos I M/12
“Desumanização” é uma versão cénica do romance "A Desumanização”, do consagrado escritor português Valter Hugo Mãe, prémio literário José Saramago, numa dramaturgia de Zé Pedro, com direcção e encenação de José Leitão, fundador e director da companhia. Esta é uma história de perda, luto e superação que nos faz questionar acerca dos limites (ou sua transgressão) da humanidade. Numa pequena aldeia abafada pela monumentalidade dos fiordes islandeses, Halldora surge em cena a partir da boca de Deus para nos contar como foi lidar com a morte de Sigridur, sua irmã gémea. Como preencher a metade que se perdeu? Como viver pelas duas? Como ocupar o outro lado do espelho? Halldora diz-nos que “O mundo mostrava a beleza, mas só sabia produzir o horror”. “Desumanização” é Gelo, Terra e Fogo; é o “corpo interior da Islândia”.
Texto:
Valter Hugo Mãe
Dramaturgia:
Zé Pedro
Direcção e Encenação:
José Leitão
Assistência de Encenação e Interpretação:
Daniela Pêgo
Direcção Musical:
André Barros
Figurino:
Cláudia Ribeiro
Assistente de Figurinos:
Joana Araújo
Costureira:
Marlene Rodrigues
Desenho de Luz e Sonoplastia:
André Rabaça
Espaço Cénico:
José Leitão e José Lopes
Produção:
Sofia Leal
Apoio
Fundo Teatral/ C.M.Maia:
Micaela Barbosa
Ilustração do Cartaz:
Rita Castro
Design Gráfico:
Tiago Dias
Fotografia:
Nuno Ribeiro
Vídeo Promocional:
André Rabaça
Tradução para Legendagem em Castelhano:
Jimmy Nuñez
Agradecimento especial
ao Pé de Vento/João Luiz
70 Minutos I M/14
“Vocês viram o meu cão?” É com esta pergunta que se inicia esta comédia e é esta pergunta que dá o nome a este espetáculo. Um espetáculo repleto de humor, altamente corrosivo e pleno de sarcasmo como convém a qualquer tragicomédia que se preze! Uma estória, feita de muitas estórias surreais – ou talvez não – de um quotidiano que nos é absurdamente próximo – ou talvez não -, que nos é contada por um personagem que parece não fazer sentido – ou talvez sim. “Vocês viram o meu cão?” O texto original de Victor M Sant’Anna de 1999, “Vocês viram meu cachorro?” é um texto absolutamente atual e politicamente comprometido com o Ser Humano e o seu direito inalienável à dignidade, em que a sua estrutura dramática nos remete para uma linguagem característica, do Teatro do Absurdo, do Nonsense e do Surrealismo. “Vocês viram o meu cão?” É uma tragicomédia: hilariante e corrosiva, divertida e inquietante, leve e sufocante, que nos é próxima e – talvez – não distante, à qual ninguém vai ficar indiferente!
Texto:
Victor M. Sant’Anna
Encenação:
Eduardo Faria
Assistência de encenação / direção de actor:
Ana Lídia Pereira
Interpretação:
Eduardo Faria
Desenho de Luz:
Eduardo Faria e José Raposo
Cenário e Figurinos:
Joana Soares
Produção:
Joana de Sousa
60 Minutos I M/6
Pano de fundo: a crise financeira de 2008, o Brexit... E se nos fosse dada a oportunidade de saber o que acontece por de trás das portas fechadas dos gabinetes dos arranha- -céus espelhados? Michael Mackenzie abre as portas de um desses gabinetes, que pode estar em qualquer lugar do mundo, e apresenta-nos a reunião do ajuste de contas. Duas personagens em crise. Crise financeira, emocional e psicológica que os leva a descrever o antes e o depois. Pode alguém viver uma vida inteira sem ser confrontado com as consequências dos seus actos?
Texto:
Michael Mackenzie
Encenação:
Isabel dos Santos
Cenografia:
Jean-Guy Lecat
Tradução:
Sara Mendes Vicente / Isabel dos Santos
Assistência de encenação:
Tânia da Silva
Intérpretes:
Luís Vicente (Jasão), Sara Mendes Vicente (Cassandra)
Desenho e operação de Luz:
Octávio Oliveira
Desenho e operação de Som:
Diogo Aleixo
Multimédia:
João Franck
Design:
Rita Merlin
Montagem:
Octávio Oliveira/Diogo Aleixo
Comunicação:
Sofia Rodrigues
Produção executiva/Acolhimento:
Márcia Martinho
Administração:
Ana Anastácio
80 Minutos I M/14
De tudo o que já foi dito
não entendi nem bocado
instruir, réu e transcrito!?
Eu nas leis não sou letrado!
Não podiam falar claro,
p'ra eu saber que se passa?
Acusado, não me declaro
e não o digo por pirraça
Se fiz o mal, me desculpem
a menina e o tribunal.
Mas por favor não me culpem
de das leis eu saber mal”
de José dos Prazeres – Poeta e Homem do Povo
Artigo 20.º
Acesso ao direito e tutela jurisdicional efetiva
1. A todos é assegurado o acesso ao direito e aos tribunais para defesa dos seus direitos e interesses legalmente protegidos, não podendo a justiça ser denegada por insuficiência de meios económicos.
na Constituição da República Portuguesa
“A justiça inflexível é frequentemente a maior das injustiças.”
Terêncio 185 a.c. - 159 a.c.
“Para ser justo há que dizê-lo: é sempre um prazer regressar ao Campo Benfeito. Esta é uma realidade que na verdade nem devia existir. Onde já se viu haver um teatro, numa aldeia no meio de uma serra, onde nem um café existe? Esta é uma realidade que nenhum manual de políticas culturais ou sociais defenderia, e no entanto cá está o Teatro da Serra de Montemuro a fazer teatro desde 1990. É por isso que é bom, o real nunca sai dos manuais, sai dos sonhos de quem o construi. De quem sente uma falta e desfaz injustiças.”
Ricardo Alves
Campo Benfeito, outubro de 2019
Texto e Encenação:
Ricardo Alves
Cenografia, Figurinos e Cartaz:
Sandra Neves
Interpretação:
Abel Duarte, Ana Vargas, Dóris Marcos, Eduardo Correia, Maria Teresa Barbosa e Paulo Duarte
Construção de Cenários:
Carlos Cal
Costureiras:
Capuchinhas Crl
Assistência à Cenografia, construção de Cenários e Figurinos:
Maria da Conceição Almeida
Desenho de Luz:
Paulo Duarte
Direcção de Produção e Comunicação:
Paula Teixeira
Assistência à Produção e Comunicação:
Marta de Baptista
Direcção de Cena:
Abel Duarte
Fotografia e Vídeo:
Lionel Balteiro
60 Minutos I M/12