O ESPECTÁCULO
Neste texto, Marie Suel propõe-se a falar sobre os medos, os de uma criança no início de sua vida e, no extremo oposto, os de um velho homem. O encontro tem lugar no quarto da criança, a meio da noite, chamando a atenção para o momento presente e dando especial destaque à cumplicidade que vai sendo construída entre estas duas personagens, a partir de um conjunto de jogos, desvelando-se a alegria por entre os medos da morte, do abandono, do desconhecido ou do fracasso. Joaquim e Marcelo, é assim que vão sendo batizados os medos e, à medida que lhes vão sendo atribuídos nomes, eles desaparecem.
A AUTORA
Cantora e teclista do grupo de rock Gomm, Marie Suel é professora de literatura e teatro numa escola secundária em Hauts-de-France. Atualmente, encontra-se a trabalhar num novo projeto teatral: "Eles Poderiam Morrer de Amor", reflexão em torno da influência das mães sobre suas próprias filhas em matérias amorosas.
O ENCENADOR
Patrice Douchet é encenador e diretor artístico do Théâtre de la Tête Noire, companhia que fundou em 1985. Tem dirigido espetáculos, essencialmente, com textos de autores contemporâneos. Grande parte das obras que tem levado à cena inscrevem-se num triângulo que compreende literatura/teatro/cinema, de que são exemplo: «Lettre d’une inconnue» de Stefan Zweig (filme de Max Ophuls); «Le Trio en mi bemol» de Éric Rohmer; «Hiroshima mon amour» de Marguerite Duras (filme de Alain Resnais); «Moderato Cantabile» de Marguerite Duras (filme de Peter Brook). Com «Hiroshima mon amour», inaugurou um ciclo dedicado à obra de Marguerite Duras. De 2000 a 2005, explorou a obra do realizador Ingmar Bergman. Criou ainda espetáculos com textos de Federico Garcia Lorca, Tennessee Williams, Mariette Navarro, entre outros. É membro do comité de especialistas da direção regional de assuntos culturais em França, membro da comissão de Teatro da Fondation.