24 de Fevereiro - 19h00
Autorretratos de Pluma y Espada
Coprodução de Karlik Danza Teatro e Festival de Teatro Clásico de Cáceres (Cáceres - ES)
No âmbito do Circuito Ibérico das Artes Escénicas
As escritoras barrocas enfrentaram o desafio de usar a palavra para evidenciar uma situação sem dúvida injusta porque, diante do silêncio e da reclusão a que a moralidade reinante da época as condenava, queriam erguer a voz, tornando-se visíveis na sociedade e, por meio das palavras, romper a esfera privada para atingir também a esfera pública.
Serão as quatro dramaturgas seculares mais representativas do barroco espanhol, María de Zayas, Ana Caro de Mallén, Ángela de Acevedo e Leonor de la Cueva que darão voz à sua visão do mundo através das protagonistas das suas obras: “La Traición en la amistad”, “Valor, agravio y mujer”, “El muerto dissimulado” y “La firmeza en el ausência”, respectivamente. E Catalina Clara Ramírez de Guzmán, poetisa da Extremadura, de Llerena, do século XVII a quem, por nossa parte, queremos prestar uma pequena homenagem encenando alguns de seus poemas mais representativos, como autorretratos. A mulher desonrada que disfarçada de homem busca
restabelecer sua honra
- O direito da mulher à livre escolha do casamento
- A defesa contra a acusação do caráter mutável da mulher.
Textos:
María de Zayas, Ana Caro, Leonor de la Cueva, Ángela de Acevedo, Catalina Clara Ramírez, Hélène Cixous
Adaptação:
Charles Delgadillo e Cristina D. Silveira
Direcção e Dramaturgia:
Cristina D. Silveira
Intérpretes em cena:
Jorge Barrantes Lara Martorán Guadalupe Fernández Sergio Barquilla Chloé Bird
Intérpretes em video:
Memé Tabares, María de Zayas Carmen Galarza, Ana Caro Ana García, Ángela de Acevedo Olga Estecha, Leonor de la Cueva Alfredo Guzmán e Fray Luis de León
Espaço cénico e figurinos:
Susana de Uña
Videografías:
Yorgos Karailías
Composição Musical:
Álvaro Rodríguez Barroso
Composição Coreográfica:
Cristina D. Silveira
Desenho de luz:
David Pérez Hernando
Assistência coreográfica:
Cristina Pérez, Bermejo Verso, Charles Delgadillo Armas e Pablo Mejías
Execução cenográfica:
Talleres Ollero y La Nave del Duende
Execução de figurinos:
Luisi Penco y Lali Moreno
Técnico de luz:
Alfonso Rubio
Fotografia:
Jorge Armestar
Vídeo promocional:
Marta Barroso
Design gráfico:
Susana de Uña
Assistente de Produção:
María López
Direcção Técnica e de Produção:
David Pérez Hernand
75m I M/14
26 de Maio - 19h00
À Deriva
Co-Produção Acta - Companhia de Teatro do Algarve e CTB - Companhia de Teatro de Braga
Na sua génese, o texto reporta-se a uma situação concentracionária específica e a um caso verídico ocorrido durante o regime do apartheid na África do Sul, na ilhaprisão de Robben, a mesma onde Nelson Mandela cumpriu pena durante 27 anos. No caso, dois companheiros de infortúnio partilham a mesma cela; durante o dia realizam trabalho forçado e à noite ensaiam a Antígona, de Sófocles. O objectivo é que a peça (reduzida às personagens Antígona e Creonte) seja apresentada perante os outros prisioneiros: ela expõe paralelos entre a situação de Antígona, condenada por razão discricionária, e a idêntica contingência em que todos eles se encontram naquela ilha-prisão. Pois, se esta é a génese, o enredo, no entanto, contém uma inevitabilidade que, no plano das conjeturas dramatúrgicas, nos remete para problemáticas da contemporaneidade, designadamente no que respeita a casos de migrantes que, fugindo da miséria, não logram chegar ao esperançoso lado ocidental do Mediterrâneo e acabam capturados e explorados em condições análogas às que o texto fundador expõe; também aos que nos seus próprios países são reféns da cobiça e interesses múltiplos, como é o caso dos sujeitos a escravatura nas minas de Coltan no leste do Congo, o mineral metálico coração dos smartphones; também ao tráfico humano, em geral, que contemporaneamente acontece em África com a discreta conivência e múltiplos interesses ocidentais… Por conseguinte, o drama daqueles dois homens de Robben perpetua-se noutras ilhas e sob outros pretextos.
Texto: Alexandre Honrado (a partir de “A Ilha” de Athol Fugard) Dramaturgia e Encenação: Luís Vicente Intérpretes: Luís Vicente e Rogério Boane Tradução: Sara Afonso Cenografia Rafael Goes Execução Cenográfica: Tó Quintas Assistência de Encenação: Tânia da Silva Desenho de Luz: Octávio Oliveira Desenho de Som: Diogo Aleixo Produção: Márcia Moutinho
60m I M/12
Diferentes entre si nas suas particularidades, estes “bichos”, animais e humanos, estão todos na mesma “Arca de Noé”, a terra mãe, irmanados numa luta igual pela vida e pela liberdade.
MIURA -TERRA
A bela escrita telúrica de Torga convida-nos a meditar sobre a terra, os bichos e o sangue que nos envolverá de espanto. Primeiro na terra
inventaremos o universo teatral do conto Miura.
VICENTE – ÁGUA
Com Vicente inventamos esta simbólica união de opostos terra e água.
Uma estória casa com a outra, inventam pontos de ligação, estratégias de comunhão.
“O CORVO leva a Mithra, da parte do sol, a ordem de matar o touro e ele, com pesar, executava a ordem recebida.”
Encenação e dramaturgia: José Caldas Criação musical: Paulo Lemos Interpretação: Ana Lídia Pereira, Eduardo Faria, Joana Luna, Kiko Rurelas (interpretação musical ao vivo) e Sara Maia Cenografia: José Caldas Figurinos: Joana Soares e José Caldas Apoio coreográfico: António Carvalho Construção adereços: Artur Rangel Desenho de luz: José Caldas e José Raposo Confeção de figurinos: Adélia Agra Confeção de adereços: Sameiro Fernandes Produção executiva: Joana de Sousa Fotografia: José Carlos Marques
60m I M/6
Esta é uma performance sobre a percepção da realidade moderna, logo sobre fronteiras. A peça é sobre a possibilidade de olhar essa realidade a partir de dois polos dessa percepção: 1. O mundo é virtual, 2. O mundo é real. A peça "Hamlet" é um confronto desses dois oponentes e o processo de interacção entre eles. São 4 atores. Dois homens. Duas mulheres. Hamlet e Ofélia entendem o mundo como virtual. A mãe de Hamlet e o padrasto de Hamlet entendem o mundo como real. Após a colisão dessas duas formas de percepção representantes da compreensão virtual do mundo morrem fisicamente (Hamlet, Ofélia), e representantes da compreensão real (Mãe e Padrasto de Hamlet) permanecem vivos. Eles sobrevivem aos seus próprios filhos. Este foi o ponto de partida para o espectáculo que entretanto evoluiu…é um processo.
Autor:
William Shakespeare
Adaptação, encenação e dramaturgia:
Alexej Schipenko
Interpretação
André Laires, Carlos Feio, Eduarda Filipa, Rogério Boane, Solange Sá
Cenografia e figurinos:
Lesja Chernish
Captação de som:
Luís Lopes
Construção de cenário:
Fernando Gomes
Vídeo e som:
Jorge Lucas
Desenho de luz:
Alexej Schipenko e Sérgio Lajas
Apoio musical:
Grasiela Müller
120m I M/12