O teatro para a infância e juventude em tempos de covid-19
Tertúlia / Encontro
O Teatro para a Infância e Juventude em tempos de COVID-19. Que Espetáculos ficaram por fazer? Que Festivais de Teatro foram anulados? Qual a situação dos criadores, técnicos, companhias e programadores que se dedicam ao teatro para os mais novos? Os Festivais que vão ser reagendados, em que formato e condições vão ser realizados? Em que condições vão ser feitas as novas criações nos próximos tempos da pandemia? Que (novas) relações junto da DGARTES? Que perspetivas de público(s)? O que vai mudar?
Moderadora: Micaela Barbosa
O(s) nosso(s) amigo(s) dedicado(s)
Homenagem a João Luiz e ao Pé de Vento
João Luís e o Pé de Vento são presença constante no panorama teatral da cidade do Porto e do país desde há muitos anos. Ele, já com 56 anos de actividade artística e a sua criação maior, a companhia, prestes a fazer meio século. Eles são os nossos Amigos Dedicados do Teatro para a Infância e Juventude. É obra! O seu Teatro, feito como só eles têm sabido e bem fazer, onde o texto se assume como centro da sua arte, com rigor e sem concessões paternalistas. "Mas as crianças, Senhor/porque lhes dais tanta dor?!/ porque padecem assim?!", já dizia Augusto Gil, o poeta da "Balada de Neve", por acaso também nascido na cidade invicta. Conhecemo-los desde 1981, ano da fundação do Teatro Art’Imagem e, desde então temos vindo a caminhar juntos, partilhando projectos vários. Recordamos os anos da sua sala em plena zona histórica do Porto, ainda ao alto, na encosta da freguesia da Vitória, onde se mira o Douro e Gaia, até à construção do Teatro da Vilarinha, em Aldoar, com Matosinhos ao lado, de onde foram "evacuados" para terra de ninguém. Esse espaço, agora perdido do roteiro teatral da cidade do Porto, foi durante muitos anos a única sala nacional com programação regular de teatro para os públicos jovens... Com eles foram a palco “Ventolão, o Maior Intelectual do Mundo”, entre muitas de outras obras de Manuel António Pina e Álvaro Magalhães, Oscar Wilde, Raúl Brandão, Teresa Rita Lopes, Jorge de Sena e tantos outros cultores da nossa e todas as línguas... Quantas crianças, enquanto crianças, vieram mais tarde com seus filhos ver também este teatro? Quantos adultos os continuam a ver, enquanto adultos, com as suas crianças de agora? A nossa sincera homenagem e agradecimento.
José Leitão
Um percurso teatral singular
Exposição Pé de Vento/João Luiz
A exposição João Luiz | Pé de Vento apresenta um conjunto de fragmentos que assinalam um percurso teatral de 56 anos do Encenador, que foi sendo construído a par e passo, espectáculo a espectáculo, desde o longínquo ano de 1964. A partir de 1978, enquanto encenador e diretor do Pé de Vento, abre-se um longo período de trabalho artístico, marcado por sucessivos ciclos criativos que correspondem a quatro décadas dedicadas exclusivamente à criação teatral da Companhia. É sobretudo a memória destes quarenta anos que aqui se evoca, pondo em evidência ‘fragmentos’ que possam evidenciar as opções estéticas singularizadoras de um tal percurso. O espetáculo de teatro é por essência pluridisciplinar, na medida em que convoca para o palco todas as outras artes. E é também efémero, porque no momento em que o pano desce sobre a última representação, e a presença do actor se desvanece, o que fica são fragmentos – textos, cenários, figurinos, máscaras, adereços… – que deram verosimilhança e alma às personagens, ou enquadraram os actores no acto vivo de representar vidas imaginárias e dispersas por múltiplos tempos. Retirados os objetos expostos do seu contexto original, desfeitos os segredos e os ‘truques’ que criam a ilusão teatral, pode ainda o visitante tornar-se o espectador ativo de um mundo de faz de conta: entrar por sua vez em cena, guiado pela imaginação.
Concepção: João Luiz, Susanne Rösler Montagem: Pé de Vento
Contos do Lápis Verde
Pé de Vento (Portugal - Porto)
50 Minutos I M/6
Este espectáculo baseia-se numa montagem de pequenos contos de Álvaro Magalhães que têm em comum um fim completamente inesperado. Tudo o que acontece nestas histórias é resultado de divertidas prestidigitações verbais, que desafiam a imaginação de quem ouve ou de quem lê.
Texto:
Álvaro Magalhães Encenação: João Luíz
Interpretação:
Anabela Nóbrega Figurino:
Susanne Rosler Ambiente Sonoro:
Tilike Coelho Desenho Gráfico e Ilustração:
Pedro Pina Montagem e Operação de Som:
Rui Azevedo
O Rei vai nu
Chão de Oliva (Portugal - Sintra)
35 Minutos I M/6
Habitualmente vemos “O Rei vai nu” ou “O fato do Imperador”, como também é conhecida, como uma estória de moralidade, que o autor nos quis deixar como um espelho de quarto, onde nos possamos ver ao levantar e ao deitar. Não como uma moralidade beata, castradora, mas estimulante e sã. Andersen juntou a luminosidade da voz pura da infância, na desmontagem da(s) aparência(s) ou, uma semente de esperança que fica à espera do tempo justo. Ao fazermos a dramaturgia do texto, não deixámos de sublinhar este último aspecto (“O Rei vai nu”, diz a criança, e todo o jogo de aparências começa a desabar…), mas inflectimos a leitura tradicional, colocámo-nos noutra perspectiva e, do meio da feira de vaidades, despenalizamos os falsos tecelões. A necessidade aguça o engenho, e os falsos tecelões, com fome, apenas se aproveitam das aparências dominantes, da hipocrisia, e da abundância, mal distribuída, do sistema.
Adaptação, Encenação e Cenário:
Nuno Correia Pinto
Actor-Manipulador:
Nuno Correia Pinto
Marionetas:
Jorge Cerqueira
Sonoplastia:
Carlos Arroja
Montagens e Operador de Luz e Som:
Marco Lopes / Luiz Quaresma
Direcção Técnica:
André Rabaça
Direcção de Produção:
Nuno Correia Pinto
Secretária de Direcção e Produção:
Cristina Costa
Assistente Produção:
Catarina Serrazina
Histórias de pássaros
Leitura expressiva de Textos de Teatro para crianças
Teatro Art'Imagem
M/6
Histórias de tradição indígena sul-americana, da Índia e da tradição europeia evocam estas "Histórias de Pássaros" nas quais o tema central é repetidamente o sacrifício das aves pelos seres humanos. Sacrifício que se revela inútil perante a indiferença, presunção, mesquinhez ou soberba das personagens centrais. É nesta vertente que o tema do sacrifício se repete no conto de Anabela Mimoso, aliando o seu relato "O Menino Pássaro" às histórias antigas, único conto original escrito especialmente para este espetáculo. Serão lidos os contos: A Curandeira, O mocho e o Colibri, conto de tradição oral Moche, inspirado nos ritos que os médicos tradicionais utilizavam no Peru e Bolívia para sarar os doentes; O Pássaro Barundá, conto de tradição oral da Índia; e lenga-lengas. Serão ainda reproduzidas as canções do espetáculo. Estes textos foram levados à cena em 2003 pelo Art’Imagem, com encenação de Roberto Merino e direção musical de Tilike Coelho.
Leitura:
Micaela Barbosa
O fio da linha do horizonte
Te-Ato (Portugal - Leiria)
50 Minutos I M/6
A ação desenvolve-se a partir de uma caixa de pintura, de onde emergem todas as personagens. Uma caixa feita prédio onde todas elas convivem entre si e a partir da qual o ator conta as histórias de cada vizinho e os seus conflitos, de uma forma íntima, num cenário despido de requisitos ou superficialidades técnicas. Uma só luz, um só contador de histórias, um só espaço pequeno. Aqui, funde-se a tradição oral do conto com o teatro num olhar de procura sob o Homem e as teias de relação que mantem entre os seus iguais, desenhando-se como um teatro orgânico, aberto, onde o espectador pode questionar o seu papel na sociedade, como atua, como pensa, como sente. Um teatro que se quer para todos: universal e popular, que apela às origens e à importância da leitura e onde se pretende incentivar e estimular a palavra partilhada.
Textos e Encenação:
João Lázaro
Desenhos:
Marcos Branco
Lobo bobo
Elefante Elegante (Espanha - Galiza)
45 Minutos I M/3
O que aconteceria se o lobo do capuchinho se tornasse vegetariano? O que aconteceria se a Madrasta Branca de Neve se tornasse uma dos três porquinhos por se olhar tanto no espelho mágico? A resposta para essas e outras perguntas pode ser encontrada no novo espetáculo do Elefante Elegante.
Autor:
María Torres e Gonçalo Guerreiro
Direcção:
María Torres e Gonçalo Guerreiro
Interpretação:
Gonçalo Guerreiro
Cenografia:
Gonçalo Guerreiro
Figurino:
Marcia Edleditsch
Som:
Dani Pais
Lançamento dos Novos Cadernos do Fazer a Festa Nº3
Teatro Art'Imagem
Em 1989, na 8ª edição do festival foi lançado, em colaboração com as Edições ASA, o nº 1 dos “Cadernos Fazer a Festa”, uma publicação regular que tinha como objectivo «dar a conhecer alguns textos e opiniões sobre a problemática do teatro para a infância e juventude, matéria de debate nas várias edições do Festival». No ano seguinte foi publicado o nº 2. Depois dum grande interregno, em 2018, na 38ª edição do festival, foi retomada a sua publicação, três décadas depois, com o nome “Novos Cadernos Fazer a Festa”. Nessa edição foram apresentados o nº 1 e 2, relativos a 2016 e 2018. Este ano, na 39ª edição, lançamos o nº 3, com textos relativos à edição de 2019. A presente edição, centra-se na temática “O Lugar da Palavra no Teatro para jovens públicos”, bem como a crítica dos espetáculos realizados e outros temas tratados na 38ª edição do festival.
Apresentação:
Micaela Barbosa
Bilheteira
Acesso Gratuito
Até à lotação dos lugares, mediante marcação prévia
Venda de bilhetes no local.
Contactos
Bilheteira (Durante o festival)
222 084 014 | 917 691 753 | 910 818 719
Teatro Art'Imagem
teatroartimagem@hotmail.com
www.teatroartimagem.org
facebook.com/teatroartimagem
Auditório da Quinta da Caverneira
Avenida Pastor Joaquim Eduardo Machado
Águas Santas · Maia
Produção e Direcção: Teatro Art'Imagem
Direcção Artística: José Leitão
Assistência à Direção Artística: Micaela Barbosa e José Pedro Pereira
Apoio à Programação: Sofia Leal e José Pedro Pereira
Direção Técnica: Pedro Carvalho
Equipa de Produção
Moderação do Debate/Encontro: Micaela Barbosa
Direcção de Produção: Sofia Leal
Produção Executiva: Daniela Pêgo
Apoio à Produção: Flávio Hamilton e José Pedro Pereira
Concepção e Montagem da Exposição: Pé de Vento
Apoio à Exposição: José Lopes
Vídeo: Luís Lima
Fotografia: José Caldeira
Web Design: Inácio Barroso
Ilustração do Cartaz: Rita Castro
Design Gráfico: Tiago Dias
Equipa Técnica
Técnico de Som e Luz: André Rabaça
Técnico Maquinista:
José Lopes